9.4.14

Primavera

 
  

Nenhuma tempestade dura para sempre. Depois vem sempre a Bonança. E eu mal posso esperar pelos raios de sol que vêem quando enchemos o coração de coisas boas. O mais importante é o amor, o Afonso repete e sabe de cor. É o móbil das nossas vidas. É tão bom ser feliz e rodearmo-nos das pessoas certas que não vale a pena perder tempo com o resto. Adoro pessoas que agem, que vivem, pessoas de acção, com estamina, com energia, alegria e coragem. Adoro pessoas resilientes que se levantam quando caem com determinação, honradez e palavra. E depois há as outras, que nos prejudicam, atrasam, que não vivem nem deixam viver, pessoas que vivem a reboque das outras, sem vontade, sem capacidade de decisão, sem honra e sem palavra. Até isso terá um fim, eventualmente.


Adoro a Primavera, a vida a renascer, os pássaros a cantar, os dias maiores e a brisa quente. Adoro as flores que rebentam coloridas por todos os cantos do jardim. Adoro encher as jarras lá de casa, a diferença que isso faz numa sala. Adoro como na horta tudo se enche de cor e renasce. Adoro os cheiros da Primavera ainda que me façam espirrar. As cores, os sons, a luz. Que estes dias sejam assim de renascimento, de amor, de cor e de luz.

3.4.14

O escuro

 
No outro dia tive receio de um bicho na casa de banho mas ainda assim peguei nele com uma pá e coloquei-o lá fora. Numa outra situação o Afonso demonstrou o seu receio, e não obstante eu apoiá-lo como sempre de forma incondicional, falei-lhe em reacções instintivas e em coragem. Explico-me demais. Falei-lhe em como as nossas reacções são defesas inatas do nosso organismo a potenciais situações de perigo. O medo é um aliado. Está do nosso lado, devemos ouvi-lo muitas vezes. No entanto depois de o analisarmos devemos avaliar racionalmente a sua perigosidade. Não devemos deixar de fazer alguma coisa que queremos muito com base em medos irracionais.

A dada altura o Afonso comparou-nos e eu disse-lhe uma coisa em que acredito profundamente: Coragem não é enfrentar tudo sem ter medo, é ter medo e ainda assim enfrentar tudo com coragem. Não deixes nunca de viver esta verdade, porque deixarás de viver em pleno o que a vida tem de melhor.

Eu sei que estávamos apenas a falar do escuro e bastava ter acendido a luz, mas podia ser alguma coisa mais séria e já fica a advertência.

1.4.14

Pensar Verde

 
 
 
 
No recobro há Legos e brincadeira. Star Wars, policias e ladrões e Turtles. Depois de uns dias de sopas e descanso a mãe foi à escola fazer de Cinderela. A Dina lá nos arranja estas coisas. Do avental à coroa, lá se arranjou tudo a preceito e lá estivemos várias mães numa manhã diferente com os nossos tesouros. No fim-de-semana fomos à antestreia do Rio2 e foi super divertido. Jogámos à bola, conhecemos algumas personagens do filme, ganhámos sumos e barritas chocapic, mas adorámos sobretudo o filme que não podia ter sido num dia melhor. É que esta consciência de proteger o planeta e as espécies, foi reforçada com a hora do planeta mais à noitinha. E assim depois de prepararmos um belo jantar comemos à luz das velas e fizemos jogos de mímica e sombras chinesas na Parede. Este fim-de-semana houve muitos morangos com e sem chantili e ovinhos de codorniz que parecem mesmo ovinhos de dinossauro em ponto pequeno.

Primavera

   

Estofámos o sofá, ficou como novo. O puf com o mesmo tecido até parece que veio de origem com ele. Os miúdos aprovam e eu adoro, sobretudo a parte de reaproveitar o que se tem. Temos recebido alguns prémios giros nestes dias, coisas que gostamos e que nunca são demais. Os dias de chuva e de sol e a Primavera trouxeram os jarros. Tenho apanhado flores novas do jardim. O Afonso tem uma nova amiga, a escova de dentes do Star Wars é da Gum comprada na farmácia do Alegro. Tem uma luz que acende, qual sabre de luz e cronometra o tempo certo para escovar os dentes e evitar o constante «Oh mãe já está?». No fim-de-semana sem miúdos aproveitamos para conhecer sítios novos aos quais vamos certamente voltar um dia.

25.3.14

Poesia



Segundo livro. Orgulho. Pessoas amigas do coração e um selfie tipo óscares. Uma noite estrelada em pleno dia. Os meus pais, o meu amor maior. Uma tarde que se prolongou numa noite que vai ficar para sempre. A certeza que os meus amigos estão sempre presentes. Coincidências.

