Poesia

Segundo livro. Orgulho. Pessoas amigas do coração e um selfie tipo óscares. Uma noite estrelada em pleno dia. Os meus pais, o meu amor maior. Uma tarde que se prolongou numa noite que vai ficar para sempre. A certeza que os meus amigos estão sempre presentes. Coincidências.

Fim-de-semana

 

O sol chegou e nós saímos à rua com ele. Fomos à Monstrinha com uns bilhetes ganhos nas Estrelas e Ouriços, ver um especial da Pantera cor-de-rosa ao S. Jorge. Lá em cima cheirava a pizza caseira e os chás frescos sorriam para nós. Fica a ideia para a próxima. Adoro a vista daquela varanda sobre a Avenida. Dali fomos para os anos da Mariana e no Domingo aos do Ico, um colega de turma do Afonso. Andámos de bicicleta, skate e de Taga de manhã. Almoçámos uns fantásticos hambúrgueres naquele sítio que adoramos. Depois da festa fomos correr para a areia ao pôr-do-sol. E se houve cinema com os mais pequenos também houve sessão de cinema com a mais crescida Sábado à Noite, Gravity, completamente impróprio para asmáticos.

 

Gosto disto, fins-de-semana cheios de sol, de andar lá fora a fazer exercício, mudar de ares. É que gastar energia dentro de 4 paredes é tão mais complicado, e cinzento.

Papel

Por hábito agora as lojas não fazem embrulho. Na loja da Disney compramos inclusivamente os sacos. É certo que há sempre o papel do Natal da Popota ou do Rik e Rok, mas tudo com sinos, estrelas e nada a ver com aniversários. O Afonso tinha duas festas de anos este fim-de-semana e eu Sexta lembrei-me desta ideia, enchi-me de coragem e toca a fazer papel de embrulho em casa, personalizado, com carimbos. Bata, tintas, mesa plastificada, pincéis e um final de noite em beleza com a casa em confusão, tintas, mãos sujas depois da banhoca, enfim, tudo o que se deseja para uma Sexta à noite tranquila e descansada heheh. A ideia é excelente, o efeito espectacular, as mães reparam logo, comentam e gostam, os miúdos adoram participar, mas este tipo de actividades, fica o conselho, é ideal para fazer com calma durante o dia J

 

A namorada

 

Afonso – Mamã tenho uma novidade.

Eu – Diz lá amor.

Afonso – Sabes que eu tenho uma namorada?

Eu – Uma namorada Afonso?

Afonso – Sim, lá na escola.

Eu – Como é que se chama?

Afonso – M.

Eu – Ahhh e ela sabe que é tua namorada?

Afonso – Não mãe. Não podes contar a ninguém.

E quando fala nela fica envergonhado e corado como um tomate, e eu com uma pontinha de ciúmes por já não ser a única princesa.

Afonso – Sabes ela roí as unhas.

Eu – Ai é?

Afonso – Sim. E no outro dia dormiu de collants mas cheirava mal dos pés.

Eu – Oh Afonso que tontice.

Afonso – A sério mãe.

Eu – E porque e que dizes que é tua namorada?

Afonso – Porque ela está sempre a dar-me beijinhos às escondidas.

Eu – Ohhhhhh

 

E foi assim que no fim-de-semana tive de contar a novidade «oficialmente» às meninas.

Estes dias

   

Quase parece Natal, não fosse o sol e os dias maiores. Na última semana temos recebido e trocado tantos presentes. No dia da mulher um baton do Boticário, umas Gerberas no Ikea, uma compota de ameixas Rainha Cláudia no Restaurante da Justa Nobre na Restaurant Week. Uma gola beje que a minha mãe me fez que eu adoro, com uma lã fofa e que parece cheirar a bolos.

O Afonso ganhou um balde gigante de Legos, anda louco com aquilo. A avó Suzette que fez 84 anos e que se rodeou de nós, de prendas e muito mimo para celebrar. E tão feliz estava, tão risonha e bem disposta. As mulheres da família receberam flores.

