Apesar dos
acontecimentos que não podemos evitar, dar aquele abraço aos amigos que
queremos como família. Dar graças à vida, ao que se tem e que é tanto. O amor,
o trabalho, trabalhar tão perto de casa. Ter a praia e o mar a poucos minutos
de distância. Este sol que chegou para ficar, o jardim, poder almoçar lá fora
em plena semana. Plantar flores, regar a horta, grelhar um peixe na brasa,
fazer uma salada. Chá gelado ou só gelado. Música boa, o resto de uma «prenda»
que ainda tenho para sonhar, ColdPlay, Magic. Cinema bom, em casa. Uma pulseira feita
e oferecida pela miúda pequena mais gira. O primeiro feito por ela, e o valor
que dou às pequenas coisas. Planos para as nossas actividades a dois e a cinco.
Os primeiros caracóis do ano (os primeiros que valem). Um dia da mãe festejado
ao longo de vários dias por não saber se estarias comigo. Presentes escolhidos por
ti e a dois para a mãe. Uma capa para o Iphone, um verniz da cor que a mãe
prefere, um rímel que me faz os olhos maiores, uns chinelos de Verão, umas
calças giras. Uma placa para o teu quarto com tudo o que desejo para ti. Acordar
com os pássaros a cantar. E no fim de um dia bom demais, depois de te deitar, aninhar-me
e adormecer no sofá, a ver o Shark Tank ou um daqueles programas de restauro e
compra de antiguidades, com o meu outro grande amor.
O meu primeiro limão é com orgulho o meu primeiro blogue, é um diário aberto sobre a minha experiência com a maternidade, entre outras paixões.
6.5.14
Dia da mãe
Dia da mãe são todos os dias, todos os dias em que te embalo no
colo, te encho de beijos, te amo desmesuradamente. São todos os dias em que
luto mais um bocadinho pelo nosso bem-estar, pela tua educação, para que
cresças feliz. Cada história que te leio à noite deitadinhos sobre as
almofadas, cada banho de espuma e com uma luva-pato que fala, canta e faz
palhaçadas, cada massagem que faço com creme depois. É o aerossol, as
consultas, as noites mal dormidas contigo ao colo até amanhecer. É arranjar
tempo todos os dias para brincar contigo, mesmo quando o cansaço já tomou conta
de mim. São as noites em que faço a tua sopa e preparo as tuas refeições deste
dia e do dia seguinte, com toda a dedicação e carinho. Quando desenho caras e
animais com os vegetais no prato para que os comas melhor. É pintar e fazer
plasticinas contigo, desarrumar tudo e voltar a arrumar. É deixar que me dês a
volta tantas vezes, e mimar-te muito, porque mimar é bom demais. É empurrar a
bicicleta, jogar (mal que se farta) à bola, ao balão. É ir ao parque e brincar
também. É dizer «bom dia alegria» todas as manhãs, e despedir-me com um «eu
amo-te daqui até à lua e da lua até aqui» e acreditar nisso de alma e coração.
É viver em sobressalto quando não estás comigo, e não estás algumas vezes,
porque infelizmente as coisas não correm ainda como eu desejaria. É querer que
sejas feliz acima de tudo e colocar-te sempre no topo das minhas prioridades.
Dia da mãe é um dia em que recordo toda a coragem que foi necessária para
seguir frente e ser feliz por nós, porque eu não posso querer muito que sejas
feliz sem te dar o exemplo. Dia da mãe é qualquer dia, em que me sinto feliz só
por te ter, é sentir-me abençoada por tudo isto e grata por fazeres parte da
minha vida. Acompanhar o teu crescimento é um privilégio meu amor.
Sem falsos
moralismos, que nunca tive, eu sou hoje a mãe que sempre sonhei ser. O divórcio,
assim como a idade trazem-nos uma sabedoria diferente em relação à
maternidade. Eu não sou somente uma mãe trabalhadora a 100%, sou a mãe do Afonso,
a «amiga crescida» das miúdas lá de casa, e se dependesse de mim a mãe
de mais uma ou duas crianças, um cão e cinco peixes. Eu consigo arranjar todo o
santo dia tempo para brincar, e mesmo afónica, voz para ler a história. O meu
colo é reparador, os meus beijos sei que são também. A minha prioridade é
ditada pela coração, pelo que mais importa, tudo o resto é segundo plano do
filme principal. E quando as dúvidas das prioridades se me colocam (que também
se colocam) ele já me diz, como ontem: Mãe o mais importante é o amor.
Que orgulho
enorme, ser mãe de um menino que já sabe tanto.30.4.14
Oeiras Parque
Imagens Oeiras Parque
No Oeiras Parque nos dias 1, 3 e 4
de Maio, as crianças poderão aprender com a ajuda de profissionais a fazer colares e pulseiras em trapilho,
cartões perfumados, almofadinhas para brincos, guarda-recados, porta-pulseiras,
ramos de flores em papel, vasos encantados, aventais digitais, molduras e
cenários em eva.
No mesmo período decorre uma Feira solidária promovida juntamente com a Liga
dos Amigos do Hospital de São Francisco Xavier, serão recolhidos bens, angariados
sócios e serão vendidos crachás.
