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29.8.22

Da Provença com Amor

 
Sonhei contigo, com o teu perfume lilás, com a tua brisa quente do Sul.

Escrevi-te antes de te saborear. E agora és um postal que trarei para sempre comigo.

Que a memória nunca me falhe. Há um baú cheio de sonhos bons dentro de mim, para eu visitar em dias cinzentos.

PS - E ainda agora começou.

Fizemos esta viagem e Junho, na altura das alfazemas! Foi uma viagem muito sonhada e adiada pela pandemia. É palco do meu novo livro e eu quero partilhá-la convosco. 

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11.4.21

Cartas Atalhos que aproximam


Não estamos sós, mas estamos isolados. Não temos falta de contactos, mas estamos desconectados. No entanto, penso muitas vezes que ainda bem que esta pandemia surgiu numa altura em que quase tudo se faz online. Aulas, trabalho, compras e até consultas. Podemos até falar com família e amigos por vídeo e email. Para mim, porém, falta o carácter pessoal nos caracteres já gastos do teclado. Falta a serifa e a tal impressão digital da caligrafia única de cada um.
O perfume na carta, a mancha de café.

Quem não gosta de receber um postal ou uma carta escrita a pensar em si pelo correio? Eu, que sempre gostei escrever e receber cartas e postais, adorei quando a minha amiga @rosaria_casquinha se lembrou de transformar este seu gosto num movimento #cartasatalhosqueaproximam .

Se te identificas com estas palavras e gostavas de ter um “pen pal” (amigo da escrita), segues este link e preenche o formulário.

Não tens a quem escrever? Os amigos não estão para essas coisas? Não faz mal. A Rosária faz-te um match de acordou com os teus hobbies e gostos pessoais.

A Internet não precisa de ser um lugar estranho, distante e impessoal. Pode trazer-nos amizades que ficam e que passamos para o papel.

Aceitas este desafio?
Quem por aí gosta de escrever e receber cartas?


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8.2.21

Janeiro em sumário

Metade de Janeiro conseguimos levar um dia-a-dia relativamente mais leve. O Afonso ainda ia à escola, o pai cá de casa ainda ia trabalhar. Nós ainda dávamos uns quantos passeios de bicicleta ao pé de casa. Ainda fui ao mercado de Cascais, onde comprei louças a 1€, cachecóis de lã a 3€, lençóis de flanela a 10€ e bolbos, muitos bolbos de narciso. Ainda fomos um dia ao mercado da bagageira a Carcavelos e logo a seguir comer um gelado ao Santini (vejam aqui a nossa visita à fábrica do Santini há 4 anos). Ainda arranjei um símbolo da coca-cola no Marketplace inspirada num que a Maria Barros tem na sua cozinha (vejam aqui) e o Carlos ainda o foi buscar.

Depois os números dispararam e nós resguardamo-nos na nossa bolha. Eu aproveitei os saldos para renovar lençóis, atoalhados e sapatos para os miúdos. Quis tornar o nosso ninho quente porque os dias se tornaram demasiado frios. Tínhamos o aquecimento sempre ligado e cheguei a trabalhar de cachecol. 

Fui tentando encher de cor os nossos dias. Os bolbos floriram, enchi as jarras de verde do nosso jardim. A nossa casa cheira a narcisos. Fiz bolos, saladas, muitas fruta e pratos diferentes. Abusei dos cappuccinos de edição limitada do Natal como quem se despede da quadra, mas só desfizemos a árvore no último fim-de-semana do mês. A Constança dizia que a árvore era um membro da família e que a família deve ficar unida. Foi difícil convencê-la. 

Começámos o mês com sushi e Fiuza de um passatempo do Instagram. E terminámos o mês com as escolas fechadas, as crianças em casa e o pai comigo em teletrabalho.

São tempos duros os que vivemos, de que não tenho memória. Tantas famílias separadas, doentes, e tantas vidas que se perderam neste mês. Chorei a ver noticias sem saber o que dizer às crianças e rezei por pessoas queridas por mais nada poder fazer. Comovi-me ao saber que a minha avó de 90 anos levou a primeira dose da vacina. Foi um mês de emoções à flor da pele. 

Por estes dias fizemos exercício, vimos séries, jogámos jogos, pintámos. Terminei dois livros em Janeiro e comecei um terceiro. Devorei o Verity da Colleen Hoover que gostei bastante apesar de não me ter preenchido a falta de realismo final. Ninguém constrói a felicidade sobre um ato tão terrível. Tem algo a ver com a consciência e a moral. A auto punição que as pessoas não sociopatas se impõem a si mesmas e que vemos tão bem descrita em «O Crime e o Castigo» de Dostoiévski. É porém um livro com uma escrita viciante, com um argumento não previsível, que li num instante. Terminei a custo de ler «Como Fazer Amigos e Influenciar as Pessoas» de Dale Carnegie. Apesar de todas as aprendizagens que retiramos deste livro, achei-o por vezes difícil de ler, por ter demasiados exemplos repetitivos e também por ser escrito numa ótica demasiado machista e paternalista. O teste do último capítulo está verdadeiramente desatualizado chegando mesmo a ser ofensivo. No entanto, não deixa de ser um livro de referência no universo empresarial e em contexto de vendas. Foi o meu pai, um dos melhores vendedores que conheço, que me deu para ler, depois de há muitos anos atrás ter frequentado o curso dele. 