Pelo correio chegaram os livros da Presença do passatempo comemorativo. No mesmo dia em que terminei de ler A Lacuna um livro fabuloso, de Barbara Kingsolver, sobre um escritor, Insólito, que viveu e cozinhou para Frida Kahlo e Diego Rivera e dactilografou para Trotsky, dividiu a sua vida entre México e Estados Unidos no conturbado período do pós-guerra e Guerra Fria . Um romance histórico, tão, mas tão bem escrito.

Esta semana, há bilhetes ganhos para a Monstrinha, e duas festas de aniversário para o Afonso num fim-de-semana que se prevê agitado. Mais um passatempo com bilhete para o Evoa e um pack de cereais.

A vida corre tão depressa. Quando não corre voa. Gostava tanto que passassem mais devagar estes dias bons para os aproveitar ainda melhor. O Sol traz outra alegria. Faço mais exercício, aproveito o ar livre para jardinar, ler lá fora. Nos dias de sol não tenho tanto tempo para dormir porque os pássaros cantam logo de manhã ou o Afonso, que é um género de galo com despertar madrugador..

Everything Is Awesome

Estes dias têm sido diferentes. Não houve escola, só brincadeira. No fim-de-semana fomos ver o filme da Lego, e adorámos. Para ser mais em conta, comprámos um bilhete familiar e levámos os nossos óculos 3D de casa. O filme é giro, giro, e com imensos recados para os pais que se esqueceram de como é ser criança e usar a imaginação e que vivem numa repetição contínua de horas numa sucessão automática dos dias. A espontaneidade e a criatividade ficam irremediavelmente comprometidas quando teimamos em ser crescidos. Recordo-me muito disso quando tenho de arranjar vontade para brincar ao final de um dia cansativo, que a louça e a cozinha e as arrumações podem esperar, o Afonso é que não. Continua a crescer sempre e sempre rápido demais. Que o que fica daqui a uns anos, para ele e para mim, é a recordação destes momentos. Posso arrepender-me de muita coisa, mas nunca de me desdobrar para arranjar tempo (e às vezes vontade) para a brincadeira. Gosto de puxar pela imaginação dele, gosto das linguagens que inventa que não fazem sentido, dos cenários fantásticos, mesmo aqueles que eu não compreendo. Também ele delira com a minha imaginação, a que teimo em manter.
 

Na Segunda fomos almoçar com uns amigos, e que bom que foi. Diferente assim a uma Segunda. O Rafael de homem aranha com os seus grandes músculos estava todo contente com um Lego novo do filme. A Rita tinha acabado de visitar uma loja da Lego, aqui tão perto! Eu não fazia ideia. Parece que tem tudo, até peça isoladas. O Afonso lá convenceu a avó a ir lá com ele da parte da tarde e adoptou mais duas Tartarugas Ninja.

E esta música que não me sai da cabeça Everything Is Awesome.

Master Chef Mini

É mais difícil gastar a energia acumulada em dias de chuva fechados em casa. Não sou apologista de viverem centrados nos IPads e outras consolas, gosto que convivam entre eles e connosco, de estimular o diálogo, a conversa, a parte física, as mímicas, as cambalhotas e pinos da Marta com eles, os jogos de expressão. Adoro brincar com eles e quando não podemos ir andar de bicicleta, correr e pular porque chove, vamos ao cinema ou fazemos cinema em casa, vamos a museus, festas de anos, ou fazemos alguma actividade tipo colagens, pinturas, jogos de tabuleiro, escondidas ou bolos. Tudo serve desde que a maioria esteja de acordo. Temos conseguido manter este regime democrático sem grandes birras o que é excelente. E apesar de ter consciência de que a perfeição não existe, porque é cada vez mais difícil conciliar a vontade de 5, com idades diferentes que pedem estímulos diferentes (temos um de 4, uma de 7 e outra de 13). Tenho porém consciência que estamos muitas vezes em sintonia e isso é Top.

