3.3.14

Master Chef Mini


É mais difícil gastar a energia acumulada em dias de chuva fechados em casa. Não sou apologista de viverem centrados nos IPads e outras consolas, gosto que convivam entre eles e connosco, de estimular o diálogo, a conversa, a parte física, as mímicas, as cambalhotas e pinos da Marta com eles, os jogos de expressão. Adoro brincar com eles e quando não podemos ir andar de bicicleta, correr e pular porque chove, vamos ao cinema ou fazemos cinema em casa, vamos a museus, festas de anos, ou fazemos alguma actividade tipo colagens, pinturas, jogos de tabuleiro, escondidas ou bolos. Tudo serve desde que a maioria esteja de acordo. Temos conseguido manter este regime democrático sem grandes birras o que é excelente. E apesar de ter consciência de que a perfeição não existe, porque é cada vez mais difícil conciliar a vontade de 5, com idades diferentes que pedem estímulos diferentes (temos um de 4, uma de 7 e outra de 13). Tenho porém consciência que estamos muitas vezes em sintonia e isso é Top.

A cozinha é pequena mas cabemos lá todos. Adoro que eles metam as mãos na massa, se encham de farinha e açúcar e participem nas tarefas. Alguns têm avental, outros improvisamos. Bendita a hora em que as televisões passaram a disponibilizar os programas em gravação automática. Nunca mais nada foi como antes. Desde que o Factor X (que reunia consensos) acabou, tivemos de arranjar um programa favorito de substituição. O Master Chef dos pequeninos mantinha todos atentos, e claro, dava ideias excelentes para fazermos com eles. Este fim-de-semana experimentámos os hambúrgueres de salmão e peru, com as raspas de laranja, o abacaxi grelhado, o gengibre, a cebola roxa, acrescentámos por nossa iniciativa os cogumelos e as fatias de queijo, e substituímos o molho de iogurte por maionese e ketchup. Sabermos o que estamos a comer, utilizamos produtos frescos e cada um faz a seu gosto. Se a Mafalda e o Afonso dispensam a cebola, o Afonso dispensa o queijo de que a Marta não prescinde. Os miúdos ficam entretidos, há risota e cheirinho bom pela casa, há inspiração e felicidade concentrada a rodos no mesmo metro quadrado e o que fica não é tanto o almoço, que estava excelente, mas o que nos divertimos a prepará-lo.
 

 

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