6.5.14

Dia da mãe


Dia da mãe são todos os dias, todos os dias em que te embalo no colo, te encho de beijos, te amo desmesuradamente. São todos os dias em que luto mais um bocadinho pelo nosso bem-estar, pela tua educação, para que cresças feliz. Cada história que te leio à noite deitadinhos sobre as almofadas, cada banho de espuma e com uma luva-pato que fala, canta e faz palhaçadas, cada massagem que faço com creme depois. É o aerossol, as consultas, as noites mal dormidas contigo ao colo até amanhecer. É arranjar tempo todos os dias para brincar contigo, mesmo quando o cansaço já tomou conta de mim. São as noites em que faço a tua sopa e preparo as tuas refeições deste dia e do dia seguinte, com toda a dedicação e carinho. Quando desenho caras e animais com os vegetais no prato para que os comas melhor. É pintar e fazer plasticinas contigo, desarrumar tudo e voltar a arrumar. É deixar que me dês a volta tantas vezes, e mimar-te muito, porque mimar é bom demais. É empurrar a bicicleta, jogar (mal que se farta) à bola, ao balão. É ir ao parque e brincar também. É dizer «bom dia alegria» todas as manhãs, e despedir-me com um «eu amo-te daqui até à lua e da lua até aqui» e acreditar nisso de alma e coração. É viver em sobressalto quando não estás comigo, e não estás algumas vezes, porque infelizmente as coisas não correm ainda como eu desejaria. É querer que sejas feliz acima de tudo e colocar-te sempre no topo das minhas prioridades. Dia da mãe é um dia em que recordo toda a coragem que foi necessária para seguir frente e ser feliz por nós, porque eu não posso querer muito que sejas feliz sem te dar o exemplo. Dia da mãe é qualquer dia, em que me sinto feliz só por te ter, é sentir-me abençoada por tudo isto e grata por fazeres parte da minha vida. Acompanhar o teu crescimento é um privilégio meu amor.


Sem falsos moralismos, que nunca tive, eu sou hoje a mãe que sempre sonhei ser. O divórcio, assim como a idade trazem-nos uma sabedoria diferente em relação à maternidade. Eu não sou somente uma mãe trabalhadora a 100%, sou a mãe do Afonso, a «amiga crescida» das miúdas lá de casa, e se dependesse de mim a mãe de mais uma ou duas crianças, um cão e cinco peixes. Eu consigo arranjar todo o santo dia tempo para brincar, e mesmo afónica, voz para ler a história. O meu colo é reparador, os meus beijos sei que são também. A minha prioridade é ditada pela coração, pelo que mais importa, tudo o resto é segundo plano do filme principal. E quando as dúvidas das prioridades se me colocam (que também se colocam) ele já me diz, como ontem: Mãe o mais importante é o amor.
Que orgulho enorme, ser mãe de um menino que já sabe tanto.

30.4.14

Oeiras Parque

 
Imagens Oeiras Parque
 
No Oeiras Parque nos dias 1, 3 e 4 de Maio, as crianças poderão aprender com a ajuda de profissionais a fazer colares e pulseiras em trapilho, cartões perfumados, almofadinhas para brincos, guarda-recados, porta-pulseiras, ramos de flores em papel, vasos encantados, aventais digitais, molduras e cenários em eva.
 
No mesmo período decorre uma Feira solidária promovida juntamente com a Liga dos Amigos do Hospital de São Francisco Xavier, serão recolhidos bens, angariados sócios e serão vendidos crachás. Poderá doar: livros; roupa; brinquedos; bens alimentares; bens diversos e dinheiro. Existe ainda a necessidade específica de um ovo de transporte de bebé, um carro/cadeira/bengala e um PC para os serviços administrativos da liga.
 
Os donativos serão convertidos em: Corpo clínico – ligação de pedidos de apoio às Câmaras e Juntas de Freguesia; transportes – bilhetes e fotos dos justificativos; cabazes alimentares; apoio domiciliários; kit de emergência e kit de lanches.

 

29.4.14

25 de Abril de 2014

 
 

O fim-de-semana não foi como esperei, foi muito melhor. Não fizemos nem metade do que planejámos, mas essa é a parte boa da liberdade, poder ajustar ao que nos convém. O plano de ir a Lisboa ver o filme e o fogo de artifício foi logo posto de lado depois de jantar pelas crianças, queriam era descontrair de pijaminha de um dia de escola. Vimos um filme com pipocas no sofá e soube tão bem.
 