Poderá doar:
livros; roupa; brinquedos; bens alimentares; bens diversos e dinheiro.
Existe ainda a necessidade específica de um ovo de transporte de bebé, um carro/cadeira/bengala e um
PC para os serviços administrativos da liga.
Os donativos serão convertidos em: Corpo clínico – ligação de pedidos de
apoio às Câmaras e Juntas de Freguesia; transportes – bilhetes e fotos dos
justificativos; cabazes alimentares; apoio domiciliários; kit de emergência e kit
de lanches.
29.4.14
25 de Abril de 2014
O
fim-de-semana não foi como esperei, foi muito melhor. Não fizemos nem metade do
que planejámos, mas essa é a parte boa da liberdade, poder ajustar ao que nos
convém. O plano de ir a Lisboa ver o filme e o fogo de artifício foi logo posto
de lado depois de jantar pelas crianças, queriam era descontrair de pijaminha de
um dia de escola. Vimos um filme com pipocas no sofá e soube tão bem.
Na Sexta
esperámos por uma senhora que vinha comprar um leão da fisher-price, via OLX,
mas que acabou por só aparecer da parte da tarde. No final da manhã ainda fomos
comprar cravos e vegetais à praça da Parede, vimos a bandeira hasteada e
ouvimos músicas de Abril. Apanhámos flores, laranjas, e caracóis. Almoçámos
churrasco no jardim, e na horta plantámos alfaces e tomates olho-de-boi
comprados no mercado. No jardim plantámos cravos, chagas, e outras flores. Podámos
e cavámos como se não existisse amanhã. Os miúdos fizeram caça aos ovos,
brincaram ao balão, jogaram à bola, e andaram de bicicleta lá fora. Os dias de
sol são tão mais divertidos. No final do dia ainda ouvimos uns discos vinil com
músicas da Revolução.
No Sábado fomos
todos à festa surpresa dos 50 anos da prima Lu, e no Domingo fizemos mais um
churrasco com os avós e que correu tão bem. A tarde de Domingo foi para fazer
penteados malucos, e despedirmo-nos de um fim-de-semana grande a 5 e com sabor
a férias. Se se pudesse eternizar estes momentos felizes. Gosto tanto, mas
tanto de nós todos juntos.
24.4.14
25 de Abril
No fim-de-semana
lembrei-me de um trabalho que fiz para a escola sobre o 25 de Abril, e
mostrei-o aos amigos que estavam lá em casa. Guardo-os
todos com carinho. Lembro-me perfeitamente de um
livro que li na altura sobre os prisioneiros do Tarrafal, deixou-me emocionada e isso ficou reflectido no trabalho. Acho graça quando se fala da revolução dos
cravos esquecendo todas as batalhas que a antecederam e precederam, e todos
aqueles que em nome da Liberdade perderam a vida, muitos no anonimato da prisão
politica. Eu não era nascida, não vivi esta realidade, mas 40 não são uma vida,
são pouquíssimos anos para um país.
Fala-se muito na Liberdade mas eu acredito que a maioria das pessoas não sabe o
que é. Não porque a tenham, simplesmente porque nunca foram privados
dela. Ela não só termina onde começa a dos outros, como envolve deveres. O
direito ao voto por exemplo é não só um direito como um dever cívico. Não
podemos esperar representatividade política quando não cumprimos a nossa parte,
o nosso dever cívico de votar. É por isso que não compreendo as pessoas que
criticam a politica do governo mas não exercem o seu direito ao voto para mudar
as coisas. Não se identificam com nenhum partido podem sempre votar em branco, este vote tem
valor ao contrário do «não voto» ou do «voto nulo». Gostava muito de transmitir este dever ao Afonso. Eu fico
orgulhosa e feliz quando coloco o meu voto na urna, faça chuva ou sol de praia.
E nas Europeias não só espero votar em consciência como trabalhar todo o dia do
lado de lá da mesa, a distribuir um sorriso simpático com quem por ali passar. Sei que o Afonso fica orgulhoso de ver a mãe no panfleto do partido na
porta do frigorifico mas também ficará de a ver nas mesas. Espero que um dia,
cumpra o seu dever com a mesma alegria que eu, pela Liberdade de poder
expressar a sua opinião de todas as formas.
Entretanto o fim-de-semana prolongado com miúdos pede programas originais. Gostava muito de ir com os mais novos ver hastear a bandeira na Parede e comprar uns cravos à praça. Por volta das 15h há um concerto com músicas emblemáticas de Abril na recém inaugurada SMUP, a entrada é livre. À noite era giro ir até ao Terreiro do Paço.
Hoje à noite na SMUP há filme com jantar incluído. O documentário «Portugal pelos caminhos da Incerteza» acompanhado por uma feijoada vegetariana a um preço muito apelativo, é um programa alternativo para graúdos.
Hoje à noite na SMUP há filme com jantar incluído. O documentário «Portugal pelos caminhos da Incerteza» acompanhado por uma feijoada vegetariana a um preço muito apelativo, é um programa alternativo para graúdos.