E por aí como foi o vosso Janeiro? Frio como o nosso? Conseguiram encontrar alegria nas pequenas coisas?

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4.12.20

Fazedoras de Histórias



Chamam-se Fazedoras de Histórias e, só por isso, já apetece ler. Se ficaste curioso, pega numa manta neste dia frio, junta-lhe um chocolate bem quentinho e anda daí saber do que falo. 

Este é um projeto querido, de produção editorial de autor, que nasceu no ano de 2016, no distrito de Setúbal. Tudo começou com a edição do livro infantil «Grãozinho de areia» com as palavras de Joana Maurício e os desenhos de Cristina Arvana. Esta é a história de um grãozinho de areia e da sua viagem pelo fundo do mar em busca do seu lugar. Uma mensagem perdida numa garrafa acaba por ser a responsável pela amizade dos dois protagonistas. «Caiu de Mansinho» foi o título que se seguiu a este encontro feliz. Com uma tiragem mais pequena de 300 exemplares e impresso por risografia (um método mais tradicional), rapidamente esgotou. 

No ano passado foram desafiadas pela arquiteta Joana Barrelas a fazer a produção de «Uma Casa» e é assim que nasce o primeiro titulo enquanto produtoras independentes. Este livro fala-nos da importância de termos um sítio onde nos sentimos seguros. Fala também de mudança e é uma história muito atual neste contexto da pandemia em que aprendemos a valorizar ainda mais este nosso espaço. 

E foi assim de mansinho, grão a grão, que Joana e Cristina foram construindo esta «casa conjunta» de produção de histórias. Dinamizando atividades de leitura em contexto educativo e não só, vão levando a magia aos mais pequenos. 

Mas afinal de contas quem são as Fazedoras de histórias? 

A Joana Maurício é educadora de infância e mediadora de leitura. Apaixonada por literatura, teve sempre este gostinho pelas histórias no seu dia-a-dia. Enquanto docente, foi-se tornando dependente delas e do poder transformador das suas mensagens, sobretudo «do impacto que têm em quem as escuta com o coração (...). As histórias têm esse poder (...) de mudar as pessoas. De as fazer decidir que caminhos tomar e de clarificar ideias.». 

A Cristina Arvana é ilustradora, criativa e designer. Sempre cheia de ideias em ebulição, elegeu desde cedo a expressão visual como o seu meio de comunicação. Sendo que a arte foi uma escolha natural, a ilustração e o fascínio pelo universo gráfico foram conquistando espaço ao longo deste seu percurso. Nas suas palavras, «Passar para o papel as ideias que inundam a minha imaginação tornou-se, mais que um ofício, um gosto, uma paixão.»

No Instagram das Fazedoras aqui ou no facebook aquipodes encontrar à venda os livros «Grãozinho de areia» e «Uma Casa». Este último conta com uma versão em formato kit de Natal que, para além do livro, traz todos os materiais necessários para construíres a tua própria casa. 

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28.11.20

O mercado de Estremoz e a Folia de Howard

 


Quem nos segue sabe o quanto eu adoro velharias e antiguidades. Às vezes sinto que estou a visitar autênticos museus ao ar livre. Lembram-se dos telefones antigos? E de quando nos enganávamos a discar o último número? Aicanervos!

Neste caso, foi uma seguidora que se tornou amiga que recomendou esta escapadinha a Estremoz e a este mercado, que ocorre aos Sábados e nós adorámos. Ao lado deste mercado, tem o dos legumes, flores, enchidos e artesanato. Um dois em um portanto.

De lá trouxe uns pratos antigos de loiça de Sacavém. Uns que encaixam num serviço que temos, outros desirmanados, 7 ao todo por 5€. (Afonso já podes partir mais uns quantos a guardar a louça da máquina 🤣) e umas pantufas novas de pêlo de ovelha para a Constança.

Almoçámos num sítio muito especial e isto até merecia um novo post com o título * 𝙰 𝚏𝚘𝚕𝚒𝚊 𝚍𝚎 𝙷𝚘𝚠𝚊𝚛𝚍 * (vou acrescentar ao título).

Isto porque Howard’s Folly é muito mais do que um restaurante. É um espaço onde a arte enquanto projeto social, os vinhos (com a assinatura do enólogo David Baverstock da Herdade do Esporão) e a gastronomia, pela mão do chef Hugo Bernardo, se cruzam.

E tão bem que se cruzam, numa folia que não chega a ser loucura mas anda lá perto!

Das esculturas de porcos coloridos, ao vinho Sonhador com rótulos desenhados por crianças, aos fabulosos croquetes de alheira, arroz negro de lagostins e hambúrgueres de borrego, tudo se conjugou numa festa para os sentidos.

Ficámos numa esplanada só por nossa conta, com uma parede de erva por companhia. Fomos irrepreensivelmente atendidos e ficámos absolutamente rendidos a este espaço único imaginado e concretizado por Howard Bilton, o empresário britânico das finanças de Hong Kong que se apaixonou pelo nosso país e pelo que temos de melhor.

Se passarem por Estremoz, procurem por um edifício branco acastelado pertinho do Rossio, com as iniciais HF e entreguem-se sem reservas à folia.

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