1.9.14

Celebrate Life Outside

 
Fomos ver o desfile dos clássicos a Cascais. Fomos sem capota como manda a tradição, e divertimo-nos. Fazem barulho, poluem mais mas têm o dobro da pinta. Um carro assim, antigo e bem tratado, tem indubitavelmente outro valor. A mamã tem o dela quase a entrar para a colecção, 22 anos diz o livrete. E se às vezes me exaspera a verdade é que mesmo com a dificuldade em arranjar peças e com todos os problemas que um carro velho vai tendo (com o frio às vezes custa a pegar) não me vejo a conduzir outro. Este foi o meu primeiro carro, o que me deu mobilidade depois da mota BWS da minha juventude, o que me acompanhou em tantas aventuras, que foi comigo de Norte a Sul ao volante e eu não consigo imaginar-me a desfazer-me dele. Sim, adoro antiguidades, e sinto afecto por objectos com história e um carro, como uma casa, acabam por fazer parte da família.
No fim-de-semana também fomos à praia e a mamã estreou finalmente a toalha XL que ganhou nos anos. Pintámos papel de embrulho com carimbos para embrulhar a prenda do Rafael e fomos aos anos dele. Encontrámos uma escola a fazer renovação e trouxemos connosco uma árvore XL em madeira que a Dina, professora do Afonso vai reciclar, e três placares de cortiça para reciclarmos nós em casa.
No fim-de-semana também vimos o filme do «Artur e os Minimeus» que a mãe adorou quando viu e achou que ias gostar. E também fizemos outras coisas menos giras, como compras e limpezas. O Afonso encheu um saco de brinquedos de «bebé» para dar.
E no entanto, o tempo passa e o que fica não são as horas que passámos a trabalhar, a arrumar a casa, ou a preencher o IRS. O que fica é aquele tempo de qualidade passado com aqueles que amamos. Aquele tempo que procuramos aproveitar nas férias e que tentamos a todo o custo prolongar pelo resto do ano. Falta-nos muitas vezes energia ou coragem para fazermos tudo o que gostaríamos de fazer com eles e é tão bom alterar volta e meia as prioridades e viver o momento.
Entretanto chegou a cesta de Picnic da Anita ganha no passatempo do Blog da Carlota. Espreitem o link que vale a pena namorar. É linda e só para o caso de nos esquecermos traz gravado uma espécie de mantra: Celebrate Life Outside. Para a semana nós vamos!

Eu gosto em Agosto

 

O fim-de-semana sem miúdos é aproveitado ao máximo para coisas que não podemos fazer com eles. Cinema, jantares de crescidos, concertos, limpezas e até pintar a casa. E se no final do dia estamos esgotados, arranjamos sempre energia para pôr a leitura em dia ou almoçar numa esplanada ao pé de casa com vista para o mar.
 
Estamos fãs do Boteco, ficámos fãs dos concertos em Cascais (com excepção da noite mais que falada de Anselmo Ralph) e ficámos fãs do Bérrio Terrace pelas razões menos óbvias. É que o que à primeira vista não corre bem acaba por se revelar ainda melhor. Nestes fins-de-semana também acabamos sempre por inovar em termos de gastronomia, alcachofras com cogumelos, esparguete com caril, sangria tropical e um iogurte divinal com grânola foram algumas das nossas escolhas.
Temos tentado manter as plantas vivas não obstante o calor e a falta de tempo. O chapéu-de-sol chinês tem protegido esta nova árvore que me ofereceram nos anos. Sinto-me um pouco como pequeno príncipe de volta da flor. «Foi o tempo que dedicaste à tua Rosa que fez a tua Rosa tão importante.». O principezinho de Antoine de Saint-Exupéry

28.8.14

Cascais Classic

Imagens daqui

O ano passado chegámos tarde, mas não tarde demais. Tarde o suficiente para não conseguir ver todos os veículos em exposição, mas cedo o suficiente para os ver em marcha avenida fora em procissão. Carros de bombeiros, carros de policia, carros particulares antiquíssimos e o carro da mamã ia no final. A brincar dissemos que fazia parte da colecção, afinal é uma matricula antiga, um carro velho para o qual já tenho dificuldade em arranjar peças, mas não prescindo dele, não enquanto andar.
 
