8.10.13

Era uma vez


Ontem foi a reunião de pais e foi bom estarmos juntos neste início de ano para sabermos deles. Cresceram tanto, todos. É giro rever a cara dos pais, já nos vamos conhecendo de outras reuniões, encontros e festas de anos. A Dina faz sempre umas actividades para nos «deixar» (ou não) à vontade, e lá vamos criando aquela cumplicidade típica de pais aflitos. Ontem foi contar uma história com um fósforo a arder na mão, a ideia era sermos rápidos, porque os miúdos perdem a concentração facilmente. Este jogo insere-se no tema da turma deste ano, que é o «Era uma Vez». Aos pais vai ser pedido que representem na turma um dia, e que venham noutro falar da sua profissão. O projecto, diz a Dina, é fazê-los sonhar, ouvir histórias, representar teatros, valorizar os livros. Vamos fazer uma biblioteca, e vamos levá-los à biblioteca.

Lá em casa já fazemos isso, já lemos muitas histórias, sobretudo antes de dormir. Ultimamente andamos a ler histórias dos grandes compositores, uma colecção de livros que a avó Cila em tempos fez do Expresso. Do compositor que descobrimos à noite ouvimos o CD no carro na manhã seguinte a caminho da escola. O que o Afonso mais gostou até agora foi Verdi. No dia da música a Dina levou estes mesmos livros para a aula, e pintou claves de sol e pautas na cara deles. 


Como é que acaba esta história? Acaba assim: Era uma vez uma escola gira, cheia de miúdos engraçados, com uma professora criativa e uns pais cheios de boa vontade, e juntos viveram um ano lectivo cheio de magia. Vitória, vitória...

5.10.13

Sábado



Acordámos cedo e com vontade de andar por Lisboa. (Re)visitámos Saramago numa casa que é sua. Da Conserveira trouxemos o que imaginámos e o que entretanto descobrimos. Do Martim Moniz à Baixa, daí ao Campo das Cebolas, Rua da Madalena e Martim Moniz outra vez. Por aqui assentámos arraiais com apetite e genuína vontade de descansar. Comidas do mundo, uma esplanada num dia sol, e música boa. Por ali ficámos até nos apetecer. Em seguida Graça e depois Chiado. Vintage Bazar. Café na Brasileira. Música nas Praças, S. Carlos com miúdos cheios de talento, Ruínas do Carmo cheio e com vozes feitas de estrelas de céu. Uma feira do livro usado entre a Bertrand e A Vida Portuguesa, e duas BD's a regressarem connosco para casa. 

Foi bom ver Lisboa assim, cheia de movimento, iniciativas, pessoas, cultura e vida. 

4.10.13

Fim-de-semana


Objectivo – encher o coração de coisas boas. Sentir o prazer de não me deixar corromper por pressões que não sejam as determinantes à nossa felicidade. Deixar-me levar por abraços intermináveis e ter fé em tudo o que sejam palavras bonitas e a terminar em «inho», porque este dia é um arco-íris e o sol decidiu brilhar. Aproveitar estes nossos dias para namorar e fazer projectos. Correr. Tomar pelo menos um banho de espuma a ouvir música. Cantar no carro alto e mal porque ninguém me está a ouvir. Fazer pratos novos, com poucas calorias mas ricos em sabor. Sopas. Cozinhar aqueles pimentos italianos deliciosos e enormes, que descobri no Lidl. O nosso novo chá de baunilha. Dormir muito, ler mais ainda. Corto, álbuns novos. Passear por aqui e por aqui. E no final do dia enroscar-me na manta mais macia do mundo, a ver episódios gravados de séries que gostamos. 

Leite Aptamil


É de aproveitar o desconto em leite Aptamil 4 e 5 até Domingo em talão Continente. As caixas trazem de oferta uma embalagem de cereais de trigo integral, com opção entre mel e chocolate. 

