No fim-de-semana
lembrei-me de um trabalho que fiz para a escola sobre o 25 de Abril, e
mostrei-o aos amigos que estavam lá em casa. Guardo-os
todos com carinho. Lembro-me perfeitamente de um
livro que li na altura sobre os prisioneiros do Tarrafal, deixou-me emocionada e isso ficou reflectido no trabalho. Acho graça quando se fala da revolução dos
cravos esquecendo todas as batalhas que a antecederam e precederam, e todos
aqueles que em nome da Liberdade perderam a vida, muitos no anonimato da prisão
politica. Eu não era nascida, não vivi esta realidade, mas 40 não são uma vida,
são pouquíssimos anos para um país.
Fala-se muito na Liberdade mas eu acredito que a maioria das pessoas não sabe o
que é. Não porque a tenham, simplesmente porque nunca foram privados
dela. Ela não só termina onde começa a dos outros, como envolve deveres. O
direito ao voto por exemplo é não só um direito como um dever cívico. Não
podemos esperar representatividade política quando não cumprimos a nossa parte,
o nosso dever cívico de votar. É por isso que não compreendo as pessoas que
criticam a politica do governo mas não exercem o seu direito ao voto para mudar
as coisas. Não se identificam com nenhum partido podem sempre votar em branco, este vote tem
valor ao contrário do «não voto» ou do «voto nulo». Gostava muito de transmitir este dever ao Afonso. Eu fico
orgulhosa e feliz quando coloco o meu voto na urna, faça chuva ou sol de praia.
E nas Europeias não só espero votar em consciência como trabalhar todo o dia do
lado de lá da mesa, a distribuir um sorriso simpático com quem por ali passar. Sei que o Afonso fica orgulhoso de ver a mãe no panfleto do partido na
porta do frigorifico mas também ficará de a ver nas mesas. Espero que um dia,
cumpra o seu dever com a mesma alegria que eu, pela Liberdade de poder
expressar a sua opinião de todas as formas.
Entretanto o fim-de-semana prolongado com miúdos pede programas originais. Gostava muito de ir com os mais novos ver hastear a bandeira na Parede e comprar uns cravos à praça. Por volta das 15h há um concerto com músicas emblemáticas de Abril na recém inaugurada SMUP, a entrada é livre. À noite era giro ir até ao Terreiro do Paço.
Hoje à noite na SMUP há filme com jantar incluído. O documentário «Portugal pelos caminhos da Incerteza» acompanhado por uma feijoada vegetariana a um preço muito apelativo, é um programa alternativo para graúdos.
Hoje à noite na SMUP há filme com jantar incluído. O documentário «Portugal pelos caminhos da Incerteza» acompanhado por uma feijoada vegetariana a um preço muito apelativo, é um programa alternativo para graúdos.
No Terreiro do Paço há festejos também, gratuitos e para toda a família, a partir das 22h e até às 2h da manhã. Música, vídeo mapping e uma criação pirotécnica prometem animar os visitantes. Saiba mais aqui.
No dia 25
o Jardim Botânico da Ajuda promove um dia de «Cultura em Liberdade»
onde terão lugar inúmeras actividades e workshops. A entrada é gratuita até
aos 10 anos, os restantes visitantes pagam 1€. Recorde-se que no fim-de-semana o Jardim
promove mais uma festa da Primavera com inúmeros workshops e exposições.
E acabei de me lembrar com carinho deste Abril, em que o Afonso ainda pequenino fez companhia à mãe.
E acabei de me lembrar com carinho deste Abril, em que o Afonso ainda pequenino fez companhia à mãe.
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