Este ano repetimos a tradição, a ver se chegamos cedo atempo de comer um gelado noSantini. Fica a sugestão.
 
O programa para consulta está aqui.

27.8.14

Rotinas


 
Temos aproveitado cada minuto da melhor maneira, hora de almoço incluída. Quando não posso ficar com ele todo o dia, vou levá-lo mais tarde e buscá-lo à hora de almoço. A avó fica normalmente da parte da tarde e em casa dela há piscina, brincadeira e diversão garantidas. Quando posso como hoje, vem comigo de manhã, buscar cheques às Companhias, comprar material de escritório, à contabilista, até às finanças já me acompanhou. Adora fingir que trabalha e pede-me uma moeda muitas vezes depois de me ajudar. De manhã, tomamos um pequeno-almoço enroscados na sala, eu não sou grande apreciadora dos heróis da Marvel, mas desde que fez os 5 anos já não há canais proibidos lá em casa e eu sei que faz parte, afinal de contas é rapaz. De qualquer forma adora a Violetta (que para mim é uma tortura maior, confesso), e as sereias da H20, e esta última série vemos os dois religiosamente (ou quando estão as meninas, os 5). Adoro. É que à parte do disparate de serem sereias, e de toda a série de magias incríveis e absurdas que fazem, a série é fantástica. Depois da higiene, perfumamo-nos (o Afonso tem um perfume natural que adora que a Ju lhe trouxe do Brasil e que é tão mimoso), colocamos o spray dos caracóis, calçamos os sapatos e rumamos à escola. O Afonso é muito vaidoso e adora estas coisas. Pelo caminho cantamos e paramos sempre antes do semáforo para dizer olá ao papagaio Francisco que nos assobia e responde. Até as miúdas já o adoram e já se tornou um ritual de família. À noite há sempre mais tempo, um banho seguido de massagem, janta e sempre algum tempo para brincar ou ver TV. Quando está a Mafalda o banho é mais prolongado, às vezes de espuma e hidromassagem e a massagem prolonga-se por mais tempo que ela também adora.
 
 
Eliminámos o Ipad da nossa rotina diária, ordens do novo oftalmologista do Afonso. Descobrimos por insistência que o Afonso estava mal graduado depois de fazer uma dilatação maior, com o Dr. Reich de Almeida em Lisboa que é um dos maiores especialistas do país em oftalmologia pediátrica. O Afonso tinha graduação a mais e isso seria muito prejudicial ao desenvolvimento pleno da sua visão, que poderia inclusivamente ficar comprometida. O Afonso não tinha qualquer noção de profundidade, ou visão 3D, o mundo era plano para ele, a imagem estava a ser projectada depois da retina causando uma visão muito débil. Tinha dores de cabeça, via em duplicado, tinha comichão, cansaço, desequilíbrio acentuado e entortou um olho nos últimos meses. Depois de inúmeros testes e umas quantas consultas alterámos as lentes, desceu de 7 dioptrias para 3,50 e parece um menino diferente.
 
Voltando à nossa rotina, depois da televisão vem uma das nossas partes preferidas do dia, enroscados na cama da mãe a ler a história. É um momento tão nosso, tão cúmplice, tão mimoso. Lemos uma, duas, ou três histórias pequeninas, consoante o tamanho e a disposição. Ele aproveita tudo para a brincadeira e dá aquelas gargalhadas profundas que me enchem o coração de alegria. Depois quer sempre que lhe faça perguntas, tipo jogo, e quando adormece entretanto levo-o ao colo até à cama dele. Quando não, dou-lhe a mão até adormecer, toda torta ao lado da caminha dele, a ouvir as ultimas aventuras ou desabafos daquele dia.
 

26.8.14

Poupanças


Tenho partilhado poucas dicas de poupança nos últimos tempos, mais por falta de tempo do que por deixar de estar atenta. Quando consigo actualizar o blog a oportunidade passou e acaba por não fazer sentido. Não tenho concorrido a tantos passatempos como antigamente, mas continuo a participar em alguns sobretudo nos blogs que sigo mais regularmente e a receber mimos bons que dão sempre uma ajuda no orçamento. Um dos meus blogs preferidos é o da Carlota, onde há uns tempos atrás ganhei uma conta poupança para o Afonsinho e mais recentemente uma cesta piquenique recheada de Planta com sabor a Manteiga, a única que compro lá para casa.
Para além dos passatempos procuro sempre verificar se há produtos com campanhas experimente grátis e que utilizemos lá em casa, antes de me dirigir ao supermercado. Actualmente estão com esta campanha estas bolachas de água e sal, o espumante Asti Gancia e vários queijos Saloio. É sempre de aproveitar a meu ver.
 
