17.10.13

Beleza

 
Descobrimos um café expresso fantástico com travo a caramelo, nuns kits de degustação da Dolce Gusto. As minhas manhãs já não são iguais. A cozinha fica perfumada e tudo parece melhor, mesmo aqueles dias que começam cinzentos. Os novos registos têm 30% desconto nas encomendas online até ao final do mês, é de aproveitar.
 
Agora às Terças somos cinco, e a alegria (confusão) é redobrada durante a semana. São os horários diferenciados para acordar e tomar banho, a confusão das mochilas e dos lanches, os pequenos-almoços todos diferentes, o stress matinal para chegar a horas com Chocapic entornado na farda ou alguém que se deixou dormir mais uns minutos. Nestes dias em que saímos com tudo virado do avesso sabe bem chegar a casa e ter tudo no sítio outra vez. Abençoada Rosa.
  
Ontem foi assim. E depois do jantar da véspera, e do almoço de trabalho entre amigos, a refeição queria-se leve. É dia em que o Afonso vem depois de jantar e em que há tempo para tudo, até para cozinhar calmamente. Grelhei legumes, pimentos italianos e tomate, e ainda a carne, barrei o pão do momento com Dijon e juntei folhas de aipo e cebola em tiras. Uma sopa de abóbora cremosa e estava feito o jantar.
 
Brincar aos polícias e ladrões, escovar os dentes e ler a história abraçadinhos e com muito, muito namoro antes de dormir. O mimo nas doses certas é terapêutico. Estes dias custam tanto «Mãe és o meu amor, é o nosso segredo». Afonso o amor não precisa ser segredo. E nisto começamos a ouvir uma voz num megafone na rua e não o consigo adormecer com tanto barulho. Vestimos os robes, abrimos o portão. Na rua dezenas de devotos rezam alto com velas na mão, é uma procissão. No final o altar, e a Imagem Peregrina, feita segundo indicações da irmã Lúcia. Parecem outros tempos, parece uma aldeia. E o Afonso a achar um piadão.
 
No final fomos dormir com um sorriso rasgado e o coração cheio de coisas boas. Para onde quer que eu olhe, vejo beleza.

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