Mostrando postagens com marcador Tralhas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tralhas. Mostrar todas as postagens

26.4.20

Lar doce lar


Nunca me dediquei tanto tempo seguido a esta casa e já cá estou há uns aninhos. Tantos pequenos projectos foram sendo adiados, por falta de tempo e agora colocados no topo da agenda. 

Limpar e arrumar ajudam-me a manter a cabeça ocupada e a não pensar tanto. Por outro lado tornar o nosso cantinho mais agradável tornou-se imperioso já que os nossos dias são passados aqui a 100%. A isto juntam-se as limpezas de Primavera, trocas de roupeiros e sapateiras. Ver o que serve e não serve aos miúdos. Não há vendas na Kid-to-Kid mas há desapego solidário. Doar nunca fez tanto sentido. 

Não saio de casa há 45 dias e em quase todos eles arrumei e limpei algum cantinho da nossa casa. Nos dias de trabalho e aulas sobram-me as horas de almoço e o final da tarde. Nos fins-de-semana é a loucura e o Carlos alinha comigo e já cimentou e pintou paredes, pendurou quadros, colocou silicone na banheira, desmontou e montou móveis. Já tirámos a ferrugem de varões e pintámos, impermeabilizei a cortina da banheira, limpei todos os sapatos de nobuck. Lavei edredões, almofadas e um sem número de roupas. Projectos mais pequenos até já perdi a conta como trocar lâmpadas, colocar calços nas cadeiras, mudar plantas de vasos, tratar do jardim, plantar coisas, coser botões e meias. 

Por outro lado temos feito algumas compras que andávamos há imenso tempo  a adiar, um frigorífico, um cesto para a roupa, uma pistola de silicone, as almofadas das espreguiçadeira e para breve talvez a televisão. Coisas que fazem falta mas que nunca priorizámos. As férias que não iremos ter com os miúdos darão para estas coisas e aumentam substancialmente a nossa qualidade de vida. 

O que mais me surpreende no entanto é a quantidade de coisas que encontramos por fazer e a satisfação que isso nos traz. 

Por fim temos encontrado em cada arrumação um sem número de tesouros que não recordávamos ter. Molduras, quadros, DVD's, vasos, hoje até um liquido de limão para o aspirador encontrámos na arrecadação. Estamos empenhados em minimizar, destralhar e arrumar e fazemos caixas e caixas de coisas para dar. A roupa vai para os contentores próprios e alguns amigos, os quadros para outros amigos, a roupa de bebé para uma conhecida que vai ser mãe pela 4ª vez. 

Menos é mais, e um espaço arrumado e cuidado, exige menos manutenção, dá-nos outro alento, faz-nos mais felizes. 

E por aí, também andam em arrumações?


Já nos seguem aqui no Instagram?

13.11.19

7 Dicas de Poupança - Vales, amostras, prémios, experimente grátis

Os direitos das imagens estão nos respectivos links.

Quando este blog surgiu a minha ideia era partilhar não só a minha experiência com a maternidade como algumas dicas de poupança e gestão que ponho em prática no dia-a-dia. A vida deu algumas voltas e de uma família de três, passámos a uma família de cinco e agora de seis. Fazemos uma grande ginástica orçamental e sou bastante criativa com os programas, férias, ementas, e mesmo com as nossas despesas fixas. No histórico do blog podem encontrar dicas de poupança desde material escolar a jardins (aqui; aqui; aqui). 

Hoje venho falar-vos de vales de desconto. É muito raro ir ao supermercado e não utilizar alguns vales de marcas. Afinal quem não prefere comprar com desconto?

1 - Revista Lusitana - É trimestral, gratuita e vem carregada de vales de desconto para produtos Branca de Neve e Espiga. Para passar a receber basta juntar 5 provas de compra, preencher um formulário e terá direito a 4 edições, ao fim das quais deverá enviar novas provas de compra. Mais informações aqui. A revista também traz receitas e passatempos. 

2 - Clube Capitão Iglo - Registe-se aqui e envie as moedas que pode cortar nos produtos.Neste momento há apenas brindes para troca mas por vezes também há vales de desconto para produtos Iglo.

