11.6.14

Ludopolis e outras diversões


Este fim-de-semana foi praticamente deles. Adoro isto de ser criança outra vez, com eles, e descobrir tudo de novo. Conhecem o sentimento? Na Sexta a chuva estragou-nos os planos de ir aos carrosséis mas nós festejámos em casa com um jantar mexicano com direito a chapéus na cabeça. Fizemos burritos e fajitas ao gosto de cada um. Depois de jantar aninhamo-nos ao pé do sofá a ver um filme. Sábado depois do Inglês almoçámos e começou a maratona. Fizemos experiências da Science4You na cozinha (uns cristais que teimam em não aparecer), e todos os dias os miúdos correm ao vidro a ver se aparecem. Depois das experiências fomos à hora do conto na biblioteca, (1º e 3º Sábados do mês) levando o nosso donativo multimédia para fazer mais meninos felizes. Neste momento a biblioteca de S. Domingos de Rana não está a aceitar livros mas filmes e jogos de computador aceita. O Afonso, a colega da escola que ele encontrou e a Mafalda adoraram a história da Mapapoila e da Gaivota e ainda pintaram uns desenhos que voam neste momento no tecto da cozinha. Quando passa a brisa as gaivotas voam fica mesmo giro. Dali saímos para o lado onde havia uma festa da terra e ainda jogaram setas e viram uns patos e uns coelhinhos bebés. Para os miúdos é sempre uma alegria ver os animais. Depois disso fomos buscar a mais velha e seguimos para as Festas de Oeiras com mais um donativo para uma Instituição, brinquedos deles em bom estado. Andámos de carrossel, comemos algodão doce, o Afonso sujou-se todo com o açúcar, óculos inclusivamente, e ainda pintaram T-shirts. Viemos todos com um brinquedo novo para casa mas antes de regressar parámos ainda no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal em S. Pedro do Estoril para por as mãos nos telescópios e ver a Lua, os planetas e as estrelas.
No Domingo depois de almoçar no jardim, despachar deveres e outras obrigações rumámos à Ludopolis, este ano no Jardim do Museu da Cidade. O ano passado o espaço era mais amplo e mais ajustado às diferentes actividades. O espaço para as corridas de sacos este ano, por exemplo, era mínimo e tinha gravilha, assim que caíam os miúdos aleijavam-se. Os passeios de burro também tinham pouquíssimo espaço para circular com as filas de espera laterais o que atrasava bastante o percurso e a beleza do trajecto. Este ano ficámos ainda com a ideia que havia muito mais gente e muito menos actividades. De qualquer forma os miúdos lá se divertiram, fizeram construções, saltaram no insuflável e no trampolim, andaram de burro, jogaram à macaca, e ainda nos divertimos todos com um jogo de tabuleiro com dados e ovos, para equilibrar no pescoço, entre joelhos e nos braços.

2.6.14

Dias de sol

 

Depois de uma semana de chuva e recobro em casa sabe bem um fim-de-semana de sol e passeio. Aproveitar muito bem todos os minutos sem crianças, compras da semana feitas, e feliz por descobrir que na Makro há quase todas as variedades para Dolce Gusto, incluindo o expresso caramelo, ao preço mais simpático. Adorar a campanha da Coca-cola mais original de sempre , filmada na ilha do Corvo com habitantes locais e com o Pauleta. Transformar a lata do Afonso num suporte para lápis. Ir ao Rock in Rio dois anos depois vê-los denovo , numa noite quente e divertida para guardar para sempre. Festejar os anos da Martinha no nosso sítio de sushi , onde nos tratam pelo nome e conhecem o nosso pedido de cor. Os miminhos que sabem sempre tão bem. Aproveitar a campanha da criança de 50% no Continente para mimar os mais pequenos. Jantar com amigos e ficar na conversa boa noite dentro. Passear muito e aproveitar este sol. Encontrar a jarra perfeita para flores pequenas nas Velharias pelo melhor preço de sempre. Visitar o Mercado da Ribeira com este novo look da Time Out, adorar o espaço, os petiscos, o ambiente. Experimentar uns croquetes fabulosos de alheira e atum com tomate seco e um menu de degustação fantástico. Trazer Gerberas que ao centro fazem lembrar Anastácias e um sorriso. Preparar a semana em casa, adiantar a sopa e a granôla para a semana, arrumar a roupa e adormecer no sofá.

