Abril foi um mês tão grande para mim. Nele coube tudo.
Em Abril, caminhei de madrugada pelo paredão fugindo aos pingos da chuva. O coelho da Páscoa visitou-nos. A Constança fez 5 anos. Comprei flores, bolos e ovos de pata no mercado, mas também roupa para os miúdos que não param de crescer.
Em Abril, provei Pitaya e adorei. Matei saudades dos gelados Santini. A Constança fez um auto-retrato para um passatempo da Maped e ganhou o primeiro prémio e imenso material para dar largas à imaginação.
Em Abril, jantei com uma amiga no «restaurante improvisado» do meu anexo. A Constança furou as orelhas, o Afonso começou a calçar o 43. Comecei a preparar o batismo dele e a primeira comunhão.
Começaram as rotinas de médicos. Óculos, dentes, vacinas, exames anuais. Em Abril enchi a casa de novas plantas e a mesa do jardim de comidas boas. Comemos sardinhas assadas no churrasco pela primeira vez este ano.
Em Abril, não ouvi o disco «Somos Livres» mas limpei o pó aos livros proibidos do meu avô Joaquim. Era tipógrafo e fez uma coleção de livros fantástica. O Afonso levou alguns para a aula de HGP para mostrar na aula Museu que andam a fazer. Consegui arranjar um lugar bonito para eles cá em casa.
Em Abril estragou-se a torradeira e o estore do quarto dos miúdos. Mas também chegou a torradeira nova, num alinhar de acontecimentos a parecer destino. A minha vizinha Sirley passou por aqui para me oferecer uns «casadinhos». Um gesto tão lindo. Bebemos um café no jardim e retribui com umas flores do jardim (Espreitem a página dela! Tem coisas deliciosas).
Abril terminou em águas mil. Coração dorido e recolhimento. Às vezes é assim a vida. Resgatei forças que pensava não ter e caminhei em frente. Porque é para aí o caminho. Tenho ao meu lado o homem mais fantástico do mundo, e eu sei que mesmo quando tudo o resto me falha, ele não. Priorizei como sempre os meus filhos e este amor infinito que tudo repara.
E por aí? Como foi o vosso Abril?
Já nos seguem aqui no Instagram?