21.7.17

Tempo de crescido


Faz-me falta e faz-me bem. Faz-te a ti também. Tenho tantas saudades de ir ao cinema contigo, correr, fazer uma hora seguida de ginástica, ler ou simplesmente estar estendida ao sol na praia sem ser em constante sobressalto, com um olho no burro e outro no cigano. Sinto falta do meu tempo de crescida, dos jantares de amigos sem horas, sem rotinas de refeições e papas e babetes. Não a trocava por nada, o meu bebé mais desejado, o meu milagre, mas sei que durante algum tempo não haverá cá concertos para ninguém. E que cartazes os deste ano! Não arranjámos ainda uma babysitter de confiança, não temos família que nos fique com ela umas horas e a nossa solução tem passado por nos revesarmos. Eu vou ao cinema com a Patrícia, tu jantas com o José. Tem-me sabido bem repetir os programas de há 20 anos atrás com a Patrícia. Jantar na praia de Carcavelos e ir ao cinema ao Carcavelinhos. Ou simplesmente caminhar e conversar. Uma pausa boa para retemperar energias.
Desconfio que a Constança vá começar cedo a acompanhar-nos em algumas aventuras, mas por enquanto ainda é demasiado cedo.

As nossas horas de almoço ajudam a fugir à rotina, é a vantagem de trabalharmos juntos. Fomos ao Boteco da Linha no festival Monte Velho e foi muito bom. Mas os fins-de-semana de Restaurant Week têm de esperar mais um pouco. Ir com as amigas a um Mercadito enquanto ela dorme a sesta é pacífico, mas dispor de muitas horas para um alisamento é complicado com os horários que ainda faz de amamentação.  

Nem tempo temos para tratar do jardim, ou da horta. Nem sei como subsistem os morangueiros que até tinham sobrevivido ao Inverno.

No outro dia um amigo perguntava-me o que eu andava a ouvir, respondi que era a «Xana Toc-Toc» em casa e os «D.A.M.A.» no carro. Apercebi-me que me ando a esquecer de mim e de nós para ser só deles. Reclamei então o meu espaço. Comprei um disco novo e já o pus a rodar várias vezes, mesmo que os miúdos não gostem. Tenho comprado mais comida que eu gosto, mesmo que mais ninguém goste. Descobri uma marca nova de que estou fã a «Rude Health». Até porque cada vez é mais difícil agradar a todos nesta casa à hora da refeição.

Posso ainda não ter encontrado tempo para correr mas voltei à fisioterapia à hora de almoço. Não tenho feito abdominais mas tenho colocado os cremes todos a que tenho direito, voltei a maquilhar-me e até variei o perfume.

Sim sou mãe, mas também sou mulher, companheira, amiga, filha, trabalhadora. Sou deles, mas também voltei a ser minha, e tua um bocadinho. 

22.6.17

Nos últimos tempos


Não sei se estas fotos estão pela ordem cronológica certa, mas também pouco importa. Estive tanto tempo sem actualizar o blog e tanto aconteceu que não sobrou tempo para parar, organizar a vida, a casa e as fotos e muito menos escrever. 

A Constança começou finalmente a recuperar o peso, começou a falar mais, manda beijinhos como um peixinho, diz adeus e começou também a andar sozinha aos 13 meses. Já lava os seus 5 dentes, já dança, vibra imenso com os irmãos, tira os óculos ao Afonso e dá-lhe beijos e abraços que nos derretem tanto e até já disse Marta. São tantas aquisições seguidas, de dia para dia se nota a diferença. Comunica imenso, aponta para o quer, faz birra quando não lhe dão. Diz mamã e papá tanta vez, aponta para as fotografias. Bebe imensa água pela palhinha e continua a mamar tanto!

O Afonso fez graduação, passou meio cinto e despediu-se do karaté. Estava triste por não ter passado o cinto inteiro. Desta vez praticou muito e talvez por isso tenha custado mais. A logística de treinos falha nos "dias do pai". Dou por mim a treinar com ele, a saber a kata de cor. Gostava que retivesse que o esforço compensa sempre e que tudo é aprendizagem. Levei-o nesse dia a beber o primeiro Starbucks (de descafeínado) para o animar. Para o ano vem uma nova aventura, o futebol, e esperemos que menos confusão na ida aos treinos. Fez imensos testes, de avaliação e de preparação para os testes de aferição. Ele no 2º ano e a Mafalda no 5º. Acho um disparate tão grande estes exames. Como é que crianças de 7 anos, que ainda o ano passado aprenderam a ler e a escrever são submetidas a quase duas horas de teste, ainda que com um intervalo? Faz algum sentido, isto? Notei claramente nos testes do Afonso que vi que às últimas perguntas respondeu um pouco a despachar. Não se pode pedir nesta idade uma capacidade de concentração tamanha. É antinatural. Enfim. 