3 - Revista Dia-a-Dia com Nivea - Registe-se aqui e receba gratuitamente uma revista que para além de cupões de desconto, traz artigos sobre a marca, dicas de beleza e até amostras. 

4 - Dolce Gusto Members Club - Registe-se no club e introduza os códigos que vêem no interior das cápsulas. Para além de poder redimir por vales de desconto em compras de cápsulas online pode ainda trocar por inúmeros outros prémios.

5 - Dodot e Dodot VIP - Em relação à Dodot duas dicas. Na página da marca pode mediante registo encontrar vales de desconto e mesmo amostras gratuitas. Mas se registar também os códigos que vêem no interior das embalagens no Continente na área Dodot Vip, poderá receber embalagens totalmente gratuitas. 

6 - Nestlé Saboreia a Vida - Um mundo de ofertas. Aqui pode experimentar produtos gratuitamente, participar em acções, trocar pontos por produtos e descontos. 

7 - Danone Alimenta Sorrisos - É rara a vez que não vou comprar os iogurtes da Constança sem cupões de desconto. Regista os códigos que vêem nos iogurtes e troca por vales que podes imprimir e utilizar no supermercado. 

Estes são alguns dos descontos que mais utilizo. E vocês utilizam alguns deles? Conhecem mais? Partilhem em baixo nos comentários!



Já nos seguem aqui no Instagram?

10.5.19

A cor bonita das coisas velhas


Eu não sou uma miúda monocromática.Eu sou uma rapariga de cores. A minha casa não podia ser só de cores naturais como muitas que vejo nas redes sociais. Beje, preto e branco, castanho, tijolo, não formam a minha Pantone. Eu gosto de ver contas assim arrumadinhas por tons. Mas eu gosto ainda mais de amarelo, coral, azul, verde, vermelho e adoro verde-água porque é a cor das coisas antigas. E também gosto de branco. Eu gosto de cores em mim, na casa, nos miúdos, nos quadros, nos tecidos e no céu. Gosto de pintar desde miúda e gosto verdadeiramente de cores.

Eu também não sou uma miúda da moda. Pelo menos não daquela moda tendência. Eu sou uma miúda que gosta de coisas mais antigas (apesar de agora o antigo estar na moda). Gosto de objectos com história e de roupas confortáveis. Dificilmente me irão ver de saltos mas facilmente me encontrarão numa feira de antiguidades de volta dos discos vinil. 

Nada contra, atenção. Respeito os gostos e preferências de todos. Aliás mais do que respeitar, prezo. Porque para mim é na diferença que está a riqueza. Tenho um bocadinho de dificuldade em explicar isto mas é o que sinto. Pessoas, casas, músicas com identidade própria conquistam-me. Filmes com argumentos originais, livros com personagens e enredos intrincados apaixonam-me. Pessoas que compram todas uma cama-casa em madeira, que educam exclusivamente Waldorf ou Montossori, que seguem o baby led weaning tipo seita, ou são radicais de alguma forma que seja tendência não me entusiasmam. Atenção, respeito na mesma. Aliás, prezo e aprendo coisas. Mas não é para mim. Não sou exclusiva, não sou radical, mas tenho algumas convicções. 

E nisto da decoração eu tenho uma identidade muito própria. Eu gosto muito, mas muito mesmo de objectos com história. Eu gosto muito, mas muito mesmo de loiça, de discos, de cassetes, de rádios e de livros antigos. Eu gosto de filmes, de música antiga. Para mim uma casa só é mesmo um lar quando tem coisas que reflictam as pessoas que lá moram e que de algum modo contem a sua história, se possível através de gerações. 

Recentemente tivemos de desocupar a casa da minha avó, ela está bem por isso não me custou. A parte complicada foi seleccionar entre coisas que me diziam muito. Quase todas as loiças do meu avô, incluindo as chávenas japonesas que se vê a senhora no fundo em contra luz; as agulhas da minha avó; as cassetes e os romances Harlequim Bianca; os livros antigos do meu outro avô que era tipógrafo, alguns proibidos pela censura; o menino da lágrima; os lençóis (tantos) naquele algodão que eu adoro e todos bordados de cores bonitas, me transportam docemente à infância e não me consegui separar deles. Não se explica o que se sente  mas há objectos que nos transmitem afectos. 