20.3.14

Fim-de-semana


 
O sol chegou e nós saímos à rua com ele. Fomos à Monstrinha com uns bilhetes ganhos nas Estrelas e Ouriços, ver um especial da Pantera cor-de-rosa ao S. Jorge. Lá em cima cheirava a pizza caseira e os chás frescos sorriam para nós. Fica a ideia para a próxima. Adoro a vista daquela varanda sobre a Avenida. Dali fomos para os anos da Mariana e no Domingo aos do Ico, um colega de turma do Afonso. Andámos de bicicleta, skate e de Taga de manhã. Almoçámos uns fantásticos hambúrgueres naquele sítio que adoramos. Depois da festa fomos correr para a areia ao pôr-do-sol. E se houve cinema com os mais pequenos também houve sessão de cinema com a mais crescida Sábado à Noite, Gravity, completamente impróprio para asmáticos.
 

Gosto disto, fins-de-semana cheios de sol, de andar lá fora a fazer exercício, mudar de ares. É que gastar energia dentro de 4 paredes é tão mais complicado, e cinzento.

18.3.14

Papel


Por hábito agora as lojas não fazem embrulho. Na loja da Disney compramos inclusivamente os sacos. É certo que há sempre o papel do Natal da Popota ou do Rik e Rok, mas tudo com sinos, estrelas e nada a ver com aniversários. O Afonso tinha duas festas de anos este fim-de-semana e eu Sexta lembrei-me desta ideia, enchi-me de coragem e toca a fazer papel de embrulho em casa, personalizado, com carimbos. Bata, tintas, mesa plastificada, pincéis e um final de noite em beleza com a casa em confusão, tintas, mãos sujas depois da banhoca, enfim, tudo o que se deseja para uma Sexta à noite tranquila e descansada heheh. A ideia é excelente, o efeito espectacular, as mães reparam logo, comentam e gostam, os miúdos adoram participar, mas este tipo de actividades, fica o conselho, é ideal para fazer com calma durante o dia J
 

17.3.14

A namorada


 
Afonso – Mamã tenho uma novidade.

Eu – Diz lá amor.

Afonso – Sabes que eu tenho uma namorada?

Eu – Uma namorada Afonso?

Afonso – Sim, lá na escola.

Eu – Como é que se chama?

Afonso – M.

Eu – Ahhh e ela sabe que é tua namorada?

Afonso – Não mãe. Não podes contar a ninguém.

E quando fala nela fica envergonhado e corado como um tomate, e eu com uma pontinha de ciúmes por já não ser a única princesa.

Afonso – Sabes ela roí as unhas.

Eu – Ai é?

Afonso – Sim. E no outro dia dormiu de collants mas cheirava mal dos pés.

Eu – Oh Afonso que tontice.

Afonso – A sério mãe.

Eu – E porque e que dizes que é tua namorada?

Afonso – Porque ela está sempre a dar-me beijinhos às escondidas.

Eu – Ohhhhhh
 

E foi assim que no fim-de-semana tive de contar a novidade «oficialmente» às meninas.

14.3.14

Estes dias


   
Quase parece Natal, não fosse o sol e os dias maiores. Na última semana temos recebido e trocado tantos presentes. No dia da mulher um baton do Boticário, umas Gerberas no Ikea, uma compota de ameixas Rainha Cláudia no Restaurante da Justa Nobre na Restaurant Week. Uma gola beje que a minha mãe me fez que eu adoro, com uma lã fofa e que parece cheirar a bolos.

O Afonso ganhou um balde gigante de Legos, anda louco com aquilo. A avó Suzette que fez 84 anos e que se rodeou de nós, de prendas e muito mimo para celebrar. E tão feliz estava, tão risonha e bem disposta. As mulheres da família receberam flores.

Pelo correio chegaram os livros da Presença do passatempo comemorativo. No mesmo dia em que terminei de ler A Lacuna um livro fabuloso, de Barbara Kingsolver, sobre um escritor, Insólito, que viveu e cozinhou para Frida Kahlo e Diego Rivera e dactilografou para Trotsky, dividiu a sua vida entre México e Estados Unidos no conturbado período do pós-guerra e Guerra Fria . Um romance histórico, tão, mas tão bem escrito.

Esta semana, há bilhetes ganhos para a Monstrinha, e duas festas de aniversário para o Afonso num fim-de-semana que se prevê agitado. Mais um passatempo com bilhete para o Evoa e um pack de cereais.
A vida corre tão depressa. Quando não corre voa. Gostava tanto que passassem mais devagar estes dias bons para os aproveitar ainda melhor. O Sol traz outra alegria. Faço mais exercício, aproveito o ar livre para jardinar, ler lá fora. Nos dias de sol não tenho tanto tempo para dormir porque os pássaros cantam logo de manhã ou o Afonso, que é um género de galo com despertar madrugador..