Ontem foi a
reunião de pais e foi bom estarmos juntos neste início de ano para sabermos
deles. Cresceram tanto, todos. É giro rever a cara dos pais, já nos vamos
conhecendo de outras reuniões, encontros e festas de anos. A Dina faz sempre
umas actividades para nos «deixar» (ou não) à vontade, e lá vamos criando
aquela cumplicidade típica de pais aflitos. Ontem foi contar uma história com
um fósforo a arder na mão, a ideia era sermos rápidos, porque os miúdos perdem a
concentração facilmente. Este jogo insere-se no tema da turma deste ano, que é
o «Era uma Vez». Aos pais vai ser pedido que representem na turma um dia, e que
venham noutro falar da sua profissão. O projecto, diz a Dina, é fazê-los
sonhar, ouvir histórias, representar teatros, valorizar os livros. Vamos fazer
uma biblioteca, e vamos levá-los à biblioteca.
Lá em casa
já fazemos isso, já lemos muitas histórias, sobretudo antes de dormir. Ultimamente
andamos a ler histórias dos grandes compositores, uma colecção de livros que a avó
Cila em tempos fez do Expresso. Do compositor que descobrimos à noite ouvimos o
CD no carro na manhã seguinte a caminho da escola. O que o Afonso mais gostou
até agora foi Verdi. No dia da música a Dina levou estes mesmos livros para a aula,
e pintou claves de sol e pautas na cara deles.
Como é que acaba esta história? Acaba assim: Era uma vez
uma escola gira, cheia de miúdos engraçados, com uma professora criativa e uns pais
cheios de boa vontade, e juntos viveram um ano lectivo cheio de magia. Vitória, vitória...