Todos os anos tiramos uma fotografia ao pé da árvore, assim como tiramos sempre uma em grupo nas férias. Esta é uma das tradições recentes que mais felicidade me dá de manter, isso, o perú e a ida (ainda que breve) à missa do galo. É muito difícil de explicar em palavras o que sinto no Natal desde que começou esta minha nova vida. Há um misto de emoções, sobretudo por ter de dividir o Afonso nestes dias especiais, mas a conquista da felicidade de ter este grande amor ao meu lado, o genuíno sentimento de família, desta família que só cresce, supera tudo.
É que na minha ideia de Natal, aquele que eu imaginava um dia vir a viver, nós montávamos a árvore a ouvir músicas da quadra. Tirávamos uma fotografia oficial ao pé da árvore. Fazíamos o presépio. Enviávamos postais aos familiares e uma carta ao pai-natal. Fazíamos biscoitos juntos. Eu fazia a coroa para porta e o centro de mesa. Na véspera de Natal fazíamos o perú, e depois de jantar e de abrir as prendas íamos até à missa do galo agradecer.
Nos meu Natal antigo, havia árvore, presépio, carta do Afonso ao pai-natal e biscoitos mas o resto teimou em nunca acontecer. Não obstante, o que mais faltava é o que hoje sobeja, um amor forte e incondicional, um sentimento de que mesmo que as coisas hoje «teimassem» em não acontecer tal e qual imaginámos o importante já estava conseguido, estarmos juntos.
No primeiro Natal juntos, não moravas comigo, mas começaste a preparar o perú ali na cozinha enquanto eu e o Afonso fazíamos a árvore a ouvir o disco de músicas de natal que tínhamos comprado numa feira de velharias. Nessa altura, não tínhamos muito dinheiro e os cheques prenda que ganhámos numa sessão de inquéritos presenciais deram para fazer uma fausta ceia. Nesse Natal em que adormeci ao teu colo a ver o Star Wars e em que dividi pela primeira vez o meu coração eu soube que ainda assim tudo fazia mais sentido e por isso mesmo ia correr tudo bem.
E agora uns aninhos depois, com o meu, os teus e o nosso a caminho, fazemos a árvore, o presépio e eles já só falam nas prendas e no perú que adoram. Já começaram a reclamar da missa do galo, a tentar negociar quanto tempo lá ficamos, mas sabem, como eu sei que este ano, este mais que qualquer outro, temos muito a «agradecer».
2014, 2013, 2012
No primeiro Natal juntos, não moravas comigo, mas começaste a preparar o perú ali na cozinha enquanto eu e o Afonso fazíamos a árvore a ouvir o disco de músicas de natal que tínhamos comprado numa feira de velharias. Nessa altura, não tínhamos muito dinheiro e os cheques prenda que ganhámos numa sessão de inquéritos presenciais deram para fazer uma fausta ceia. Nesse Natal em que adormeci ao teu colo a ver o Star Wars e em que dividi pela primeira vez o meu coração eu soube que ainda assim tudo fazia mais sentido e por isso mesmo ia correr tudo bem.
E agora uns aninhos depois, com o meu, os teus e o nosso a caminho, fazemos a árvore, o presépio e eles já só falam nas prendas e no perú que adoram. Já começaram a reclamar da missa do galo, a tentar negociar quanto tempo lá ficamos, mas sabem, como eu sei que este ano, este mais que qualquer outro, temos muito a «agradecer».
2014, 2013, 2012
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