2.11.13

As Misteriosas Cidades do Ouro

Imagem Canal Panda

Há algum tempo um amigo arranjou-nos os episódios da série «As Misteriosas Cidades do Ouro», um dos desenhos animados favoritos da minha infância. O Afonso adorou, mas os episódios traziam legendas e ele ainda não sabe ler pelo que tínhamos de estar sempre a traduzir o que as imagens não mostravam. Recentemente os desenhos começaram no Canal Panda dobrados e tem sido uma alegria rever. Paramos todos e quando não conseguimos ver em directo, vemos a repetição. São neste momento os desenhos animados preferidos da Mafaldita, e do Afonso também. Tanto detalhe, tanto pormenor, tantas coisas que se aprendem a cada episódio, transportam-me efectivamente para os locais mais doces da minha infância, o Colégio Pinheirinho, as férias na Costa. Só sinto falta do genérico com a fantástica canção, que não consigo ouvir sem cantar.

Parabéns miúda, aposto que o bolo está um espectáculo!

1.11.13

Ao futuro

Do que somos - Que no entendimento das coisas são dispensáveis palavras. Que aquilo que fazemos é o reflexo do que somos. Que como nos vemos não é exactamente como nos vêem, mas que como agimos nos define e à imagem que os outros têm de nós. De como o amor nos transforma sempre no melhor de nós próprios.

De como somos - Que já falavas comigo sem palavras, sem saberes. Que me guias sempre pelo melhor caminho e me amparas sempre quando me sinto a cair. Que és o meu rochedo e ainda assim o meu Oceano. Que o nosso amor me comove e me surpreende ainda e sempre.

Do que espero de nós - Que na impossibilidade de nada mudar tudo se mantenha. Que a felicidade não seja este lugar mas a nossa viagem. Uma de muitas.

Há uns anos atrás escrevi-me um email ao futuro, com tudo o que desejava mudar, tivesse eu coragem. Hoje lembrei-me dele.

Halloween




Felicidade é aproveitar cada momento da melhor forma, e rir e brincar muito, mesmo que isso implique estar doente. Os últimos dias tiveram coisas chatas como aerossol e tosse sombra que não vai embora, mas o que ficou foi o bom de estarmos juntos, quentinhos na nossa fortaleza. Fizemos plasticinas, pintámos, jogámos jogos, vimos imensos desenhos animados, lemos histórias, dormimos sestas, brincámos muito. Neste dia das bruxas a mãe mascarou-se e fez uns pratos assustadores para o almoço. Já o Afonso fez um desenho para o Passatempo Lanidor. Não houve cupcakes da Garrett este ano, mas foi igualmente doce. 

Recordo-me bem destes dias quando era miúda, apesar de não me recordar propriamente de estar doente, apenas de poder dormir um pouco mais, ver muita televisão, brincar todo o dia, e ter os mimos exclusivos da mãe, aqueles que curam tudo e nunca são demais. 

30.10.13

Jogos Majora - Correio da Manhã



Que delícia de colecção, vale a pena seguir o link e ver as fotografias vintage dos tabuleiros. A colecção de 15 jogos começa já no próximo Domingo dia 31 e eu vou tentar fazer completa apesar de haver um ou outro jogo que já temos. Herdei um jogo da Glória e um dominó do meu avô Zé, com os quais ainda brincamos, e tenho um Juego de la Oca, com gansos e tudo. 

A colecção é gratuita com o jornal. 

Já nos imagino a lançar dados, beber chá e a comer castanhas nos fins-de-semana de muita chuva. 

28.10.13

Dias


 
Uma loja de pão que se descobre que nos faz querer voltar sempre. Os nomes que faltavam nas toalhas, para não haver confusões. Arrumações de garagem das últimas coisas de Verão. Tirar o pó e a humidade repentina. Tirar fotografias para vender o que não se precisa. Trocar as roupas de Verão com as de Inverno nas gavetas do mais pequeno. Ver o quanto cresceu, em poucos meses. Intervalar tudo com beijos, corridas, comidas que se gosta muito. Brincar às máscaras. Estrear-me na granola caseira. Desapareceu quase toda. Só a Mafaldita dispensou porque de resto todos adoraram, com leite, iogurte, gelado ou mesmo à colher. Brincar às máscaras, ler histórias e dar mimos. Fazer trabalhos de casa, e desenhos para guardar junto ao coração. Um Afonso hiper elétrico, apesar da tosse que teima em ficar. Treinar cortar com a «tesoura» do Panda e picotar como a mamã fazia na escola um desenho feito por mim, uma esponja e um palito. Saborear Caramel Macchiato e ver corações na espuma, e nas nuvens. Um sol torrado, uma festa de anos a cinco. Gostar tanto, mas tanto de nós todos juntos e saber que Terça está a mesmo a chegar.

