No dia 15 de Agosto fiz 39 anos e embora ainda não sejam os 40 já merecem um balanço. Sinto-me a meio da corrida mas sem pressa para chegar à meta. Não me assustam as rugas nem os cabelos brancos. Assusta-me o cansaço que poderei sentir, a saúde que poderei não ter e a forma como isto afectará o acompanhar dos meus filhos no seu crescimento. À parte deste à parte, tudo o resto me agrada. Tudo aquilo que vivi, construí, e aprendi. Mesmo a partes menos boas, as lições que me trouxeram. Gosto muito da pessoa que sou, da minha honestidade, força, coragem, transparência, resiliência, mas também da forma como me dedico aos que amo. As minhas certezas, a segurança que fui adquirindo. Tenho muito orgulho no meu percurso pessoal, académico, profissional, nos objectivos a que me propus alcançar. Na alegria que sinto na vida, no trabalho e nas certezas do que quero construir. Orgulho-me da família que construímos e deste amor que tanto demorei a encontrar, a felicidade do dia-a-dia, que se encontra mesmo depois de uma manhã de stress com 4 filhos para levar à escola, um que não acorda, um que não come e um que não se despacha (há sempre um que colabora :)). Sim, porque nem todos os dias são de sol, mas quando sabemos com certeza que é ali que queremos estar tudo se (des)complica e faz sentido. Eu aceito-te e amo-te, e tu a mim, mesmo nos dias cinzentos. Sobretudo nos dias cinzentos. És a minha pessoa.
E deste balanço só posso sentir-me muito agradecida mas sobretudo muito orgulhosa. Porque o caminho fez-se caminhando mas eu sinto algum mérito nesta passagem. A felicidade não me caiu no colo, conquistei-a. Ter este amor, a bênção destes filhos, o nosso milagre «Constança» foi uma conquista em nada fácil e em tudo longa.
Sinto-me melhor aos 39 que aos 29 ou mesmo aos 19, e não só por ter deixado de fumar, mas também porque apostei numa alimentação mais saudável, comecei a fazer exercício e fisioterapia. Ter feito a minha licenciatura e mestrado, uma tese que teve interesse para Actividade Seguradora e um livro de poesia editado, são etapas deste meu crescimento. Ao mesmo tempo este interesse crescente pela nossa empresa e satisfação pessoal com aquilo que faço, também foi um processo.
Por tudo isto é bom festejar e brindar rodeada dos que me são queridos. E este ano festejei três vezes, ao almoço no Algarve com a família do Carlos, à noite na Feira de Artesanato do Estoril com a minha e no fim-de-semana entre amigos.
O José fez o já tradicional chili que estava fantástico. A Susy fez uma tarte de requeijão da qual eu seu mega fã e que cuja receita está dia melhor- A noite esteve ventosa e foi pena. porque acabei por não acender as tochas e até voaram brindes. Diz que dá sorte! O anexo lá serviu de apoio, mesmo sem lavatório ou cozinha completa. A música foi dos anos 80 e não faltaram os flamingos!
Quanto a prendas a minha mãe surpreendeu-me com
a pintura da Mariana A Miserável mas não sem antes me assustar, pois na noite em que o Carlos estava a comprá-la fomos mudar uma fralda e ela desapareceu do carrinho de compras, mas afinal sempre veio parar ao mesmo destino. Foi também o ano em que recebi uma mala linda amarela da Tous do meu amor e uma mala de viagem, como eu nunca tive, dos meus filhos queridos. Os amigos também me encheram de mimos bons. Das marcas que também dão miminhos de aniversário, destaco a Springfield que me deu um chapéu de palha para substituir o que perdi no fim das férias, uns chocolatinhos da Hussel, um gelado do Santini, as máscaras da Sephora e um jantar na Portugália. Assim fazer anos sabe ainda melhor.