Quando recentemente descobri um cabo que dá para ligar o rádio onde o meu avô e avó gravavam a minha voz, um rádio-mala que também é leitor de cassetes e gira-discos, enchi-me de alegria. É muito difícil vivermos sem memórias, sobrevive-se mas perde-se toda a construção que edificámos ao longo de uma vida. E as memórias não sendo tudo, são muito. É nelas que residem os nossos afectos e sentimentos, é aí que guardamos com carinho os nossos momentos kodak, as nossas pessoas. 

E na blogosfera conheci alguém assim como eu. A Denny B. não é apenas uma miúda gira que sigo no Instagram, é uma miúda com uma identidade própria, com uns filhos e cães amorosos, e que tira fotos com uma luz única. É também uma miúda que gosta de cozinhar e de mimar os que ama, que escreve e fala como se saíssem arco-íris das suas palavras e que tem imenso jeito com plantas e que adora velharias assim como eu. É minha "vizinha" e já tínhamos falado pelo Insta sem nos conhecermos. Enquanto estive a arrumar as coisas em casa da minha avó vi algumas que achei que ela iria gostar, valorizar e integrar na história dela. No fundo o que queremos para os objectos que nos dizem qualquer coisa é que prolonguem a sua vida e sejam usados. E foi assim que a conheci e comprovei que é ainda mais doce ao vivo que na sua conta, do mais amoroso que há. E os objectos que escolhi e espero ter acertado, estão em boas mãos e até já fazem bolos novamente. 

E por aí? São mais de coisas novas ou coisas velhas? São mais monocromáticos ou coloridos?

                                  Já nos seguem aqui no Instagram?

1.11.17

A minha Casinha


«As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha...», podia estar a falar de uma música do Xutos, mas não. Falo de um brinquedo, ou melhor «O Brinquedo» da minha infância. A minha mãe fez recentemente uma limpeza ao sótão e desencantou caixotes e caixotes de brinquedos meus que estão em excelente estado! Claro que a primeira coisa em que pensei foi na minha casinha, seguida dos meus Legos. Agora que finalmente tenho uma menina, tudo faz mais sentido. Ainda bem que guardei estas coisas todas.

Foi num Natal há muitos, muitos anos atrás, na altura em que os meus pais iam comprar brinquedos a Espanha, que a recebi. O que mais me fascinou, para além das mil pecinhas que trazia, desde os talheres aos copos cocktail, foi o facto de ter luzes. A minha mãe não encontrou o comando, que ela trazia, mas eu recordo-me dele também. A casa tem luz na cozinha, na entrada e na sala/quarto e eu achava aquilo o máximo. Recordo-me de apagar as luzes do quarto à noite e deixar acessa a casinha. 

Pelo estado de outros brinquedos ainda mais infantis que me trouxe, consigo perceber pelo seu estado o cuidado e estima que lhes tinha em miúda. Talvez por sempre me ser incutido que era uma sorte ter tantos brinquedos, que os meus pais não tinham tido. Um dos pratos da papa do chorão tem um autocolante de fundo em papel em tão bom estado que parece novo. 

Consigo igualmente perceber que os brinquedos de melhor qualidade perduram, e que mesmo em miúdos conseguimos distinguir um bom brinquedo e valorizá-lo. Hoje em dia é tudo mais realista, as bonecas hoje andam, falam e têm as mais diversas profissões. Para mim na altura já era uma alegria ter uma que bebia água e fazia xixi, acho que se chamava Joana. 

Já acendi a casinha tantas vezes desde que a trouxe que tenho a certeza que mesmo com quase 40 anos irei brincar com a Constança muitas vezes nela. Será que lhe resistirá para os meus netos? 