A dimensão das coisas é apenas a que lhes quisermos dar. E esta é relativa, por ser apenas um papel. Hoje foi mais um desses dias. Uma etapa. Um recomeço.

 

24.10.13

Workshop de sushi



No Domingo, no regresso, fomos a um worshop de sushi do Orienta-te no Petis.co, bem perto de casa e com vista para o mar. O voucher deu-nos acesso a um final de tarde bem divertida e a um jantar preparado por nós com a orientação do chef António Muniz, que, para além de ser um excelente profissional, é uma simpatia. Confesso que fui para lá cheia de receio, mas o workshop superou as minhas expectativas, e varreu os meus receios de me aventurar sozinha. Começámos por aprender a seleccionar e cortar o salmão, e a fazer e temperar o arroz tipo japonês, enquanto apreciávamos um fantástico chá de gengibre. Depois aprendemos a fazer Hosomaki fino enrolado que é aquela peça tradicional enrolada com a alga por fora, Nigiri abraçar com a mão, peça que tem arroz em baixo e uma fatia de peixe por cima, Temaki mão enrolado que é um cone de alga com arroz e peixe no interior e Uramaki fora enrolado, para mim o mais difícil de fazer, e que consiste num enrolado com arroz no exterior. Durante a tarde pudemos ainda observar o processo de lavar o arroz, fizemos um brinde típico servido pela esquerda, e terminámos com a eleição do melhor prato.

No final de uma semana com inúmeras refeições peixe e de sushi, e um fim-de-semana em Sesimbra, já só sonhávamos com um belo bife. 

próxima refeição japonesa para os miúdos será provavelmente feita em casa, e mesmo não tendo um cunho profissional será certamente deliciosa.

23.10.13

Brinquedo eco friendly

Imagem daqui

Gosto desta banca de mercado para crianças por diversas razões, sendo que a primeira é o brinquedo em si, que permite recriar as "coisas dos crescidos" em jeito de brincadeira. O Afonso adora fazer compras com o carrinho dele, passar tudo na máquina registadora e pagar com as suas notas e moedas a fingir. E estes teatros, que adoro fazer com ele, são óptimos para o  seu desenvolvimento. Afinal é imitando-nos que aprendem a fazer e crescem. Mas o que me leva a gostar mesmo muito deste brinquedo é o material, o cartão. Não só porque se torna um brinquedo muitíssimo económico como porque promove uma cultura de reciclagem e de não desperdício que devia fazer cada vez mais parte da nossa mentalidade e do nosso vocabulário.

Quantas vezes compramos brinquedos de plástico, duráveis e monumentais mas que ao fim de um ano ou dois se tornam obsoletos para as crianças? E o que fazemos com eles depois? Guardamos na garagem, tentamos vender, ou oferecemos a um amigo. Em último caso deitamos fora.

Não tem muito mais graça ao fim de um ano ou dois, recortar o cartão e fazer umas máscaras de carnaval, ou desmontar e colocar no ecoponto?

22.10.13

O mar, o vento


Se eu pudesse trazia na bagagem a comida que mais gostei de todos os lugares que conheci. Adoro ser turista no meu país. Quanto mais conheço Portugal mais me apaixono por ele, pelas suas tradições, gastronomia, paisagem, hotelaria. De Sesimbra trouxemos licor, mel, pólen, abóbora cor de mel, e o coração tão cheio de coisas essenciais. Adormecer com o barulho das ondas, andar descalça na areia e fechar os olhos para o sol em Outubro. Ouvir as gaivotas a rasgar o céu azul. Comer peixe tão fresco e sopas tão ricas. Ler Corto Maltese a sentir o sol queimar as bochechas. Lutar contra o cansaço que teimosamente acumulei. Anoitecer sobre a maré e o teu olhar atento. E ter a certeza que aquilo que somos, fomos apenas até aí. É assim que sou agora e é assim, só assim que estou bem.


