Eu não sou
pela paz como tu, sou pelo turbilhão de sentimentos, pela intensidade. Não que
estejamos em desacordo, nada disso, funciona tudo tão bem assim. Mas quando
hoje me disseste que há coisas que eu ainda não sei, que sentimos a partir dos
40, coisas com as quais não vale a pena preocuparmo-nos, às quais não importa
dar valor, quando hoje me disseste que já não perdes tempo com quem não
interessa, eu senti toda a nossa diferença. Eu continuo a lutar contra as
injustiças do mundo. Eu perco tempo. Eu «defendo-nos» como uma muralha num
castelo. Eu ainda tenho alturas de pouca lucidez em que me considero «um pouco»
imortal.
O fim desta
semana foi um género de balanço, voltarmos a lugares onde já fomos tão felizes
com pessoas que gostamos tanto. Festejar o dia da mãe ao longo de dias
celebrando o que a vida tem de mais precioso. O amor a quatro como diz a Mafaldinha.
Sim é um género de trevo o meu coração. A estranheza de se levantarem ventos contrários
e que agora me parecem tão estranhos e distantes. É que sabes, as
pessoas não se possuem. Não se perde o que nunca foi verdadeiramente nosso. No
entanto tu és meu. E eu sou tua.
E quando
hoje, naquela sala de espera pequena à espera de notícias tão, mas tão grandes,
disseste que ele está amolecido com o amor, eu pensei baixinho «também eu». Nós
passamos tanto tempo na vida à procura disto que depois o medo é todo o de
perder isto que se tem.
Hoje
celebramos apenas boas noticias, o fim de mais um capítulo e o início daquele
que quisermos escrever.
Do Indie:
Seis
curtas, T-shirts giras ao preço simpático de sempre, uma pizza fabulosa entre
filmes e terminar em beleza e boa companhia com Joe, uma interpretação
fabulosa de Nicolas Cage e de Tye Sheridan, um miúdo que tem certamente uma
estrelinha.