No Terreiro do Paço há festejos também, gratuitos e para toda a família, a partir das 22h e até às 2h da manhã. Música, vídeo mapping e uma criação pirotécnica prometem animar os visitantes. Saiba mais aqui.
No dia 25
o Jardim Botânico da Ajuda promove um dia de «Cultura em Liberdade»
onde terão lugar inúmeras actividades e workshops. A entrada é gratuita até
aos 10 anos, os restantes visitantes pagam 1€. Recorde-se que no fim-de-semana o Jardim
promove mais uma festa da Primavera com inúmeros workshops e exposições.
E acabei de me lembrar com carinho deste Abril, em que o Afonso ainda pequenino fez companhia à mãe.
E acabei de me lembrar com carinho deste Abril, em que o Afonso ainda pequenino fez companhia à mãe.
Carcavelos
Nos dias sem
crianças o tempo é nosso. Trabalhar e morar perto da praia tem estas vantagens,
mesmo saindo às 7h da tarde, podemos ir até à praia correr até o sol se pôr. Eu
adoro a praia da Parede para banhos e o paredão de Estoril a Cascais para
caminhar, mas Carcavelos é a praia dele pelo surf.
Às vezes
tenho medo de celebrar como se fosse perigoso ser feliz, mas hoje as noticias são
tão boas que só posso festejar, afinal a saúde é o pilar da nossa felicidade. Resolver
situações muito melindrosas com um tratamento absolutamente inovador, e verificar oito meses depois que tudo está a correr
maravilhosamente.
22.4.14
Páscoa
A Páscoa foi recheada de bons momentos. Três dias
de jardinagem intensa, algumas dores nas costas e em músculos que eu não
pensava existirem, mas também, momentos de descontracção muito bons, entre
amigos queridos. Descobrimos uma nova pastelaria nas Palmeiras com as bolachas
mais giras. Fomos à festa de encerramento do cinema Italiano, tirámos
fotografias com bigodes ao pé de monumentos e comemos pizza no S. Jorge. Sessão
dupla a terminar com o filme vencedor. O festival agora continua pelo resto do
país (segue para Coimbra, Porto, Funchal e Loulé) e vale a pena assistir.
Os bilhetes custam 4€, mas podem sempre concorrer aos passatempos no facebook
(nós ganhámos 4 bilhetes). Os pecados da gula foram contrabalançados com peixe
grelhado e saladas 100% biológicas e cheias de capuchinhas.
Arranjámos troncos novos para o churrasco e enchi as jarras de Lírios e Jarros
do jardim. Corremos na passadeira e lemos num fim-de-semana com um gostinho a
férias.
21.4.14
Antes da Páscoa
Na Páscoa houve
recobro. Ranhocas teimosas e tosse. Fomos buscar água ao mar que sempre
funciona melhor (é o efeito psicológico). Respirámos aerossol e ar puro do
parque onde a mãe também brincava quando era pequenina. Gosto disto, destes sítios
comuns que revisitamos, que vejo de novo através dos olhos dele. É o que há de
melhor em pertencer a um lugar, este conforto, esta empatia, a História. Esta semana também viajaram da minha infância para a tua uma colecção de
discos que a avó Cila trouxe - o Mischa, a Joana como a Papa os Passarinhos a
bailar. Só é um pouco chato ter de virar o disco a cada canção. A mamã também
fez exercícios como os dos cadernos e eu já consigo ligar as iniciais aos nomes
das coisas – E de elefante, O de óculos. Brincámos muito, vimos muitos episódios
de «O Meu Cão Tem um Blog» e da «Violetta» (medo!), e o filme dos Cinco. Os
ovos de chocolate adiantaram-se à Páscoa e depois de terminadas as dores de
barriga, isso e os batidos de fruta. E nestes dias, que antecederam o
fim-de-semana, houve mimo, muito mimo.
15.4.14
Cinema
Adoro
cinema. Adoro cinema antigo e cinema europeu, aquele mais fora do circuito
comercial, mais alternativo, mais tradicional mas também mais inovador. Adoro
festivais e os que vão passando por cá nestas alturas. Cada vez temos mais: A
festa do cinema Italiano, a Monstra, o Indie, a festa do Cinema Francês, o Estoril e Lisbon Film
Festival e para os mais pequenos o Play, o Indie Júnior e a Monstrinha. Gosto
da variedade, da aposta na diferença, da originalidade dos argumentos, da
oportunidade de conhecer jovens realizadores. E claro adoro o preço dos
bilhetes, o ambiente, as conversas, e toda a envolvente. Conhecer realizadores é
sempre a cereja no topo do bolo.
Nós fomos à
pré-abertura da 7ª edição do cinema italiano a bordo do MSC Orchestra onde
assistimos à exibição do episódio Adelina, do filme Ieri, Oggi e Domani,
realizado por Vittorio de Sica e protagonizado pela Sophia Loren e por Marcello
Mastroianni. Adorável. Na próxima Sexta os planos passam pela despedida no
cinema de S. Jorge, entre amigos, pizza, e uma noite que se deseja de calor
para podermos esplanar sobre a
Avenida.
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