"[...]
Escuta, Amor 
Quando damos as mãos, somos um barco feito de oceano, a agitar-se sobre as ondas, mas ancorado ao oceano pelo próprio oceano. Pode estar toda a espécie de tempo, o céu pode estar limpo, verão e vozes de crianças, o céu pode segurar nuvens e chumbo, nevoeiro ou madrugada, pode ser de noite, mas, sempre que damos as mãos, transformamo-nos na mesma matéria do mundo. Se preferires uma imagem da terra, somos árvores velhas, os ramos a crescerem muito lentamente, a madeira viva, a seiva. Para as árvores, a terra faz todo o sentido. De certeza que as árvores acreditam que são feitas de terra. 
Por isto e por mais do que isto, tu estás aí e eu, aqui, também estou aí. Existimos no mesmo sítio sem esforço. Aquilo que somos mistura-se. Os nossos corpos só podem ser vistos pelos nossos olhos. Os outros olham para os nossos corpos com a mesma falta de verdade com que os espelhos nos reflectem. Tu és aquilo que sei sobre a ternura. Tu és tudo aquilo que sei. Mesmo quando não estavas lá, mesmo quando eu não estava lá, aprendíamos o suficiente para o instante em que nos encontrámos. 
Aquilo que existe dentro de mim e dentro de ti, existe também à nossa volta quando estamos juntos. E agora estamos sempre juntos. O meu rosto e o teu rosto, fotografados imperfeitamente, são moldados pelas noites metafóricas e pelas manhãs metafóricas. Talvez outras pessoas chamem entendimento a essa certeza, mas eu e tu não sabemos se existem outras pessoas no mundo. Eu e tu declarámos o fim de todas as fronteiras e inseparámo-nos. Agora, somos uma única rocha, uma única montanha, somos uma gota que cai eternamente do céu, somos um fruto, somos uma casa, um mundo completo. Existem guerras dentro do nosso corpo, existem séculos e dinastias, existe toda uma história que pode ser contada sob múltiplas perspectivas, analisada e narrada em volumes de bibliotecas infinitas. Existem expedições arqueológicas dentro do nosso corpo, procuram e encontram restos de civilizações antigas, pirâmides de faraós, cidades inteiras cobertas pela lava de vulcões extintos. Existem aviões que levantam voo e aterram nos aeroportos interiores do nosso corpo, populações que emigram, êxodos de multidões famintas. E existem momentos despercebidos, uma criança que nasce, um velho que morre. Dentro de nós, existe tudo aquilo que existe em simultâneo em todas as partes. 
Questiono os gestos mais simples, escrever este texto, tentar dizer aquilo que foge às palavras e que, no entanto, precisa delas para existir com a forma de palavras. Mas eu questiono, pergunto-me, será que são necessárias as palavras? Eu sei que entendes o que não sei dizer. Repito: eu sei que entendes o que não sei dizer. Essa certeza é feita de vento. Eu e tu somos esse vento. Não apenas um pedaço do vento dentro do vento, somos o vento todo. 
Escuta, 
ouve. 
Amor. 
[...]"
José Luís Peixoto in "Abraço"

Oeiras Parque



Estas e outras actividades no mês de Outubro, aqui.

21.10.13

Super


Estamos a decorar um dossier para a escola. Decidimos fazer uma capa de super-heróis, com um Afonso «Supersurfer» que ele próprio inventou, em cima de uma prancha (neste caso skate) por sua vez em cima de uma onda e com direito a capa e tudo.

Os restantes autocolantes, balões e interjeições têm tudo a ver com BD, livros, desenhos animados, vilões e finais felizes. Para fazer o título procurei uma fonte do Super Homem para Word, não tendo encontrado exatamente o que queria acabei por encontrar muitas outras bem giras neste site, onde têm inclusivamente o tipo de letra dos vários desenhos animados, do Mickey às Turtles, o download é gratuito e vale a pena uma visita.

18.10.13

Cerâmicas da Linha


Adoro a nossa cerâmica, é bonita, é durável e tem qualidade. Gosto dos produtos que por tradição fazemos bem, que resultam lá fora, e que dá gosto privilegiar cá dentro.

Adorei por isso conhecer a Cerâmicas na Linha em Oeiras, onde a loiça é vendida a peso. Levei lá a Juliana no outro dia (mais como pretexto) e um Afonso em modo stress-de-final-de-semana-depois-das-aulas a correr pelos corredores como se não houvesse amanhã. Fiquei apaixonada pelo espaço e pelo conceito. As peças giras e modernas: das chávenas de chá com um passarinho; às terrinas em forma de coração; travessas de servir de todos os formatos e cores; pratos de bolo e mesmo a loiça corrente. Os preços convidativos e a simpatia do atendimento própria de quem gosta do que faz, deixam vontade de voltar. Neste Natal vou optar por este tipo de comércio, justo, de qualidade mas acima de tudo Nacional.