Os ciúmes dele continuam mas contrabalançados com um enorme amor pela irmã. Só quer agarrá-la e dar-lhe beijos mas às vezes também lhe tira os brinquedos como se fosse ele o bebé. Lembrei-me de um livro que li na escola «Rosa minha irmã Rosa» da Alice Vieira que fala sobre isto de gerir os sentimentos com a chegada de um irmão mais novo e comecei a ler-lhe. Foi engraçado ver as suas reacções ao longo da história. Identificou-se imensas vezes com a Mariana. 

O dia da criança veio e tive de fazer T-shirts para escola a dobrar. A Constança ganhou um telefone da Chicco que faz muito barulho e tem luzes mas continua a preferir mexer no nosso. O Afonso escolheu uma Pop Figure do Monstro das Bolachas de presente. No E-bay são muito mais baratas que na FNAC e propus-lhe que encomendássemos lá ainda que não chegassem a tempo, e dar-lhe a diferença de preço para o mealheiro. Assim ganharia duas prendas em vez de uma e treinava uma outra coisa que acho que falta muito a esta nova geração que é «saber esperar». Querem tudo no imediato. Concordou e ficou todo contente quando o boneco chegou. Comecei a dar-lhe mesada também, recebe 1€ por semana, e estes extras incrementam imenso a poupança no mealheiro e ele fica todo contente. Nas festas de Tires quiseram andar no carrossel e também pedincharam um Fidget Spinner do Batman luminoso, porque «Oh mãe este é super raro!» e negociámos com senhor. O dinheiro que se poupou também teve como destino o mealheiro dos 3. 

O canal Panda deu finalmente os parabéns à Constança (não consegui para o dia de anos), mas nem por isso fez menos sucesso. Ela ficou tão contente que tivemos de ouvir a música vezes sem conta e até gravei no telemóvel para ouvir na rua. A Martinha e a avó Cila também fizeram anos no final do mês de Maio. Fizemos um Cheesecake de morangos para a Marta e cantámos os parabéns e claro que a Constança delirou. 

O tempo bom chegou e temos comido imenso no jardim, ao almoço e ao jantar. Os miúdos adoram, excepto a parte de pôr a mesa. Já só quero calções, roupa fresca e T-Shirts de folhos. Já abandonei os ténis pesados e as botas e já só calço sandálias e Paez e até já encomendei umas para o Afonso. Já tinha preparado um kit para a praia para a Contança mas ficámos super contentes com o prémio da Imaginarium que ganhámos no facebook, e que trazia tudo o que ainda fazia falta, incluindo um poncho em turco e uma lancheira. 

7.6.17

Becel ProActiv


O colesterol é uma substância que é produzida naturalmente no organismo e que desempenha um papel vital na forma como as células funcionam mas quando em excesso é prejudicial sendo um dos factores de risco das doenças cardiovasculares.

A ingestão elevada de gorduras saturadas contribui para um colesterol elevado. O colesterol LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade) também conhecido por "colesterol mau", pode acumular-se nas paredes arteriais causando danos. É importante ter um bom colesterol HDL (Lipoproteína de Alta Densidade) pois este é capaz de remover e transportar o colesterol das artérias para o fígado onde é eliminado.

Com algumas alterações na nossa alimentação e estilo de vida podemos manter os níveis normais de colesterol ou mesmo reduzi-lo. Com Becel ProActiv Sabor a Manteiga é fácil, porque este creme vegetal mantém o delicioso sabor a manteiga mas com menos 78% de gordura saturada que a manteiga tradicional. Para além disso, contém esteróis vegetais que reduzem activamente o colesterol até 7-10% em apenas 2-3 semanas. Contém ómega 3 e gorduras polinsaturadas essenciais. Pode ser utilizado para barrar torradas ou mesmo como topping em legumes, massas ou arroz.

