27.12.18

Das tradições


Eu adoro tradições. Temos várias que iniciámos quando ficámos juntos e que, por nos fazerem felizes, fazem todo o sentido perpetuar. 

Gosto de fazer árvore ao som do vinil que comprámos juntos numa feira de velharias no nosso primeiro Natal juntos. O primeiro e mais perfeito, porque mesmo estando tudo do avesso nas nossas vidas eu estava pela primeira vez com o coração no lugar certo

Fazer o peru recheado para a ceia e a missa do galo, eram dois desejos antigos meus, que nunca tinha concretizado. Quando ficámos juntos tu disseste-me para fazermos o Natal como sempre sonhámos, e nele incluíste os meus desejos. Tínhamos pouco dinheiro nesse Natal mas recebemos, por responder a uns questionários, uns vales de um hipermercado e fizemos uma ceia de Natal digna de filme. Deixámos o peru a banhos com laranja de véspera, recheámos-lo a preceito e eu fiz uns papelotes para as pernas. 

Quanto à missa do galo, nunca conseguimos ficar até ao fim, os miúdos ficam com sono e pedem para voltar. No entanto vamos, a três, a quatro ou a seis, vamos sempre agradecer pelo ano, pela saúde e pela família linda que construímos. Gosto quando ocupamos todos uma fila e de ver como a comunidade se reúne e deixa o conforto das suas casas para se encontrar nesta outra. É um momento muito importante para mim. 

Quanto ao presépio, que só cresce, começou com a manjedoura do menino Jesus feita pelo meu bisavô e pelo menino Jesus que a minha mãe me ofereceu quando comprei a minha primeira casa, foi-se compondo com as inúmeras peças que encontrei no anexo devoluto desta casa e que limpei muito bem e coloquei a uso, e tem crescido com as peças que vamos comprando juntos, nas viagens que fazemos. 

A fotografia ao pé da árvore que começou com eles pequeninos, sorridentes e de pijama, tornou-se com os anos uma coisa muito mais arrojada. Os miúdos não têm tanta paciência, ficam impertinentes e mal a máquina dispara correm para o tripé destruindo logo o enquadramento que demorou meia hora a arranjar. Depois é o Afonso que quer o lugar da Marta, o Carlos que não sorri e está sempre com ar sério, a Constança que faz uma birra, e é logo um cinema para tirar uma simples foto. No entanto é daquelas coisas que adoro fazer porque consigo ver o quanto cresceram e o quanto crescemos enquanto família e esse passar dos anos só vem cimentar o que temos. 

O que mudou este ano? Pouca coisa. Este ano tivemos uma árvore nova que fizemos ao som do itunes, mas tirámos a tradicional foto em família, fizemos na mesma o presépio que só cresce e juntámos desenhos aos bombons das professoras. Não tivemos as meninas na véspera por isso fizemos apenas meio peru e não fomos à missa porque a Constança estava doente.

No dia 25 fomos comer o tradicional cozido a casa dos meus pais (embora eu não aprecie muito) e à noite abrimos de novo as prendas com elas.

E por aí seguem a preceito as tradições?

Outros Natais: 2017; 2016; 2015; 2014; 2013; 2012

Um comentário:

  1. É bonito seguir as tradições com a família que amamos e realizar sonhos!

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