Na Sexta esperámos por uma senhora que vinha comprar um leão da fisher-price, via OLX, mas que acabou por só aparecer da parte da tarde. No final da manhã ainda fomos comprar cravos e vegetais à praça da Parede, vimos a bandeira hasteada e ouvimos músicas de Abril. Apanhámos flores, laranjas, e caracóis. Almoçámos churrasco no jardim, e na horta plantámos alfaces e tomates olho-de-boi comprados no mercado. No jardim plantámos cravos, chagas, e outras flores. Podámos e cavámos como se não existisse amanhã. Os miúdos fizeram caça aos ovos, brincaram ao balão, jogaram à bola, e andaram de bicicleta lá fora. Os dias de sol são tão mais divertidos. No final do dia ainda ouvimos uns discos vinil com músicas da Revolução.
 
No Sábado fomos todos à festa surpresa dos 50 anos da prima Lu, e no Domingo fizemos mais um churrasco com os avós e que correu tão bem. A tarde de Domingo foi para fazer penteados malucos, e despedirmo-nos de um fim-de-semana grande a 5 e com sabor a férias. Se se pudesse eternizar estes momentos felizes. Gosto tanto, mas tanto de nós todos juntos.

24.4.14

25 de Abril

    
 
Imagens daqui, daqui, e daqui
 
No fim-de-semana lembrei-me de um trabalho que fiz para a escola sobre o 25 de Abril, e mostrei-o aos amigos que estavam lá em casa. Guardo-os todos com carinho. Lembro-me perfeitamente de um livro que li na altura sobre os prisioneiros do Tarrafal, deixou-me emocionada e isso ficou reflectido no trabalho. Acho graça quando se fala da revolução dos cravos esquecendo todas as batalhas que a antecederam e precederam, e todos aqueles que em nome da Liberdade perderam a vida, muitos no anonimato da prisão politica. Eu não era nascida, não vivi esta realidade, mas 40 não são uma vida, são pouquíssimos anos para um país. Fala-se muito na Liberdade mas eu acredito que a maioria das pessoas não sabe o que é. Não porque a tenham, simplesmente porque nunca foram privados dela. Ela não só termina onde começa a dos outros, como envolve deveres. O direito ao voto por exemplo é não só um direito como um dever cívico. Não podemos esperar representatividade política quando não cumprimos a nossa parte, o nosso dever cívico de  votar. É por isso que não compreendo as pessoas que criticam a politica do governo mas não exercem o seu direito ao voto para mudar as coisas. Não se identificam com nenhum partido podem sempre votar em branco, este vote tem valor ao contrário do «não voto» ou do «voto nulo». Gostava muito de transmitir este dever ao Afonso. Eu fico orgulhosa e feliz quando coloco o meu voto na urna, faça chuva ou sol de praia. E nas Europeias não só espero votar em consciência como trabalhar todo o dia do lado de lá da mesa, a distribuir um sorriso simpático com quem por ali passar. Sei que o Afonso fica orgulhoso de ver a mãe no panfleto do partido na porta do frigorifico mas também ficará de a ver nas mesas. Espero que um dia, cumpra o seu dever com a mesma alegria que eu, pela Liberdade de poder expressar a sua opinião de todas as formas.
 
Entretanto o fim-de-semana prolongado com miúdos pede programas originais. Gostava muito de ir com os mais novos ver hastear a bandeira na Parede e comprar uns cravos à praça. Por volta das 15h há um concerto com músicas emblemáticas de Abril na recém inaugurada SMUP, a entrada é livre. À noite era giro ir até ao Terreiro do Paço.
 
Hoje à noite na SMUP há filme com jantar incluído. O documentário «Portugal pelos caminhos da Incerteza» acompanhado por uma feijoada vegetariana a um preço muito apelativo, é um programa alternativo para graúdos.
 
No Terreiro do Paço há festejos também, gratuitos e para toda a família, a partir das 22h e até às 2h da manhã. Música, vídeo mapping e uma criação pirotécnica prometem animar os visitantes. Saiba mais aqui.  
 