Foi um prazer fazer parte desta campanha Youzz e testar este produto que eu não conhecia. Temos um pai cá em casa que apesar da dieta toma o comprimido do colesterol. Era óptimo que deixasse de ser preciso. No entanto todos gostaram e o Afonso até prefere esta «manteiga» à tradicional em torradas. Atenção que a ingestão de esteróis vegetais não é recomendada a crianças com menos de cinco anos e grávidas.

Se quiserem ser youzzers, testar produtos e dar a vossa sincera opinião, inscrevam-se aqui. 

25.5.17

Nós


A verdade é que eu não precisava de nada disto mas precisava. A verdade é que tu sempre sabes o que eu preciso e quero e simplificas. Afinal também tu talvez. A verdade é que afinal deveria ser preciso isto de recapitular, revalorizar para podermos então celebrar. A verdade é que este último ano tem sido um desafio a todos os níveis, físico mas também psicológico porque nos pede uma disponibilidade que por vezes ao final do dia com tantos, não temos. E o cansaço e o desafio de gerir família e empresa juntos. De tentarmos tirar um dia, o nosso, os dois e até à ultima não sabermos se vamos desmarcar. E por isso um dia com massagem, praia, vagar, almoço em frente ao mar e tempo para parar sabe a tanto. E a verdade é porém só esta, eu não queria estar noutro sitio, com outro alguém ao meu lado. Quero esta vida, quero-te a ti, ao meu, às tuas e sobretudo à nossa. Porque tu és o meu grande amor. 

Gostava de me lembrar desta noite por muitos anos. O risotto de cogumelos selvagens, vieiras grelhadas e molho de crustáceos e o Vinho fantástico. Mas provavelmente recordarei a ginástica do nosso primeiro jantar a dois em mais de um ano, o babysitting da mana mais crescida que agradecemos tanto. Cinco anos depois (já?), no mesmo sitio*e provavelmente à mesma hora. Ainda me surpreende o tanto que aconteceu entretanto.

Que o nosso dia 25 perdure até à eternidade era tão só isto que eu precisava ouvir.

* Hemingway - Restaurante Marina Cascais

17.5.17

Santini - Visita à Fábrica



Lembro-me perfeitamente de visitar a fábrica de collants do pai de um colega do colégio em criança. Achei piada a como tingiam, e a todo o processo. No final as meninas trouxeram collants coloridos para casa e os meninos de vidro para darem às mães. Lembro-me de visitar a Central de Cervejas, e a Progelcone e de trazer refrigerantes e um saco de cones. Também me recordo de ir com o meu avô visitar uma fábrica de bolachas lá ao pé da casa dele em Santa Iria de Azoia, e das bolachas, lembro-me tão bem daquelas bolachas. É engraçado ver o lado por detrás do pano. Como se fazem as coisas. Foi por isso que quando vi que no Santini Lovers dava para rebater os pontos por uma visita à fábrica e ainda para mais para 5, achei que era a nossa cara. Acabámos por ir a convite o que ainda soube melhor. Trataram-nos muito bem. A nós juntou-se a minha sogra, cunhada e a bebé Constança, e em vez de cinco totalizámos sete e meio. Acho que visitar uma fábrica de uma coisa que adoramos ainda tem mais valor. Foi uma luta chegar com todos a tempo e horas da visita, apesar de ser mesmo ao pé de casa. Tivemos de ir durante a semana e logo de manhã para ver tudo a acontecer. Antes de entrarmos tivemos de nos equipar por questões de higiene com touca, sapatinhos e bata. Vimos desde a chegada e selecção da fruta, que tem de estar no ponto, à sua lavagem, separação e depois a concepção em si. A sala do segredo é a mais bem guardada. É tudo impecavelmente limpo e feliz, com desenhos alegres nas paredes. Há um controlo de qualidade e um enorme orgulho que se sente em quem lá trabalha. No final pudemos provar alguns gelados acabados de fazer e que são ainda melhores imagine-se, porque apesar dos gelados Santini sempre sempre muito frescos, estes ainda mantêm a cremosidade original pré-congelação. A visita terminou na secção de bombons, o fim não poderia por isso ser mais doce.
 

Espero que um dia os miudos se recordem desta visita como eu recordo as da minha infância, quando mais não seja que apreciem com outros «olhos» a qualidade de cada gelado Santini.