15.5.16

1 mês de Constança


No Domingo passado a Constança fez um mês. Não dei pelos dias, nem pelas horas. Foi tudo rápido demais. Os miúdos quiseram festejar, fazer um bolo, cantar parabéns. Fizemos uma receita de bolos com números que vinha na revista da Bimby que a minha mãe tinha trazido essa semana. A cobertura leva queijo e chocolate branco, e tem tanto de bom como de calórico. Nesse dia uns amigos visitaram-nos e fomos tomar café ao Parque. Os miúdos jogaram à bola e brincaram, nós apanhámos sol e descontraímos. Sabe bem aproveitar o sol nos intervalos da chuva. Da feira de antiguidades que estava no parque trouxemos livros de histórias giros por 1€, para lhes lermos à noite. 

Com um mês a bebé Constança pesa 3750 kgs e mede 51 cms. 

13.5.16

Três para quatro semanas - bebé Constança

 


Estamos as duas durante o dia, num namoro absoluto. Das três para as quatro semanas a Constança parece que duplicou. Tem bochechas, tem refegos. Fui pesa-la à farmácia entre consultas, continua em exclusivo a leite materno. Adoro amamentá-la, é tão especial. Dorme mais horas mas também tem mais cólicas. Tentamos tudo para a ver feliz. Esta semana experimentámos a banheira Shantala e demos gotinhas na chucha de Aero-Om, fizemos massagens (muitas) e até cantámos (não que isso ajude em alguma coisa mas distrai-a). Ela adora o banho, o colo dos irmãos, o mimo. Adora estar ao peito, ouvir o meu coração. E esta semana começou a andar literalmente colada a mim no Kanguru. Vamos buscar juntas o mano à escola, vou pô-lo sozinha de manhã (o seu momento de «filho único» do dia). 

Tenho feito poucos DIY, uns sacos de alfazema para o roupeiro dela e pouco mais. Não me sobra tempo. Entre consultas e pesagens, e o exame acústico, e o meu dentista e as minhas consultas pós-parto, entre os irmãos, as actividades, os TPC, a maminha de 3 em 3h e a casa o tempo voa. 

Continuam a faltar-me 3kgs para o meu peso, continua a não me apetecer comer carne e faz-me falta para evitar a anemia. Só me apetece peixe grelhado todos os dias, couscous, marisco, sushi, abacate, capuccinos da Dolce Gusto e torradas em pão integral. E chocolates e pasteis de nata mas tenho controlado. 

12.5.16

A Constança e a dinâmica das relações


No Sábado passado a Mafalda tinha uma festa de anos no bowling. O Afonso quis jogar também mas não é da turma da Mafalda pelo que não tinha sido convidado para a festa. O Carlos tentou arranjar uma pista mas não havia qualquer hipótese, estavam lotados. Os pais do Dudu, o aniversariante, depressa incluíram o Afonso no grupo, que ainda por cima é colega do karaté e conhecem perfeitamente. A Mafalda depressa apresentou o Afonso como seu irmão. Isto aconteceu um mês depois da Constança nascer, até então era apenas o filho da namorada do pai, um amigo, um irmão emprestado quando muito. 

Muitas vezes me questionei se o Afonso e as meninas manteriam o contacto depois de já não andarmos por cá. Elas estão presentes nas memórias dele desde bebé mas nada os liga consanguineamente. 

Ainda me lembro quando começámos a namorar termos ido a um evento para crianças e eu andar a brincar com os miúdos e a televisão nos vir entrevistar. Quando perguntaram à Mafalda se ela se estava a divertir com a mãe ela respondeu muito rápido em directo: Ela não é minha mãe ;) - com toda aquela sinceridade directa que caracteriza os miúdos. Ao início os miúdos explicavam tudo - quem era irmão pai e mãe - com o tempo deixaram de dar satisfações. É normal quando saímos todos juntos pressuporem que somos todos de uma mesma família e que eu, valente moça, serei a mãe dos quatro. Já não ligamos. Afinal somos uma mesma família sim senhora, a nossa, a que construímos. 

É engraçado no entanto perceber que para eles as coisas mudaram. Neste momento somos uma família efectivamente porque a mana é de todos. A Constança é um elo comum. 

O tempo não é igual cá em casa entre cada um. As meninas estão connosco às Terças para além do fim-de-semana do pai, e a Mafalda ainda vê o Afonso no karaté às Segundas. O Carlos ainda a leva às Quartas e Sextas. O Afonso também tem os seus dias com o pai. Mas é bom sentir que temos os nossos dias todos juntos que fazem falta e fazem agora mais que nunca todo o sentido. Como fortalecer os elos entre irmãos se assim não for?