15.10.14

Destes dias

 
 
O avô Maia fez 67 anos e fomos festejar com ele. As filhas, os netos todos e mais alguns emprestados. Comemos lagosta e açorda, todos gostaram da lagosta mas ninguém apreciou verdadeiramente a açorda. No final do jantar os miúdos todos jogaram ao UNO e cantámos os parabéns sendo que o Afonso ajudou o avô a soprar as velas (porque ele não sabe mamã, nunca o vi soprar).  
 
Sábado não chegámos a tempo do atelier de pega monstros, que a mamã teve a primeira aula de Mandarim e acabámos por nos despachar um pouco tarde do almoço. No entanto, fomos ao Instituto Gulbenkian da Ciência e os miúdos experimentaram ser cientistas por um dia. Fizeram imensas experiências, viram os animais de laboratório, a utilização da fluorescência na investigação, os genomas, as leveduras, as formas de contágio e a importância da desinfecção, enfim, através de imensos jogos lá passaram a tarde. À noite o tempo convidou a um filme com pipocas. A marmelada caseira da prima Manecas, com pão quentinho, os palitos de queijo da vaca que ri foram os lanches preferidos e os batidos verdes também marcaram a nossa semana. O desafio já terminou mas nós continuamos a bebê-los que são tão bons e fazem tão bem.
 
Domingo o mau tempo desencorajou-nos de ir ao teatro mas conseguimos trocar os bilhetes para o fim-de-semana seguinte com eles, pelo que ninguém ficou triste. Da parte da tarde fomos ao Greenfest como já dita a tradição, que este ano teve uma afluência completamente diferente por terem começado a cobrar os bilhetes. Eles participaram em imensas actividades e vieram carregados de brindes, cansados mas felizes. O Carlos pedalou para plantar uma árvore e ainda participamos num peddy paper, apesar dos workshops que pensámos em fazer este ano terem ficado excluídos porque eles não conseguiam estar quietos.
 
 Outros Greenfest, 2013; 2012; e 2011.

30.9.14

Fim-de-semana

 
O fim de semana foi mesmo deles!
 
Na Sexta saímos do trabalho rumo ao karaté. O Afonso fez a aula com a Mafalda e com meninos de cinto verde, e correu bem e divertiu-se. Sábado fomos à antestreia do Star Wars Rebels. Adoraram. Aulas de Jedi, com a explicação das posições do sabre de luz, fotografias com os personagens, pinturas faciais que brilhavam no escuro, sacos cheios de brindes, máscaras para brincarem em casa, roupas para se mascararem lá, legos para brincarem e um episódio especial em antestreia nacional de uma série bem gira para miúdos que vai agradar a muitos graúdos certamente. O Afonso levou o sabre dele e vinha em êxtase.
 
À tarde fomos ainda ao museu Condes de Castro Guimarães a uma visita marcada voltada para o público mais jovem e com algumas actividades no museu relacionadas com pintura. No final estiveram a desenhar-nos e agora estamos expostos na galeria (cozinha) lá de casa.
 
No Domingo o passeio foi até ao mercado de Oeiras onde estava a decorrer o Iupi Market. Tinha lido algumas críticas menos boas sobre o evento no facebook mas confesso que achei que correu tudo bem. Este ano não houve de facto a preocupação de excluir brinquedos do tipo brindes publicitários, e talvez tenham sido menos criteriosos mas no cômputo geral estava tudo em bom estado. O Afonso trouxe inclusivamente um carrinho Hot Wheels ainda na embalagem e um puzzle ainda fechado. A Mafalda que só gosta de brinquedos de rapaz trouxe um carro telecomandado a precisar de arranjo e o Afonso um Batman sem capa que já ganhou uma capa fashion feita aqui pela mãe. De resto é tudo bom, fazem uma limpeza ao quarto, trocam brinquedos usados por outros mais adequados à sua idade igualmente usados, aprendem a dar valor ao dinheiro e aos bens e isto tudo sem gastarem dinheiro real. As crianças são muito (des)complicadas e expeditas neste tipo de negócios e este género de actividades ajuda-os a desenvolver competências e a crescer.
 
Ainda encontrámos a vaca que ri, que nos brindou com imensos sacos de queijo. Trouxeram ainda BD e lápis de cor de oferta. Para casa vinham tão animados como se fosse Natal.