Gosto de aproveitar esta altura do ano de saldos para comprar coisas que fazem sempre falta como roupa interior, calças azuis para a farda do Afonso, sapatos, panos da loiça, enfim toda uma série de básicos intemporais que fazem sempre falta. A ultima semana de Agosto é a melhor em termos de preço embora tudo esteja já muito escolhido sabemos também que o preço já não baixa mesmo mais. 

22.8.14

Inspiração



É o que procuramos para os dias cinzentos. Bebo inspiração das pessoas que cruzam o meu caminho, de livros, de música, um sorriso muda literalmente o meu dia. Aprendi às minhas custas a dar mais valor ao que importa. O meu filho é o meu sol. As pessoas que eu amo também. Os meus amigos sem dúvida. 

Nos seus anos o Afonso quis que cantássemos o Hino de Portugal em vez dos «parabéns». Inspirada nele nos meus, cantámos o hino do Sporting e foi uma aventura. Eu era a única Sportinguista e apreciei o esforço e a alegria :). Ouvimos no Ipad antes da meia-noite para saber o tom, e depois circularam folhas com a letra e foi tão divertido, com Miaus pelo meio e tudo. Simulámos um Karaoke e vingámos-nos do picante nas sobremesas feitas pela mamy.
Este ano não jantámos lá fora numa excelente noite de Verão, estava muito vento. Este ano faltaram algumas pessoas queridas do meu coração, pelas razões certas. Mas este ano comemos o tradicional Chili e tive o meu filhote comigo a soprar as velas e a pedir desejos. No dia 15 jantámos em família na Feira de Artesanato do Estoril, já com as meninas, a sentir que tudo estava no lugar certo.

O fim-de-semana foi prolongado, com prendas, muito mimo, muita festa, muito calor (nos restantes dias) teve sabor a férias e a Verão que teima em aparecer para ficar.

Este ano quero fazer mais exercício, comer melhor, escrever mais, ler mais, continuar a aproveitar todos os momentos com os amores da minha vida, brincar muito, descansar mais. Projectos não faltam, falta apenas torná-los realidade.

Fiz 36 anos, é certo, mas não os sinto. Ouvir que os anos não passam por mim sabe bem, e o que eu sinto é que fiz 36 mas anda tenho uma vida pela frente e ela pode ser o que eu quiser.

12.8.14

Estes dias


 
 
Dos amigos que adoro para toda a vida, tenho-os num lugar especial do meu coração. Podemos estar sem nos ver uns tempos valentes que ao reencontrarmo-nos é como se estivéssemos estado juntos no dia anterior. Ou podemos estar juntos quase todos os dias que nunca sinto que é demais. Torço pela felicidade deles como pela minha, e sempre que estamos juntos a energia é positiva, reconfortante, fortalecedora, mesmo que a altura da vida o não seja. Difícil explicar. Venho sempre feliz de um jantarde amigos. A alegria contagia e carrega baterias para uns tempos valentes.
 

Das forças contrárias vou aprendendo a afastar-me. É complicado explicar também, vou sentindo. É que não adianta nada um amigo empolar problemas, inflamar feridas. Por mais que sinta o problema não o ajuda a resolver. Das palavras mais preciosas e que guardo sempre da minha querida avó, a vida não custa, custa saber vivê-la.
 

Este fim-de-semana embrulhei as prendas de aniversário para o Afonso me dar. Toalhas de praia compradas à porta da praia de Carcavelos, um saco, uma blusa linda. Quase a fazer 36 e a sentir que a vida ainda tem muito para me oferecer.
 

Depois de pintar tectos, lavar cadeiras, arrumar sapateiras, e nos deitarmos de madrugada, aproveitámos um Domingo de esplanada merecido e um pôr-de-sol na praia. Começo a semana retemperada e com o pé direito.