29.5.14

Coração de Chocolate


Porque adoramos fazer bolos cá em casa, sobretudo a dez mãos, qualquer desafio dentro deste género é um excelente desafio. Aqui fica a nossa sugestão, para acompanhar com um chá quente nestes dias frios :)

Ingredientes:

Massa:

  • 4 ovos
  • 4 colheres de sopa de chocolate em pó
  • 3 colheres de sopa de Vaqueiro Liquida
  • 2 chávenas de farinha de trigo
  • 2 chávenas de açúcar
  • 2 colheres de chá de fermento
  • 1 chávena de leite morno
Cobertura:

  • 2 colheres de sopa de Vaqueiro Liquida
  • 3 colheres de sopa de amido de milho
  • 5 colheres de sopa de chocolate em pó
  • 1 chávena de água
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher de chá de essência de baunilha
  • 3 colheres de sopa de açúcar

Preparação:


Massa:

  1. Bata todos os ingredientes por 5 minutos (menos o fermento)
  2. Adicione o fermento e misture com uma espátula suavemente
  3. Coloque em uma forma untada ou de silicone e leve ao forno pré-aquecido a 180º por 40 minutos até estar no ponto
Calda:

  1. Junte a manteiga ao chocolate em pó até que esteja homogéneo
  2. Acrescente os restantes ingredientes e misture bem ao lume
  3. Cubra o bolo com a cobertura.

Mais que para sempre

*Foto Mario Carmo

A segunda prioridade de toda a vida é encontrar um grande amor. A primeira nunca o perder. 
Eu tenho dois e são a minha vida.


Dois anos depois reforço com toda a convicção todos os passos que dei na prossecução da minha (nossa) felicidade. É como escrevi no livro não há maior estalada da vida do que o exemplo que queremos dar aos nossos filhos. Se o que eu mais quero é que sejas feliz, tenho de te dar esse exemplo. Reforço por isso a fé em nós, na vida, porque em relação ao resto não depende de mim.

Tenho conseguido que sejas o menino mais risonho e feliz, mais amado, forte, capaz e seguro. Sei que nos adoras assim, e às «manas» e que é sempre preferível esta calma e certeza ao turbilhão do passado.  

O que mais desejo deixar-te como herança através do meu exemplo é isto mesmo de lutarmos pela nossa felicidade, trabalharmos sempre muito e arduamente pelo que queremos alcançar, não cruzarmos os braços às adversidades, seguirmos os nossos sonhos com muita criatividade, coragem e perseverança, enchermos o coração de coisas boas e sobretudo de amor. Quero que sejas verdadeiro contigo próprio e sempre mimoso e carinhoso como és. Que não vivas na sombra das coisas feias que consomem o coração, mas que abraces sempre o lado mais bonito e sorridente da vida. É ele que te fará feliz.

Quanto a nós que tardámos tanto a encontrar-nos, é tudo tão certo. É que isto de amar tanto com cicatrizes e rugas tem mesmo outro valor. E este lugar sempre foi teu. É esta certeza das coisas que se sentem que torna tudo o resto inverdadeiro*. E tudo o que eu entendo hoje por inconseguimento* é imaginar a minha vida hoje sem esta minha metade. Quero envelhecer nos teus braços e essa certeza é a minha paz. E depois de um dia nas mesas, e rodeados dos nossos miúdos  mais queridos a cantarem-nos os parabéns numa pizza coração, sei que é aqui e assim que eu quero estar. Mais que para sempre.  

* palavras inexistentes

27.5.14

A semana


 

Adaptou-se lindamente aos óculos apesar da graduação. Adora-os, e já não prescinde de os pôr o que de acordo com os especialistas é sinal de que precisa e se sente bem com eles. Fica giro, escolheu bem, são coloridos e fica com ar intelectual J. A semana ainda nos pregou mais uma partida, a Escarlatina, com direito a febre e borbulhas e noites mal dormidas abraçadinho à mamã.
 

Uma semana em casa deu para fazer tantas coisas, de batidos de fruta, a pulseiras, um postal para a avó Cila que fez anos e projectos para escola. A mamã substitui etiquetas nas caixinhas de almoço e nas arrumações encontrou o carregador da mota que entretanto já anda mas precisa de um empurrão. E se nos primeiros dias não saímos de casa, e foi lá o Paulo da oficina entregar o carro com a revisão e os arranjos feitos também nos visitou o senhor das entregas das compras na Mercado do Bairro, um sitio onde podemos comprar (na Grande Lisboa) produtos Compal com desconto e entrega ao domicilio. Com a chuva e o mau tempo até soube bem não sair de casa.


No fim-de-semana e já melhores, fomos todos à biblioteca procurar livros e filmes para ver à noite com pipocas. O aluguer é gratuito e a variedade bastante grande. Temos alguns filmes e jogos lá em casa para deixar como donativo. Ficámos com vontade de ver a hora do conto aos primeiros e terceiros Sábados do mês. Dia 7 lá estaremos.

Muito mimo depois está como novo e já vê literalmente a vida com outros olhos.
Esta semana as rotinas voltam ao normal. E ontem no Karaté o Afonsinho não queria tirar os óculos «É que mamã eu não vejo bem sem eles.», mas um colega que também usa aconselhou. Quando for mais velho já pode praticar com eles como uma das colegas de cinto azul.

