Aqui fica
uma sugestão saudável para o próximo fim-de-semana para fazer com os miúdos. Esta
sugestão é excelente em todas as perspectivas. Não há como entusiasmar mais um
filho para uma causa do que dar-lhe as ferramentas certas para decidir. E se em
vez de lutarmos para que comam bem, mais hortaliças e menos doces, os nossos
filhos fossem chefs especializados em alimentação saudável? E se fossem eles a
reeducar-nos a nós?
Ainda ontem
convencíamos a mais pequena a reduzir o sal. Há muito que optámos por um sal
com menos sódio lá em casa e ela ressente-se. É a única. Já todos estamos habituados
a comer a comida quase sem sal e sem gordura. É uma das vantagens de ter esta mãe
como cozinheira. Há sempre sopa, salada e fruta com fartura, batata frita é
raro, gordura e sal ainda menos. Não somos vegetarianos mas procuro cada vez
mais apostar numa alimentação mais variada e saudável. Tenho introduzindo
algumas mudanças com êxito, mas os pais com vários filhos em idades diferentes
compreenderão que é um esforço inglório e difícil de colocar em prática. Há sempre
alguém que numa semana não gosta de um alimento que gostava até há uma semana
atrás. Introduzi com êxito a sopa de abóbora, a de legumes (em aquisição pelas
meninas); as lentilhas (em aquisição o puré); a granôla que a mais velha e nós
adoramos; o Philadelphia para nós em vez da manteiga nas torradas e o pão
integral. O peixe faz tanto parte da nossa dieta como a carne, e é sempre bom
ir variando tudo.
O Afonso
adora sopa, adora fruta, adora chá. Estranha a comida com gordura à excepção do
azeite. A introdução da salada tem sido mais complicada, mas como come tudo na
sopa relevo um bocadinho. De qualquer forma adora: couves de Bruxelas; tomates
cherry; cenoura; brócolos (mas só uma «árvore mamã» não se pode exagerar); feijão
preto; ervilhas. Alface come uma folha para não dizer que não comeu, mas
pequenina. O espinafre; a acelga; o chuchu; o alho francês; a abóbora; a couve
(de vários tipos); o aipo, e a courgette entre outros come na sopa diária.
Somos o que
comemos, e eu gostava honestamente que ainda comêssemos mais verduras, mais
leguminosas, menos hidratos, mais fibra e fruta lá em casa. É toda uma
diferença na nossa resistência e forma viver com energia o dia-a-dia. Sei que
muitas vezes é uma questão de hábito, para nós e para eles e é uma questão de
ir insistindo.
Cada vez
aposto mais na secção de legumes e sementes do super mercado, mas valorizo
sobretudo a compra de vegetais no mercado. A semana passada fui fazer uma
formação profissional Sintra e descobri no mercado um tomate cherry ainda mais
pequenino, do tamanho de um rebuçado e muitoooo doce. Os miúdos adoraram e nós
também. Desapareceram dois saquinhos em menos de um dia. No balcão de sementes
do Continente costumo comprar muitas sementes avulso para a grânola, não a
chia, nem a papoila, nem a amêndoa, que compro em pacote porque uso mais, mas
as que vou variando como a quinoa vermelha e normal, as sementes de sésamo, de
linhaça castanha e dourada, de girassol, de alfafa (ai a alfafa a melhor
descoberta dos últimos meses!).
Sugestões de
almoço saudável nas fotos da minha responsabilidade: Hambúrguer caseiro de frango em pão integral barrado com Dijon,
com alho francês e courgette grelhados, sob folha de acelga & empadão de
frango e puré de lentilha laranja sem casca e bata doce acompanhado com salada.