5.3.14

Everything Is Awesome



Estes dias têm sido diferentes. Não houve escola, só brincadeira. No fim-de-semana fomos ver o filme da Lego, e adorámos. Para ser mais em conta, comprámos um bilhete familiar e levámos os nossos óculos 3D de casa. O filme é giro, giro, e com imensos recados para os pais que se esqueceram de como é ser criança e usar a imaginação e que vivem numa repetição contínua de horas numa sucessão automática dos dias. A espontaneidade e a criatividade ficam irremediavelmente comprometidas quando teimamos em ser crescidos. Recordo-me muito disso quando tenho de arranjar vontade para brincar ao final de um dia cansativo, que a louça e a cozinha e as arrumações podem esperar, o Afonso é que não. Continua a crescer sempre e sempre rápido demais. Que o que fica daqui a uns anos, para ele e para mim, é a recordação destes momentos. Posso arrepender-me de muita coisa, mas nunca de me desdobrar para arranjar tempo (e às vezes vontade) para a brincadeira. Gosto de puxar pela imaginação dele, gosto das linguagens que inventa que não fazem sentido, dos cenários fantásticos, mesmo aqueles que eu não compreendo. Também ele delira com a minha imaginação, a que teimo em manter.
 
Na Segunda fomos almoçar com uns amigos, e que bom que foi. Diferente assim a uma Segunda. O Rafael de homem aranha com os seus grandes músculos estava todo contente com um Lego novo do filme. A Rita tinha acabado de visitar uma loja da Lego, aqui tão perto! Eu não fazia ideia. Parece que tem tudo, até peça isoladas. O Afonso lá convenceu a avó a ir lá com ele da parte da tarde e adoptou mais duas Tartarugas Ninja.

E esta música que não me sai da cabeça Everything Is Awesome.

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