No dia 25 o Jardim Botânico da Ajuda promove um dia de «Cultura em Liberdade» onde terão lugar inúmeras actividades e workshops. A entrada é gratuita até aos 10 anos, os restantes visitantes pagam 1€. Recorde-se que no fim-de-semana o Jardim promove mais uma festa da Primavera com inúmeros workshops e exposições.


E acabei de me lembrar com carinho deste Abril, em que o Afonso ainda pequenino fez companhia à mãe.

Carcavelos


Nos dias sem crianças o tempo é nosso. Trabalhar e morar perto da praia tem estas vantagens, mesmo saindo às 7h da tarde, podemos ir até à praia correr até o sol se pôr. Eu adoro a praia da Parede para banhos e o paredão de Estoril a Cascais para caminhar, mas Carcavelos é a praia dele pelo surf.

Às vezes tenho medo de celebrar como se fosse perigoso ser feliz, mas hoje as noticias são tão boas que só posso festejar, afinal a saúde é o pilar da nossa felicidade. Resolver situações muito melindrosas com um tratamento absolutamente inovador, e verificar oito meses depois que tudo está a correr maravilhosamente.

22.4.14

Páscoa


A Páscoa foi recheada de bons momentos. Três dias de jardinagem intensa, algumas dores nas costas e em músculos que eu não pensava existirem, mas também, momentos de descontracção muito bons, entre amigos queridos. Descobrimos uma nova pastelaria nas Palmeiras com as bolachas mais giras. Fomos à festa de encerramento do cinema Italiano, tirámos fotografias com bigodes ao pé de monumentos e comemos pizza no S. Jorge. Sessão dupla a terminar com o filme vencedor. O festival agora continua pelo resto do país (segue para Coimbra, Porto, Funchal e Loulé) e vale a pena assistir. Os bilhetes custam 4€, mas podem sempre concorrer aos passatempos no facebook (nós ganhámos 4 bilhetes). Os pecados da gula foram contrabalançados com peixe grelhado e saladas 100% biológicas e cheias de capuchinhas. Arranjámos troncos novos para o churrasco e enchi as jarras de Lírios e Jarros do jardim. Corremos na passadeira e lemos num fim-de-semana com um gostinho a férias. 


21.4.14

Antes da Páscoa

 
Na Páscoa houve recobro. Ranhocas teimosas e tosse. Fomos buscar água ao mar que sempre funciona melhor (é o efeito psicológico). Respirámos aerossol e ar puro do parque onde a mãe também brincava quando era pequenina. Gosto disto, destes sítios comuns que revisitamos, que vejo de novo através dos olhos dele. É o que há de melhor em pertencer a um lugar, este conforto, esta empatia, a História. Esta semana também viajaram da minha infância para a tua uma colecção de discos que a avó Cila trouxe - o Mischa, a Joana como a Papa os Passarinhos a bailar. Só é um pouco chato ter de virar o disco a cada canção. A mamã também fez exercícios como os dos cadernos e eu já consigo ligar as iniciais aos nomes das coisas – E de elefante, O de óculos. Brincámos muito, vimos muitos episódios de «O Meu Cão Tem um Blog» e da «Violetta» (medo!), e o filme dos Cinco. Os ovos de chocolate adiantaram-se à Páscoa e depois de terminadas as dores de barriga, isso e os batidos de fruta. E nestes dias, que antecederam o fim-de-semana, houve mimo, muito mimo.

15.4.14

Cinema

Adoro cinema. Adoro cinema antigo e cinema europeu, aquele mais fora do circuito comercial, mais alternativo, mais tradicional mas também mais inovador. Adoro festivais e os que vão passando por cá nestas alturas. Cada vez temos mais: A festa do cinema Italiano, a Monstra, o Indie, a festa do Cinema Francês, o Estoril e Lisbon Film Festival e para os mais pequenos o Play, o Indie Júnior e a Monstrinha. Gosto da variedade, da aposta na diferença, da originalidade dos argumentos, da oportunidade de conhecer jovens realizadores. E claro adoro o preço dos bilhetes, o ambiente, as conversas, e toda a envolvente. Conhecer realizadores é sempre a cereja no topo do bolo.
 