3.10.13

Eu e os super-heróis


Travo uma luta titânica com os super-heróis. É uma luta antiga e um bocado inglória. Afinal de contas eu sou apenas uma mãe e eles são SUPER-HERÓIS. A questão é que eu gostava que eles usassem menos armas, lutassem menos e fossem menos violentos, mesmo que em causa esteja o planeta Terra e a população mundial. Mas isto sou eu e os super heróis podem mais do que eu. Desde miúdo que o tento proteger o Afonso destas coisas, ao ponto dele quando está a brincar com outros rapazes usar uma asa de frango de plástico para fazer de pistola. Eu sei que não o posso proteger para sempre, que ele é rapaz e que estas coisas fazem parte, mas no meu entendimento ele tem tempo e há tantas alternativas menos violentas. Quando me divorciei a psicóloga da escola que avaliou o Afonso falou-me nisto, de como podemos oferecer-lhes alternativas para não promover a violência numa altura mais conturbada. Hoje é o Afonso que diz, mãe estes desenhos são para crescidos. Sei que no pai os hábitos não são iguais aos da casa da mãe. Sei que na escola brincam aos Gormitis e mesmo com o «mano do coração» a brincadeira preferida é ao Star Wars, mas também sei que os sabres de luz não existem, e que nele, Afonso, vence sempre o lado bom da força. O Afonso é um menino meigo e amoroso, e enche-me de orgulho que seja beijoqueiro e meloso, e que diga à boca cheia «Eu amo-te mamã.» sem reversas nem complexos. Tenho consciência porém, que em certas ocasiões me vai surpreender com o que já sabe, e vai sempre arranjar formas mais elaboradas e criativas de contornar as minhas regras. Ontem de manhã imitava um zombie com os braços levantados, e quando lhe perguntei como é que ele sabia que os zombies andavam e faziam assim, falou-me nuns bonecos que a avó deu. Até eu já cedi num ou noutro brinquedo, que não vendem as tartarugas Ninja sem os seus acessórios, mas, se eu puder, vou prorrogar esta fase de inocência mais um bocadinho (até aos 18 era o idealJ). É que as guerras, as armas químicas, o buling, não são infelizmente ficção científica e é tão bom ser criança e não conhecer ainda esta realidade.

Sei no entanto que cada vez será mais difícil a minha luta. Afinal de contas como é que eu explico ao Afonso que brincar com espadas é feio se o Zorro usava uma? E que não devemos lutar como o Super-homem, quando ele até salva as pessoas?

30.9.13

Votar


Ontem fomos votar, fomos com os miúdos e cheios de orgulho. A mamã que está afixada desde a semana passada num panfleto na porta do frigorífico, era para estar a trabalhar, mas as mudanças de mesa trocaram-nos as voltas. Fui votar pela primeira vez nesta mesa e nesta escola, e levei pela primeira vez um Afonso curioso e consciente. Pelo caminho lá fomos explicando que é muito importante votar, e votar em consciência, mesmo que não nos identifiquemos com nenhuma das opções propostas. É importante votar, mesmo que em branco. Gosto de promover a consciência de que o voto é não somente direito, pelo qual muitas gerações lutaram, mas também uma obrigação cívica. O voto é a nossa forma de representatividade e sinónimo que vivemos num país democrático. Não consigo compreender um «Não fui votar porque estava a chover muito.», do mesmo modo que não compreendo a vitória consecutiva e retumbante da abstenção, num país marcado pelas manifestações e greves ao longo do ano. Se esta é a nossa voz, porque não a usamos?

O Afonso já viu como é, agora só falta crescer.




29.9.13

Amarelo


Passámos o Verão a falar de piqueniques aos miúdos, e por um ou outro motivo fomos adiando. No fim-de-semana passado visitámos o Buddha Eden e lá fizemos o tão aguardado piquenique, mas sem miúdos. O Afonso ficou inconsolável, que eu não podia ter feito piquenique sem ele, onde me fui meter. Daí que combinámos repetir a coisa neste fim-de-semana, é que deste não passava. Estavam, Mafalda e Afonso, em êxtase e não é que se põe este tempo? É que só dá vontade de chá, chocolate quente, biscoitos, jogos de tabuleiro e filmes no sofá, mantas quentinhas e pantufas o dia todo. Piquenique? Só se for na relva da sala.

O sol hoje não espreitou lá fora, mas cá dentro foi amarelo por todo o lado, nas Waffles do pequeno-almoço com doce de pêra da mamã, no bolo de limão e iogurte e nas meias que avó Cila comprou para o Afonso e para a mamã. É oficialmente Outono. 

26.9.13

Rota das artes

Rota das Artes, Pedro e o Lobo

Estou desejosa desta noite, e deste programa. Vamos ver o «Pedro e o Lobo» de Prokofiev aqui graças ao Estrelas e Ouriços. Quando era mais miúda herdei uns livros enormes que traziam uns discos vinil e uns desenhos lindíssimos, cheios de pormenor, com diversas histórias. É daí que me recordo do «João Pé de Feijão» e deste «Pedro e o Lobo». Eu julgo que eram da Disney, sempre me agradaram as árvores da Disney de todas as cores do arco-íris. 

