Este Natal voltei a entusiasmar-me pelas decorações de Natal. Costumamos adicionar um a dois enfeites à colecção, fazemos árvore e presépio e colocamos uma coroa na porta e um centro na mesa feito por mim. Tempos houve em que a coroa também era feita por mim, com ramos do jardim.
O presépio tem para mim um valor sentimental maior, pelo que representa mas também pela história que temos contruído com ele. É quase como se contasse a história da minha vida por trechos. A cabana feita pelo meu bisavô Joaquim, que não cheguei a conhecer. O menino Jesus que a minha mãe me ofereceu quando comprei a minha primeira casa. E era isto. Não tinha mais nada. Entretanto comprei esta casa e no anexo devoluto estavam abandonadas inúmeras figuras de presépio. Limpei-as muito bem e dei-lhes uma nova oportunidade. Entretanto separei-me e quando fiquei com o Carlos criámos este ritual de ir comprando uma peça aqui, outra ali. Quando vemos em feiras de antiguidades em bom estado trazemos, do Porto trouxemos figuras novas, do Alentejo, do Algarve e até de Marrocos trouxemos. Qualquer dia as figuras não cabem no móvel da entrada. Acho que os meus filhos herdaram o meu gosto por ele. Quando conto isto lembro-me sempre da história encantadora do historiador José Hermano Saraiva que ofereceu a primeira peça à sua esposa, então namorada, aos 20 anos, e foi aumentando a colecção ao longo da sua vida.
Este ano, talvez motivada por ela que delira com tudo isto, os outros enfeites voltaram a fazer sentido. Encontrei umas placas na Tiger por 1€ que dão cor à nossa entrada e coloquei uns pinheiros do E. Leclerc no nosso aparador. Se eu fosse o Pai-Natal parava aqui de certeza!
E vocês, também decoram a casa toda ou o advento resume-se à árvore e já é muito?
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