 Ainda não assisti ao Festin - Festa do cinema em Português - mas valorizo a iniciativa. Aliás, Portugal foi um dos países onde mais se desenvolveu o cinema ao início, e falamos do séc. XIX e do cinema mudo. Fomos um dos países pioneiros e impulsionadores do cinema contribuindo para a divulgação e inovação no que diz respeito às máquinas de filmar e de projetar. É uma pena que antes da Revolução de Abril o cinema em Portugal tenha assistido a uma estagnação. Sou muito a favor do cinema comercial português, aquele que leva os portugueses às salas de cinema sem serem precisas dobragens ou legendas. Porque em última instância é a entrada de capital que impulsiona a indústria. Mas não sou a favor de se fazer tudo em prol de audiências. Não aprecio grandemente argumentos tipo «Sei lá» mas talvez façam falta, quiçá. A Gaiola Dourada foi um enorme sucesso de bilheteira, incomparável a qualquer um dos filmes do grande mestre Manoel de Oliveira. De qualquer forma, acho que Portugal é um país de contadores de histórias. Assim foi Camões, Gil Vicente, Eça de Queirós, José Saramago e até Cristiano Ronaldo. Por isso façamos História e façamos filmes! 
 
Nós fomos à pré-abertura da 7ª edição do cinema italiano a bordo do MSC Orchestra onde assistimos à exibição do episódio Adelina, do filme Ieri, Oggi e Domani, realizado por Vittorio de Sica e protagonizado pela Sophia Loren e por Marcello Mastroianni. Adorável. Na próxima Sexta os planos passam pela despedida no cinema de S. Jorge, entre amigos, pizza, e uma noite que se deseja de calor para podermos esplanar sobre a Avenida.


14.4.14

Sportingggg

 
As meninas estão de férias no Algarve, e nós tivemos o primeiro fim-de-semana sem elas em muito tempo. O Afonso sentiu bastante e nós também é claro. Os telefonemas são diferentes em facetime, só palhaçadas, e até o cão vem ao telefone, mas não é a mesma coisa que estarmos juntos. Como somos menos conseguimos uns bilhetes para o camarote da Liberty para ir ver o Sporting, e está já prometido que havemos de ir os cinco. Foi o primeiro jogo do Afonso e foi logo em grande, camarote, jantar incluído, e dois golos em casa. Para juntar à festa conheceu o Jubas ao vivo e a cores que lhe autografou um livro do génio da taça. Uma noite a recordar por muitos e bons anos!!!


11.4.14

O prazer de ler

 
Gosto de ler tanto ou mais que escrever. Gosto de viajar pela leitura e gosto de cultivar este gosto nele. Em casa a biblioteca tem crescido imenso e é bom que assim seja. Este ano na escola a professora incentivou os miúdos a visitarem a biblioteca. Ficou esse gosto e temos mesmo de voltar. Recentemente recebi este livro giro, cheio de boas ideias, por ter partilhado um pouco da minha história aqui. Gosto destas listas de compras da Catarina, e dos conselhos nutricionais tão acertados, bem como do aspecto delicioso do livro, com um design catita e atractivo. Podemos usá-lo como livro de referência, para listas de compras e receitas. Já há mais de um ano que modificámos imenso os nossos hábitos alimentares lá em casa, porque queremos viver bem e por muitos anos. Muitas fibras, vegetais e peixe, a manteiga deixou de fazer parte da lista de compras e o pão integral passou a ser o de referência. As massas passaram a ser tricolor e os carrinhos de compras abastecem-se sobretudo de frutas e vegetais. Não me lembro da última vez que comprei um pacote de batatas fritas ou um queijo sem ser queijo fresco, ou fatiado light. É claro que para os miúdos há sempre hidratos, e alguns bolos, mas privilegiamos os feitos em casa a dez mãos.


Quanto ao Afonso todas as noites lhe leio histórias que ele adora e não prescinde. Negociar ir para a cama passa por «olha que se queres brincar mais um bocadinho já não há história» e é remédio santo levanta-se logo, ficar sem história é que não. Ele começou a desinteressar-se recentemente dos livros mais infantis mas adora as aventuras do Gerónimo Stilton. Já eu acho imensa graça à linguagem destes livros cheios de palavras eruditas, que mesmo que não conheçam o significado vão compreendendo no contexto da leitura. «Exasperar» é uma palavra que a mamã usa muito hehe, mas há tantas outras giras que dá mesmo gosto ler. E a criatividade destes livros? Fora de série. A Mafaldita já vai lendo sozinha e também adora o Gerónimo ou não fosse homónimo do papá.