Esta semana terminámos, Afonso e eu, de ler o livro do Gerónimo Stilton, e decidi continuar na mesma onda de livros para mais crescidos, afinal de contas já se impõem outras histórias e o Afonso é tão curioso. Começámos então a ler uma colecção de livros dos grandes compositores e começámos logo por Beethoven. Aprendemos como Ludwig quer dizer Luis e Beethoven horta de beterrabas, como teve tantas namoradas que o seu «Para Elisa» era na verdade para Teresa, e como mesmo surdo continuou a compor sinfonias magníficas. No final do livro fiz-lhe perguntas de despiste, e deduzi que percebeu a maior parte da história. De manhã, no carro para o colégio, fomos a ouvir o CD, e depois de ver o olhar desconsolado do Afonso pelo retrovisor perguntei «Então Afonso, não estás a gostar? Não era o que estavas à espera?» ao que respondeu «Não mamã. Esta música deixa-me triste.» - Não é precioso
Mudei imediatamente de música para a Sinfonia N. 5, e comecei a orquestrar com o dedo, o Afonso a rir disse «Esta parece que vai acontecer qualquer coisa perigosa mamã.». 

Não é a primeira vez que o Afonso assiste a um concerto de música clássica, na verdade mesmo em bebé assistiu a alguns concertos de Música Clássica para Bebés no Olga Cadaval em Sintra, no entanto sinto que é agora que começa a formular as suas opiniões e eu quero estimulá-lo ao máximo para que opine e faça as suas escolhas sozinho. 

25.9.13

Hoje


Hoje é um dia especial. É um dia nosso, sem miúdos. Um dia para celebrar o que demorámos tanto a encontrar. Hoje é um dia que se deseja sem stress, para saborear sem pressa e com calma. Hoje sinto-me extremamente abençoada e feliz. Hoje vamos festejar com coisas simples que nos são caras e dão aos dois um gosto especial. Hoje podemos chegar mais tarde a casa, não temos horas nem obrigações. Hoje celebro esta alegria imensa de ser tão feliz ao teu lado, do tanto que lutamos por isso, do quanto merecemos. Hoje será o que nós quisermos mas sempre um recomeço porque o amor não é um lugar mas uma viagem. No final do dia quando olho para ti, sei que vale a pena, que só assim faz sentido. Hoje o Catarina é para dois, e qualquer palco é oportuno desde que me dês a mão. 

Throttleman & Kidzania

Imagem mailing Throttleman

24.9.13

Saudades


Adoro, quando vamos os cinco a correr para a fotografia e das várias tentativas até que fiquem todos bem. Da preparação que uma fotografia automática exige e de como, ao final de muitos amuos, reclamações e risotas lá conseguimos ter uma de jeito que todos gostam e querem ficar.

Este tempo faz-me sentir gigantes saudades do Verão. Saudades de estar dentro de água a brincar com os miúdos, ou na praia a comer uma bola de Berlim com creme e sem remorsos. Este tempo esquisito que não é nem deixa de ser, abafado e húmido, faz-me sentir saudades de acordar sem horas, e dos dias ditados pela comida dos miúdos e pelas sestas, e pela recolha obrigatória nas horas de maior calor.

19.9.13

...

Há alturas em que um abraço nos consola e nos reconforta de forma reparadora. Naqueles dias, em que o avesso das coisas nos dói, em que nada está certo porque não. Nesses dias o teu abraço é o meu abrigo. Na minha inquietação constante, no meu burburinho tu és a minha praia, e varres os meus desassossegos como uma brisa forte. E eu fico bem. Tão bem. 

Há uns tempos um padre falava de como devemos ser honestos, ter coragem, agir. De como as queixas não resolvem as equações, e de como as acções, ao invés, mudam o mundo. Um discurso que entendi para mim numa sala cheia de ouvintes. Nem sempre as escolhas determinantes são livres de obstáculos. Nem todo o caminho é de terra batida. É difícil saber o que está certo quando tudo se complica - ai os sinais. E eu que arrisco sempre, que vou a jogo mesmo quando estou cheia de medo, peco por excesso. 

No final do dia ainda é cedo para saber se tomámos a decisão certa. O tempo dirá. Seguir o que nos diz o coração é sempre a melhor opção, quando podemos claro.

Ao fim de três de semanas e muitos meses disto, soube bem ouvir outras palavras. E comemorar o dia de hoje com o meu sorriso que tu tão bem entendes. Isso e uma omeleta de camarão com batatas fritas. É tão simples ser feliz. 

18.9.13

Campanhas


Imagens H&M e facebook C&A  campanhas vistas em Tralhas Grátis

O regresso às aulas coincide com uma altura de mudança de estação. Não raras vezes é necessário comprar calças, meias, sapatos, casacos, porque de um ano para o outro eles crescem tanto que deixa tudo de servir. É por isso que estas promoções acabam por ser uma boa ajuda.