15.5.14

Um mundo novo


 
Este amor da minha vida, esta paixão que só cresce e que me faz enfrentar tudo. Este amor que me dá tantas alegrias e depois volta e meia um medo imenso, este medo terrível de qualquer coisa que lhe possa acontecer, que venha abalar a sua vida, o seu crescimento, o seu bem-estar e que eu não possa fazer nada para evitar. A impotência é o pior inimigo das mães. Sinto o coração pequenino e apertadinho.
Esta semana estou ainda a processar a informação, devagar. Cansada de esperar por uma consulta do público fui ao oftalmologista particular. Já tinha sido visto em pequenino, não detectaram nada, só um falso estrabismo. E agora todas estas dioptrias. O Afonsinho tem uma miopia severa. O médico, um amor, chamou um colega, fizeram vários testes, vai ser acompanhado de perto. Faltou-me o chão. Meio metro de distância é longe demais para o Afonso. Quero poder tratar disto e não posso, não se pode fazer nada até ser adulto, até o olho não crescer mais. Até lá é esperar que não agrave muito. Nunca fui boa a esperar.
Já escolheu os óculos, está a reagir muito bem. Há três colegas na turma com problemas de visão, não sei se tão severos. Professora e auxiliar são um espectáculo e dizem que os meninos nesta idade se adaptam muito bem. Apesar do estreitamento possível a lente vai ser grossa e pode causar algum desconforto ao início.
A semana que vem começa esta nova fase, e para o Afonso é todo um mundo novo por descobrir.

13.5.14

Fim-de-semana

 
  
 
Adoro-nos. É sempre uma alegria tão grande estarmos juntos. Há birras, claro que sim, mas a maior parte do tempo é uma galhofa pegada. Tenho ataques de riso tão grandes que me doem as bochechas. É cansativo, claro que sim, ainda agora acabou a ronda do pequeno-almoço já estão a perguntar o que vai ser o almoço. Cada refeição é quase uma máquina de loiça, cada ronda de banhos demora a manhã ou o final e tarde toda. Não se pára, ou é raro vá, mas vale a pena, tanto a pena. Cada minuto juntos é o melhor tempo vivido, o de qualidade, o que queremos recordar para sempre. Não troco estes dias por nada. E como o bom tempo voltou fomos passar um dia a casa dos avós, continuamos em treinos para aprender a nadar com o Afonso. Depois de um dia assim, o cair à cama é mágico, mas sem nunca dispensar uma história. Claro que também houve trabalhos, o Afonso teve o Inglês, a Mafaldita entrevistou-me para a escola, a Martita teve de dissertar sobre a ginástica em Francês. No Domingo fomos ver os dinossauros, tínhamos dois bilhetes de um passatempo, senão teria compensado o bilhete familiar. No recinto distribuíram imensas bolachas, desenhos, autocolantes e no final um diploma. A exposição é a mesma que já tínhamos feito na Cordoaria há uns anos, mas o Afonso já não se recordava bem. Claro que não teve medo, mas alguns prefere ver ao colo da mãe porque «é melhor mamã». No final fizeram de paleontólogos e com a ajuda de pincéis procuraram ossos de dinossauro. Terminar a tarde com caracóis e petiscos e amigos foi a despedida perfeita dum fim-de-semana perfeito.
 

7.5.14

Primavera


Eu não sou pela paz como tu, sou pelo turbilhão de sentimentos, pela intensidade. Não que estejamos em desacordo, nada disso, funciona tudo tão bem assim. Mas quando hoje me disseste que há coisas que eu ainda não sei, que sentimos a partir dos 40, coisas com as quais não vale a pena preocuparmo-nos, às quais não importa dar valor, quando hoje me disseste que já não perdes tempo com quem não interessa, eu senti toda a nossa diferença. Eu continuo a lutar contra as injustiças do mundo. Eu perco tempo. Eu «defendo-nos» como uma muralha num castelo. Eu ainda tenho alturas de pouca lucidez em que me considero «um pouco» imortal.
 
O fim desta semana foi um género de balanço, voltarmos a lugares onde já fomos tão felizes com pessoas que gostamos tanto. Festejar o dia da mãe ao longo de dias celebrando o que a vida tem de mais precioso. O amor a quatro como diz a Mafaldinha. Sim é um género de trevo o meu coração. A estranheza de se levantarem ventos contrários e que agora me parecem tão estranhos e distantes. É que sabes, as pessoas não se possuem. Não se perde o que nunca foi verdadeiramente nosso. No entanto tu és meu. E eu sou tua.

 
E quando hoje, naquela sala de espera pequena à espera de notícias tão, mas tão grandes, disseste que ele está amolecido com o amor, eu pensei baixinho «também eu». Nós passamos tanto tempo na vida à procura disto que depois o medo é todo o de perder isto que se tem.

 
Hoje celebramos apenas boas noticias, o fim de mais um capítulo e o início daquele que quisermos escrever.
 
 
 
Do Indie:
Seis curtas, T-shirts giras ao preço simpático de sempre, uma pizza fabulosa entre filmes e terminar em beleza e boa companhia com Joe, uma interpretação fabulosa de Nicolas Cage e de Tye Sheridan, um miúdo que tem certamente uma estrelinha.