Nos primeiros dias após o nascimento da Constança, com o pós-parto de cesariana a gestão fez-se difícil, mas entretanto tudo se ajustou. Vai ser bom ver a relação dela com os irmãos florescer e a nossa dinâmica enquanto família mudar. Haja o que houver ela será para sempre irmã dos três.

11.5.16

Dia da mãe (com atraso)


Este foi o primeiro dia da mãe com os dois e por isso mesmo foi muito especial. Seguido de uma semana difícil com o Afonso internado e carente de atenção em que para além de mãe me senti um género de super mulher. Apesar do final de tarde atribulado e das tentativas tolas de me arruinarem o dia, sabemos, sentimos, que o amor vence sempre. E terminámos com mimos mais que muitos, fotografias lamechas e pizza. O almoço foi com a minha mãe e avó, mimei-a muito (e ela a mim com o bacalhau que eu adoro) que ela bem merece. 

Na Segunda-feira houve pequeno-almoço com as mães no Colégio e a Constança foi connosco e portou-se tão bem. 

8.5.16

Gente bonita come Fruta Feia



Finalmente fazemos parte desta família. Ao fim de um ano e meio em lista de espera somos finalmente sócios da Fruta Feia, um projecto que visa combater o desperdício alimentar reaproveitando aquela fruta menos bonita que fica fora do circuito de vendas tradicional por não ter as medidas ou especificações certas. Pela quota anual pagamos 5€ e recebemos um saco catita da Fruta Feia para transporte. Semanalmente podemos escolher entre o cabaz pequeno que custa 3,50€ (com 3 a 4 kgs e 5 a 7 variedades) ou um maior 7€ (6 a 8 kgs e 7 a 9 variedades). A fruta e vegetais são vendidos em cabazes semanais a preços simpáticos distribuídos em determinados locais. Os cabazes não vendidos vão para a Refood. Não podíamos estar mais felizes com isto, a fruta é optima e de feia não tem nada. Semanalmente vamos buscá-la à SMUP, uma associação linda que foi recentemente reconstruida com verbas do Orçamento Participativo de Cascais. Na antiga SMUP fizemos muitas festas de natal do Pinheirinho. Foi também palco de muitas tardes de snooker quando eu era adolescente e estudava no Colégio Portugal. Mais tarde e já na Faculdade fiz lá teatro e fui bailarina. É com muito orgulho e nostalgia que vejo a nova SMUP de cara lavada e cheia de projectos giros. Adoro ver a Parede reinventar-se.  ´

Pelo correio chegou um kit giríssimo da Compal Veggie. E os miúdos quiseram logo experimentar e aproveitaram as ementas para brincar aos restaurantes. Esta é uma forma alternativa de introduzir vegetais na alimentação. Junto ao kit vem um livro de receitas para fazer cocktails. 

Por estes dias também comprámos tomateiros no Lidl que plantámos junto com os morangueiros na nossa horta vertical. Pelo correio também chegaram as sementes das Heinz que plantámos em caixas de ovos vazias e que estão num género de despensa estufa a crescer. Vai ser o ano dos tomates nesta casa. No jardim o limoeiro ameaça (finalmente!!!!) dar limões e eu nem acredito que vou ter finalmente o meu primeiro limão!!!

29.4.16

Um 25 de Abril diferente do que estávamos à espera

O meu amor crescido recebeu com tanta alegria a mana mais nova. Ela trouxe-lhe um CD com músicas que ele gosta mas trouxe com ela muito mais que isso. Ela é o presente. Carinhoso quer participar em tudo, penteá-la, vesti-la, quer vê-la sempre, enchê-la de beijos a toda a hora mesmo quando está a dormir. Diz que a ama. Pergunta-me se ela sabe disso. Dá-lhe a sua bochecha para ela lhe retribuir os beijos. Sente beijos dela (é o único até agora :) E ela abriu pela primeira vez os olhos ao ouvir a voz dele. 

E o Dengaz também tem uma andorinha tatoada na mão. E por cá já pendurámos a nova andorinha à porta. E o Afonso só me fala em acrescentar a mana antes do dia da mãe, que era a prenda deles. 