No caso do Afonso a maior parte da roupa de Inverno são fardas do colégio, pelo que aproveitámos a promoção da H&M para comprar pijamas, cuecas e meias. Era suposto o desconto ser dado em cartão, mas acabaram por nos fazer o desconto na altura. 

A campanha da C&A termia hoje e a da H&M dia 22.O vale da H&M dá para imprimir aqui

16.9.13

Regresso às aulas

2012 - 2013

Hoje foi o primeiro dia de aulas do Afonso. Há um ano atrás também tirámos uma fotografia da primeira ida à escola. Este ano repetimos também a fotografia do primeiro dia com farda. É incrível ver como cresceu e o tanto que aprendeu e se desenvolveu num ano de escola. Gosto de pensar que também faço o TPC e que puxo muito por ele em casa também. Porém, de vez em quando, sinto umas saudades gigantes daquela cara laroca de bebé, e do tempo em que me cabia inteiro entre os braços. O sentimento de o ver crescer é um misto de alegria, orgulho e nostalgia. 

Hoje começa uma nova aventura lectiva, cheia de novas aprendizagens e desafios. Bom regresso às aulas Afonso! 

14.9.13

Cinema em casa


Gosto quando nos juntamos todos a comer pipocas e a fingir que estamos no cinema. As pipocas de manteiga agradam a todos, e a saga de quatro filmes do Shrek também.

Estas pipocas PopZ tinham uma promoção, não sei se continua em vigor, na qual ofereciam um valor gratuito de aluguer de filmes no videoclube da Meo. 

11.9.13

Chegou Setembro


Já chegou Setembro. Cá em casa preparam-se as fardas, aplicam-se etiquetas com o nome, para o regresso à escola. Adoro esta máquina. As etiquetas para tecido duram uma eternidade, a roupa vai à máquina e não saem e continuam visíveis ao fim de um ano escolar e de muitas lavagens. O preço das fitas é acessível e a máquina foi um achado. Ainda não experimentei mas também vendem etiquetas para metal e coloridas. Fiz também etiquetas de plástico para o doce de pêra que fiz no fim-de-semana. Uns amigos trouxeram-nos um saco valente e algumas estavam já muito maduras, e como o Afonso adora compota não hesitei. À pêra adicionei canela e no fim um pouco de flor de anis. Está delicioso, o Afonso aprovou, e passou a semana a comer colheradas com e sem bolachas. Já eu, ando completamente rendida a umas bolachas que dão pelo nome Carr's com sementes de Sésamo, queijo Philadelphia coberto de figos. Todos os dias repito este ritual e é o meu momento, pelo menos enquanto houver figos. 

O tempo já está mais frio e já passamos mais tempo cá dentro. Enquanto a mãe devora Corto Maltese, o Afonso que já quer livros de crescido "anda a ler" que é como quem diz, eu leio para ele, um livro do Gerónimo Silton. Todas as noites lemos umas quantas páginas. Apercebi-me que ele já achava graça aos livros dos crescidos no Verão, quando à noite me pedia para lhe ler o livro que eu estava a ler em voz alta, e ficava atento a escutar-me, e fazia perguntas sobre a história. Anda frustrado porque ainda não consegue ler, e já lhe disse que tem de ter paciência que ainda faltam uns aninhos. 

9.9.13

Aviões


Nas férias fomos (quase todos) ver o filme «Aviões» da Disney. O Afonso adorou. Nunca antes tinha estado tão atento à história e tão satisfeito durante um filme. Mesmo não largando as pipocas, percebeu a história toda mas fez-me imensas perguntas de pormenor do género «Mãe o que é um formigador?». Nos dias seguintes só falava no filme e nas personagens. Adorou o «El Chupacabra» e agora só me pede o DVD, para ver em casa. A avó já tratou da caderneta que vem com uma revista cheia de actividades, um avião de papel, que a mamã lá dobrou e que até voa muito bem, e um Livro do Piloto. 

7.9.13

Branco


Já arranjámos solução para as alfaces e para os tomates, uma solução que não passa por moinhos de vento, mas que em contrapartida resulta com os pássaros. As janelas recicladas também servem de estufa, e foi ver o que as alfaces protegidas cresceram em relação às outras.

Ando entusiasmada com a pintura em spray, é prática, rápida e resultado é fantástico. Recentemente recuperei uma gaiola. O Afonso agora quer arranjar um passarinho para colocar lá, mas pássaros já temos nós cá por demais.