Quem nos segue sabe o quanto eu adoro velharias e antiguidades. Às vezes sinto que estou a visitar autênticos museus ao ar livre. Lembram-se dos telefones antigos? E de quando nos enganávamos a discar o último número? Aicanervos!
Neste caso, foi uma seguidora que se tornou amiga que recomendou esta escapadinha a Estremoz e a este mercado, que ocorre aos Sábados e nós adorámos. Ao lado deste mercado, tem o dos legumes, flores, enchidos e artesanato. Um dois em um portanto.
De lá trouxe uns pratos antigos de loiça de Sacavém. Uns que encaixam num serviço que temos, outros desirmanados, 7 ao todo por 5€. (Afonso já podes partir mais uns quantos a guardar a louça da máquina 🤣) e umas pantufas novas de pêlo de ovelha para a Constança.
Almoçámos num sítio muito especial e isto até merecia um novo post com o título * 𝙰 𝚏𝚘𝚕𝚒𝚊 𝚍𝚎 𝙷𝚘𝚠𝚊𝚛𝚍 * (vou acrescentar ao título).
Isto porque Howard’s Folly é muito mais do que um restaurante. É um espaço onde a arte enquanto projeto social, os vinhos (com a assinatura do enólogo David Baverstock da Herdade do Esporão) e a gastronomia, pela mão do chef Hugo Bernardo, se cruzam.
E tão bem que se cruzam, numa folia que não chega a ser loucura mas anda lá perto!
Das esculturas de porcos coloridos, ao vinho Sonhador com rótulos desenhados por crianças, aos fabulosos croquetes de alheira, arroz negro de lagostins e hambúrgueres de borrego, tudo se conjugou numa festa para os sentidos.
Ficámos numa esplanada só por nossa conta, com uma parede de erva por companhia. Fomos irrepreensivelmente atendidos e ficámos absolutamente rendidos a este espaço único imaginado e concretizado por Howard Bilton, o empresário britânico das finanças de Hong Kong que se apaixonou pelo nosso país e pelo que temos de melhor.
Se passarem por Estremoz, procurem por um edifício branco acastelado pertinho do Rossio, com as iniciais HF e entreguem-se sem reservas à folia.