E chega o dia 25, o dia em que ela devia ter nascido, o nosso dia tão querido e almoçamos frango assado para matar saudades e ele quer um gelado à tarde mas diz que dói a barriga. Depois bebe água e diz que está mal disposto e vomita. E depois vomita outra vez e outra, e muitas outras, tantas seguidas que perdi a conta. E depois já só sai bílis e ele fica pálido. E depois vamos ao hospital e pelo o caminho paramos várias vezes para ele vomitar. E no hospital enquanto esperamos vomita vários sacos. E estava imensa gente. Tantas crianças. E quando muitas horas depois nos atendem estava fraco, desidratado. Tem sede mas não aguenta a água nos lábios. E fica em observação e fazem análises, e recebe muito soro. Muitos sacos. E continua a vomitar. E depois vem a febre. E a diarreia. E cada vez que tenta beber água ou comer uma bolacha vomita. E passa um dia inteiro e é internado. E todos no hospital são simpáticos e queridos, e o quartinho é lindo e tem bonecos nas paredes, mas não é a nossa casa e nós queríamos estar em casa. Ainda há pouco tempo a mamã estava no hospital, ele diz às enfermeiras. Diz que sou a pessoa que mais ama no mundo. Quer mimo. E é verdade ainda agora nos tínhamos reunido e já estamos separados de novo. E eu divido-me entre ele e a irmã que está no carro e que vou amamentar de 3 em 3h. É uma gastroentrite viral que atacou forte e feio. É contagioso. Cada vez que saio e entro desinfecto-me toda. Foi duro. Mal dormimos por estes dias, mal comemos. Mas o pior é o sentimento de impotência que como mãe senti, a vontade de tomar as dores dele. 

Obrigada mãe, uma vez mais, pela disponibilidade, pela entrega mas sobretudo pelo carinho que também lhes tens. Quem meus filhos beija minha boca adoça. 

Às enfermeiras e médicos do Hospital de Cascais um grande bem-haja. Profissionais meigos e atentos que nos trataram tão bem, a diferença entre um emprego e uma vocação. E aos Dr Palhaços que nos animaram no dia mais cinzento que passámos no SO, obrigada por o fazerem sorrir. Até parece que dói um bocadinho menos. Ficámos impressionados com as condições, dos quartos, às salas de apoio, leitura, brincadeira, diz que até há cinema aos Sábados. Deixámos um brinquedo nosso para outros meninos e para trás a memória de um 25 de Abril que não foi bem o que nós esperávamos. 

28.4.16

Primeiras semanas de bebé Constança


Voaram estas primeiras semanas. Entre registar, fazer teste do pezinho, consultas de pesagem e outras da mãe e o corre corre de ter miúdos dois fins-de-semana seguidos, e rotinas de sono alteradas, o tempo voou literalmente. Estamos esgotados, felizes mas muito cansados. Nem ele nem eu nos recordávamos muito bem deste estado de «piloto automático» que advém da privação do sono. No entanto basta olhar para ela, para aquele olhar atento e sorriso aberto para ficarmos completamente rendidos seja às 14h da tarde ou às 3h da manhã. Não tenho medo de a mimar demais, de dar colo demais, nada disso. Quero aproveitar cada segundo de mimo e colo enquanto pesa pouco, enquanto é pequenina, embala-la muito a cantar baixinho enquanto cabe no meu braço porque já sei que passa tudo tão rápido. 

Na primeira semana a bebé Constança recuperou o peso de nascença e na segunda chegou aos 3 kgs. Mama bem de três em três horas. Parece que tem um relogiozinho suíço dentro dela a bater as horas certinhas. Só chora para mamar e quando dói a barriga. Olha atenta para tudo, mexe muito pernas e os braços, agarra com força os nossos dedos e dos manos, puxa os meus fios e o meu cabelo e adora tomar banho. Eu digo-lhe que está no Spa ela ri. Faz barulhos engraçados (muitos) e o pai já lhe vê dentes a nascer hehe Com poucos dias de vida já revelou muitas manhas, na prática só quer colo e mimo e refila se a deitamos cedo demais. Nasceu com os sonos trocados, de noite era quando queria conversa e brincadeira, mas já os acertou. Tem muitos soluços como tinha ainda na minha barriga. 

Quando chegámos a casa eu vinha com um enorme desejo de sushi, mas era Segunda e tive de esperar. Na Terça depois de a registarmos passamos pelo Tamagoshi para trazer uns Temakis California. Nunca o sushi me soube tão bem. Para compensar tínhamos imensos mimos no correio à espera. Uma experiência Spa para dois que vai saber bem para compensar as noites mal dormidas, um kit Youzzer Compal Veggie, um saco com mimos para a Constança, O livro da minha família de duas ou mais patas e o livro Eu Sou Malala.

Perdi 8 Kgs quando saí da maternidade ficaram 3 Kgs a mais que teimam em não desaparecer. No entanto conto voltar brevemente à ginástica, um mês intensivo no Viva Fit para experimentar. Na semana passada entusiasmada arranjei roupa nova para me motivar.