17.10.13

Beleza

 
Descobrimos um café expresso fantástico com travo a caramelo, nuns kits de degustação da Dolce Gusto. As minhas manhãs já não são iguais. A cozinha fica perfumada e tudo parece melhor, mesmo aqueles dias que começam cinzentos. Os novos registos têm 30% desconto nas encomendas online até ao final do mês, é de aproveitar.
 
Agora às Terças somos cinco, e a alegria (confusão) é redobrada durante a semana. São os horários diferenciados para acordar e tomar banho, a confusão das mochilas e dos lanches, os pequenos-almoços todos diferentes, o stress matinal para chegar a horas com Chocapic entornado na farda ou alguém que se deixou dormir mais uns minutos. Nestes dias em que saímos com tudo virado do avesso sabe bem chegar a casa e ter tudo no sítio outra vez. Abençoada Rosa.
  
Ontem foi assim. E depois do jantar da véspera, e do almoço de trabalho entre amigos, a refeição queria-se leve. É dia em que o Afonso vem depois de jantar e em que há tempo para tudo, até para cozinhar calmamente. Grelhei legumes, pimentos italianos e tomate, e ainda a carne, barrei o pão do momento com Dijon e juntei folhas de aipo e cebola em tiras. Uma sopa de abóbora cremosa e estava feito o jantar.
 
Brincar aos polícias e ladrões, escovar os dentes e ler a história abraçadinhos e com muito, muito namoro antes de dormir. O mimo nas doses certas é terapêutico. Estes dias custam tanto «Mãe és o meu amor, é o nosso segredo». Afonso o amor não precisa ser segredo. E nisto começamos a ouvir uma voz num megafone na rua e não o consigo adormecer com tanto barulho. Vestimos os robes, abrimos o portão. Na rua dezenas de devotos rezam alto com velas na mão, é uma procissão. No final o altar, e a Imagem Peregrina, feita segundo indicações da irmã Lúcia. Parecem outros tempos, parece uma aldeia. E o Afonso a achar um piadão.
 
No final fomos dormir com um sorriso rasgado e o coração cheio de coisas boas. Para onde quer que eu olhe, vejo beleza.

16.10.13

Sushi


Temos tendência a fazer programas a alinhar pelos mais novos. Afinal as limitações com a idade de entrada são deles e são eles os menos pacientes. A mais velha ressente-se. Os filmes da Disney têm graça, mas, de vez em quando, era giro mudar. Depois há questão das preferências e aí a coisa complica-se mais ainda. A Mafalda tem uma alimentação específica e é mais maria-rapaz nas brincadeiras. O Afonso é rapaz e pequeno e as birras ainda são controladas, pelo que é mais fácil de levar. Como agradar a todos?

Ontem fomos ao Sushi em família. Estava prometido à Marta. Já sabíamos que com a Mafaldita e com o Afonso seria um desafio. Fomos a um sítio onde há comida para todos os gostos, até batata frita, e fizemos de tudo uma festa. Todos tentaram comer com pauzinhos e no final ganharam um diploma. O próximo sushi seremos nós a fazer para eles, que no próximo fim-de-semana há workshop.

Entretanto ficou combinado, vamos tentar ir a um restaurante de um país diferente uma vez por mês e aproveitar para falar com eles da cultura desse país. Para a próxima vamos experimentar um restaurante mexicano!

15.10.13

Cenas ao Domingo

Imagem Freeport

Aos Domingos o Freeport propõe agora sessões de teatro gratuitas, limitadas a um adulto por criança, e com inicio às 12h. Se já há calças curtas lá em casa, camisolas a precisar de substituição, ténis com solas vergonhosas, junte o útil ao agradável e transforme as compras num passeio. 

13.10.13

Coisas boas


A Juliana já regressou ao Brasil e eu já estou com saudades. O tempo é sempre ingrato para quem se quer tanto. O regresso fico previsto para breve e a sensação foi, apesar de tudo, nova - eu estou feliz. A família adorou-a, sobretudo o Afonso que se derreteu em beijos e sorrisos para ela, os outros amigos reviram-na num magusto antes da época improvisado e a Ju já vai estando em casa, porque já conhece estas caras. 

Pela primeira vez não corri com ela trinta e tal museus em poucos dias. Pela primeira vez deixei a Juliana dormir uma manhã inteira. Pela primeira vez aproveitei para estar mais com ela do que em mil visitas contra-relógio.