A cozinha é pequena mas cabemos lá todos. Adoro que eles metam as mãos na massa, se encham de farinha e açúcar e participem nas tarefas. Alguns têm avental, outros improvisamos. Bendita a hora em que as televisões passaram a disponibilizar os programas em gravação automática. Nunca mais nada foi como antes. Desde que o Factor X (que reunia consensos) acabou, tivemos de arranjar um programa favorito de substituição. O Master Chef dos pequeninos mantinha todos atentos, e claro, dava ideias excelentes para fazermos com eles. Este fim-de-semana experimentámos os hambúrgueres de salmão e peru, com as raspas de laranja, o abacaxi grelhado, o gengibre, a cebola roxa, acrescentámos por nossa iniciativa os cogumelos e as fatias de queijo, e substituímos o molho de iogurte por maionese e ketchup. Sabermos o que estamos a comer, utilizamos produtos frescos e cada um faz a seu gosto. Se a Mafalda e o Afonso dispensam a cebola, o Afonso dispensa o queijo de que a Marta não prescinde. Os miúdos ficam entretidos, há risota e cheirinho bom pela casa, há inspiração e felicidade concentrada a rodos no mesmo metro quadrado e o que fica não é tanto o almoço, que estava excelente, mas o que nos divertimos a prepará-lo.

 
 

Habemus Mascara

Foi todo um processo impróprio para cardíacos, mas a máscara chegou, no último minuto mas chegou. A minha primeira compra no Ebay acabou por correr bem, apesar de ter dado a volta pela Europa. O Afonso está em êxtase, mal dormiu com a excitação porque só queria brincar. Devia ter chegado o mais tardar na Terça, e chegou ontem ao final da tarde, a encomenda mais esperada pela mão de um Sr. Manuel sorridente.

Na Quarta explicava ao Afonso em que consiste um plano B, é tipo orçamento rectificativo amor. O quê mamã? Quando falha o plano A, temos de fazer um plano B. A máscara ainda não chegou, a mamã encomendou de Inglaterra mas ela passou pela Alemanha. Não consigo perceber bem esta volta e por isso não te sei explicar. Mas, é difícil que da Alemanha chegue alguma coisa a tempo. Entendes Afonso? Sim mamã, vamos fazer um plano C.

E tínhamos já um plano B e um C. Não iria sem máscara mas não seria certamente a mesma coisa.

No processo o Afonso aprendeu a importância de saber esperar, e como também é giro viver esta espera das coisas que queremos muito. Um pouco como a raposa dizia ao príncipe «Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.».

E lá foi para escola hoje feliz, tão feliz, porque hoje ele é um super herói.

A loja que vende também no Ebay é esta.

Carnaval na Kidzania

 

Mais informações aqui.

O melhor de um dia menos bom

Nestes dias em que os vírus e as bactérias e os bicharocos mais chatos teimam em ficar, encho-te de mimos. Aproveito o melhor destes dias e troco com um sorriso o conforto das pantufas e da manta no sofá pelo frio que lá fora se faz sentir. E vemos os Clássicos da Disney ou os episódios gravados do Garfield abraçadinhos do sofá e eu dou valor, tanto valor a isto. Aproveito para te encher de mimos e brincar ainda mais contigo. E como eu gosto e brincar contigo. Aproveito para cozinhar coisas mais elaboradas do que quando tenho menos tempo, enquanto tu me entregas mercearias da tua loja a fingir e misturas ingredientes de plástico numa panela verdadeira. Ainda ontem me dizias que preferias uma cozinha a brincar a uma mesa de ferramentas. Faço chás cheios de coisas boas, lúcia-lima, mel, limão e canela. Muita vitamina C, sopas ricas em legumes e muita, muita fruta. Leio-te histórias, e encho-me de ti e dos teus beijos e abraços. Sorte a minha ter um filho que os adora. E sei que o que fica destes dias não é como a garganta te dói mas como a mãe se ri contigo. Sei que amanhã já não te vais lembrar da febre mas sim como dançámos os dois na sala quando ela baixou.

 

Vou caçar mais um milhão de Vagalumes por ai, pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor.

