Estes dias
têm sido diferentes. Não houve escola, só brincadeira. No fim-de-semana fomos
ver o filme da Lego, e adorámos. Para ser mais em conta, comprámos um bilhete
familiar e levámos os nossos óculos 3D de casa. O filme é giro, giro, e com
imensos recados para os pais que se esqueceram de como é ser criança e usar a
imaginação e que vivem numa repetição contínua de horas numa sucessão automática
dos dias. A espontaneidade e a criatividade ficam irremediavelmente comprometidas
quando teimamos em ser crescidos. Recordo-me muito disso quando tenho de
arranjar vontade para brincar ao final de um dia cansativo, que a louça e a
cozinha e as arrumações podem esperar, o Afonso é que não. Continua a crescer
sempre e sempre rápido demais. Que o que fica daqui a uns anos, para ele e para
mim, é a recordação destes momentos. Posso arrepender-me de muita coisa, mas
nunca de me desdobrar para arranjar tempo (e às vezes vontade) para a
brincadeira. Gosto de puxar pela imaginação dele, gosto das linguagens que
inventa que não fazem sentido, dos cenários fantásticos, mesmo aqueles que eu não
compreendo. Também ele delira com a minha imaginação, a que teimo em manter.
Na Segunda fomos
almoçar com uns amigos, e que bom que foi. Diferente assim a uma Segunda. O
Rafael de homem aranha com os seus grandes músculos estava todo contente com um Lego
novo do filme. A Rita tinha acabado de visitar uma loja da Lego, aqui tão perto! Eu
não fazia ideia. Parece que tem tudo, até peça isoladas. O Afonso lá convenceu
a avó a ir lá com ele da parte da tarde e adoptou mais duas Tartarugas Ninja.
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