Na Sexta fizemos uma noite portuguesa, com pastéis de bacalhau, nosso, música portuguesa e sessão de cinema nacional em casa. Foi muito bom. O excesso de calorias dos últimos dias foi directamente proporcional ao paladar. A Ju ficou fã das nossas sopas, entradas, e pratos, mas também do nosso Santini

E agora é esperar que a vida lhe sorria muito e que o tempo não demore tanto a passar.

12.10.13

Greenfest 2013


Foi a primeira vez que fui ao Greenfest sem o Afonso, e embora tenha sido mais descontraído sem miúdos, e tenha dado para espreitar calmamente os workshops a decorrer, senti a falta deles. Este continua a ser um evento muito giro para famílias. É um evento verde, perto de casa e totalmente gratuito. Tem sempre actividades para os mais pequenos, com personagens a animar. E se o ano passado eles jogaram mini-golfe, desta vez havia uma montanha para escalar, bicicletas para andar e um carro para pintar, entre muitas outras actividades. A oferta para os crescidos é ainda mais variada, com ateliers e worshops, da culinária, à gestão do stress. A FIARTIL junta-se ao evento e abre portas com negócios ecológicos. Com o tempo bom a convidar a pausa foi no Santini. Depois de encontrarmos caras conhecidas, voltámos para casa com um saco cheio de brindes: T-shirts; lápis de cor; blocos de notas; cantis e um CD’s da Leopoldina; a Magazine do Continente, e claro com vontade de voltar para o ano. 

10.10.13

Hoje é o dia



A Juliana foi a minha melhor amiga na pré-adolescência. Minha confidente das primeiras paixões, a minha irmã emprestada, a parceira das idas ao cinema ao Sábado à tarde ao Carcavelinhos e às Palmeiras. Era ela a minha companheira dos trabalhos de grupo, e minha aliada na falta de jeito em Educação Física (e se tinha muito mais do que eu). Sempre foi um modelo para mim, excelente aluna, cadernos e apontamentos sempre impecáveis. Falava várias línguas, tinha inclusivamente aulas de alemão em casa com os irmãos, até me ensinou as poucas palavras que ainda hoje sei. Nunca duvidei que seria uma mulher de sucesso. Partilhámos as nossas angústias de puberdade, as primeiras borbulhas mas também as mudanças físicas mais estranhas, o desconforto de nos adaptarmos à mudança de idade num colégio mais rígido do que seria desejável. Éramos ambas demasiadamente magras e inseguras. Pouco antes de eu fazer 13 anos, o pai da Juliana decidiu regressar ao Brasil, foi um enorme choque. Lembro-me de chorar abraçada a ela no último dia num Hotel no Estoril e de prometermos à porta do elevador que iríamos escrever uma à outra todos os dias. Fiquei doente e perdi o apetite durante imensos dias depois dela partir. A adolescência e a amizade têm destas coisas.

Os anos passaram e mais amigos partiram para longe, uns cá dentro outros lá fora. Não mantenho contacto com todos, mas é curioso que os mais importantes acabam por ficar presentes, de uma forma ou de outra. O Afonso era ainda pequenino quando a conheceu e não se recorda mas acha imensa graça ser uma amiga da mãe da altura da escola.

Durante os primeiros anos eu e a Ju trocámos postais e cartas com uma frequência que embora tenha diminuído nos anos seguintes se manteve depois disso inalterada. Nos anos e no Natal eu tinha sempre um postal dela para ler. Contámos uma à outra as coisas mais importantes da nossa vida por carta e em todas as que abri chorei de saudades. O aparecimento da Internet revolucionou a minha noção de proximidade, e pensando bem acabei por manter a minha promessa porque todos os dias lhe escrevo. Foi assim que ao fim de 15 anos fui buscar a Juliana ao aeroporto de Lisboa e ao final de 5 minutos parecia que nunca tinha estado longe dela. Depois disso já nos revimos outras vezes. Casei, fui mãe, mudei de casa, descasei e ela quase casou, mudou de emprego e deu a volta ao mundo. E hoje depois de mais um período de ausência a Ju chega ao pé de mim outra vez e eu sinto-me de novo adolescente, ansiosa e feliz com a expectativa da sua chegada. 

9.10.13

Play - Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil de Lisboa

Imagem Play

Aqui fica mais uma ideia gira, daquelas que eu gosto muito. Cinema infantil e juvenil nos dias 12 e 13 no Jardim da Estrela, para aproveitar os últimos dias de sol lá fora e em família.  São várias curtas metragens com a duração aproximada de 15 minutos, a escolher entre as: 10h30 • 11h30 • 12h30 • 14h30 • 15h30 • 16h30 • 17h30. 

Mais informações aqui e a programação aqui.