Pollo - Vagalumes

 

Beleza

 Fim-de-semana mega calórico, de sol, de coisas boas que se querem repetir sempre que pudermos. Adorei o Sushi do Ritz Four Seasons, e a atenção com que nos receberam, e o carinho do nosso sushiman Antonio Muniz, e os Almadas expostos, a música e a vista. No Sábado o mercado do chocolate em Cascais, os bombons fantásticos com os sabores menos esperados e uma noite em que tentámos arranjar mesa em tantos sítios sem conseguir. E no Domingo Coolares Market, uma fogueira a cheirar a natureza e a simpatia contagiante de Sal de Pipa, coisas tão lindas e um sitio diferente que merece uma visita. Tulipas que trouxemos da beira da estrada e um sol que iluminou um fim-de-semana de passeio mas já se pôs. Que bom seria se a perfeição se eternizasse.

Alice - Quanto tempo dura o eterno?
Coelho - Às vezes apenas um segundo.

Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll

Monstra

Imagem facebook Monstra

 

Inscrições aqui.

O lado bom da força

Postal de S. Valentim do Afonso para a Mafaldita, imagem daqui

 

O meu filho é o maior fã da idade dele de Star Wars. Só pode, porque apesar de nunca ter visto o filme, conhece todos os episódios e nomes de personagens de cor. Mais ainda que o fã mais crescido lá de casa. Eu não gosto de lutas, é sabido, mas lá vou fechando os olhos à versão Lego, «jogo de computador» porque também é certo que o fruto proibido é sempre o mais apetecido. Mas o Afonso adora, e ele e o Manuel (o mano) e a Mafaldinha (a mana) têm um fascínio e brincam sempre que estão juntos. Do Peru trouxemos T-shirts para os três com personagens do Star Wars. E se não tenho nem pistolas nem espadas de brincar em casa, o certo é que até dos espanadores do pó o Afonso já fez  sabres de luz.

O ano passado no aniversário, o Afonso queria uma festa com este tema, e eu ainda considerei até à altura em que escolheu um bolo com cara de Darth Maul, e ai desentendemos-nos e só voltámos a achar consenso nas Tartarugas Ninja. Disse-lhe que a avó teria medo e não era seria capaz de comer um bolo com uma cara tão feia e ele acabou por perceber. A senhora, que faz a animação desde a primeira festa do Afonso achou imensa graça mas eu continuo a achar que Star Wars com 3/4 anos teria sido demais.

Pois que chegou (ou está quase a chegar) o Carnaval. E se o ano passado a criança se contentou com o homem e aranha (que negociei por não ter arma) este ano voltou à carga com o Star Wars e não há quem o demova. Em Portugal não encontro máscaras a não ser do Darth Vader, e que Deus me livre mascarar um miúdo de 4 anos do lado negro da força. Não. Ando a educá-lo para o lado bom, o lado meigo, fofo e lindo da vida. Andei à procura no Ebay, logo eu que nunca comprei nada nestes leilões estrangeiros - amor de mãe a quanto me obrigas. Na América encontro muita variedade e também a certeza que devia ter pensado nisto antes porque ainda demora a chegar. A minha ideia era optar por um C-3P0 que sempre é mais fofinho, arranjar a mascarilha e uma roupa toda dourada, não ficava giro? Ele já sabe fazer aquele gesto de robot que às vezes brincamos aos robots. Mas eu sei que o Afonso prefere o Luke Skywalker ou o Anakin. Vai ficar doido se eu conseguir concluir esta compra. Vi no Ebay à venda em Inglaterra, já fiz o meu perfil e agora, bem agora é concluir a encomenda com ou sem sabre de luz. Tenho a certeza que o Afonso vai amar e dar uso a esta máscara em casa mesmo sem ser no Carnaval. A Mafaldinha também gostava de se mascarar de Leia. E apesar de ser loura penso que acaba por ser mais fácil com uma peruca e alguma imaginação.

Certo é que não haverão mais máscaras iguais na escola, só zorros, homens aranhas, turtles e afins.

Fica a ideia - vender e comprar máscaras em leilões na Internet. Estou a pensar em colocar as antigas do Afonso à venda. A nova (ainda na caixa) diz que vem a caminho... ai, ai.

Outros Carnavais aqui e aqui.