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18.3.22

Trend Circle a Moda de Luxo em Segunda Mão


A Trend Circle é uma plataforma digital de venda e aluguer de roupa e acessórios de luxo em segunda mão. O nome Trend de tendência e Circle de círculo pretende contrariar o fenómeno da chamada «Fast Fashion» ou moda descartável, dando uma nova vida a peças que, devido à sua maior qualidade e durabilidade, podem ser readquiridas ainda em excelente estado, mas a um preço mais acessível. Desta forma, Rita Araújo e Francisca Barroso fecham o ciclo, contribuindo ao mesmo tempo para diminuir a enorme pegada ecológica da indústria da moda.

Rita e Francisca conheceram-se na Faculdade de Economia do Porto, seguiram juntas para um mestrado em Gestão e depois partilharam durante um ano o trabalho nos escritórios da Adidas. Porém, só mais tarde, quando Rita regressou de um curso de moda em Paris, é que surgiu esta ideia de criar um espaço digital dedicado à venda de peças de luxo. Depois de ganharem uma bolsa do StarUp Voucher em 2020, lançam a Trend Circle em 2021 com artigos que compram e cuja autenticidade e estado de conservação cuidadosamente avaliam. 

A Trend também vende artigos à consignação e até é possível alugar um artigo para um evento ou apenas para ter a certeza antes de comprar. Na plataforma, pode encontrar marcas como a Gucci, Prada, Chanel, Louis Vuitton, Mochino, entre muitas outras. 

O que sentimos ao embarcar nesta experiência é o verdadeiro Love Affair das empreendedoras pela indústria da moda. Não conseguimos dissociar da experiência de compra a preocupação ecológica e a sustentabilidade, que vai desde a escolha de materiais de embalagens, ao packaging, passando pelos parceiros e colaboradores.

O cinto da Rocco Barocco* que recebi foi amor à primeira vista. Está em ótimo estado e veio bem acondicionado numa caixa de cartão com a inscrição «Make second hand your fisrt choice», juntamente com um tote bag a dizer «Clothes aren't going to change the world. People who wear them will». Tenho a certeza que a Rita Araújo e a Francisca Barroso vão ajudar-nos a fazer isso mesmo! Mudar a nossa mentalidade e consumo pode mesmo contribuir para mudar o mundo.

Se ainda não conhece o espaço, espreite aqui garanto que não se vai arrepender!

* Parceria/oferta

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17.11.21

O verde, as vacas e a manta de retalhos



 * 𝒱ℯ𝓇𝒹ℯ *

Do avião consegue ver-se nitidamente a manta de retalhos, tão característica da Terceira, mas nada nos prepara para este verde escuro e intenso da parte interior da ilha.

Apesar da cryptomeria japónica não ser originária da ilha e não deixar vingar a flora autóctone (à excepção dos musgos, fetos e roseiras bravas), não deixa de ser majestosa e imponente.

Na beira das estradas, pululam arbustos de hortênsias brancas, rosas e azuis.

Na Terceira, a flora e a fauna ainda comungam do mesmo espaço. Sentimo-nos privilegiados só por testemunhar.


* 𝙱𝚘𝚗𝚒𝚝𝚘 𝚎 𝚋𝚞𝚌𝚘́𝚕𝚒𝚌𝚘 *

Não sei por que ordem exactamente. Perco-me nestes campos verdejantes de pastoreio, que do céu parecem uma manta de retalhos, cuja costura é composta por muros negros de pedra vulcânica a que chamam biscoitos.

As vacas equilibristas sobem e descem na paisagem, felizes e alheias a outras realidades.

Não uso filtros, mas também não é preciso porque aqui sinto-me mais perto do céu e do paraíso.

* 𝙼𝚒𝚛𝚊𝚍𝚘𝚞𝚛𝚘 𝚍𝚊 𝚂𝚎𝚛𝚛𝚊 𝚍𝚘 𝙲𝚞𝚖𝚎 *

Este é o miradouro das brochuras de viagens, talvez o mais emblemático da ilha Terceira.

Localizado no topo da Serra do Cume a 545 metros de altura, este miradouro possui uma vista privilegiada sobre Santa Cruz, sobre o mosaico agrícola, mas também para a baía e cidade da Praia da Vitória e para a planície e base aérea das Lajes.

Há quem arrisque acrobacias em cima da vedação, quem abra os braços e imagine o Titanic. Seja qual for a pose, a foto será sempre perfeita!


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12.11.21

Terceira, Biscoitos e Algar do Carvão



 * 𝚃𝚎𝚛𝚌𝚎𝚒𝚛𝚊 *

A nossa Martinha cresceu. Terminou o curso e seguiu o coração, viagem que a levou aos Açores, para onde há sempre vista de mar e as vacas são mais felizes. Em Outubro, começou a trabalhar, tem sonhos, muitos planos e um futuro pela frente. Que fase boa e bonita da vida.

Nós fomos dizer-lhe que continuamos perto. Que a amamos e apoiamos incondicionalmente. Porque os filhos (de sangue e de coração) não são realmente nossos, são-nos emprestados por um momento, para os ajudarmos a crescer. Depois, ganham asas e voam.

Por estes dias visitámos vários sítios bonitos.  Hoje partilho convosco alguns deles. 

* 𝙿𝚒𝚜𝚌𝚒𝚗𝚊𝚜 𝚗𝚊𝚝𝚞𝚛𝚊𝚒𝚜 𝚍𝚎 𝚋𝚒𝚜𝚌𝚘𝚒𝚝𝚘𝚜 *

Banhos de mar dão saúde, podemos ler nas rochas. Banhistas de várias idades mergulham e apanham sol. Nem parece que estamos em finais de Outubro, a não ser pelas marés vivas e por ainda haver espaço para estacionar.

Em Biscoitos as piscinas são pequenos pedaços de paraíso. Com o mínimo de betão ou de mão humana. Nadamos numa água morna e cristalina rodeados de peixes de diferentes cores e tamanhos. São 20 graus lá dentro, 23 cá fora.

Há por perto instalações sanitárias, um café, e algumas bancas que vendem produtos regionais ao fim-de-semana. 

* 𝚅𝚒𝚗𝚑𝚘 𝚍𝚎 𝚋𝚒𝚜𝚌𝚘𝚒𝚝𝚘𝚜 *

Biscoitos ganhou um lugar cativo no meu coração. O nome doce deste lugar vem das pequenas pedras vulcânicas que se assemelhavam aos biscoitos que os marinheiros levavam para comer nas travessias marítimas.

É desta pedra de basalto de lava que são edificados os muros que compõem as curraletas (pequenas parcelas de terreno vinícola).
Muros esses que protegem a vinha do sal do mar e do vento.

O vinho que nasce nestes terrenos inóspitos de lava é um vinho tesouro, um vinho herói. Resiste a temporais e a uma viticultura difícil, que tendo surgido nos séculos XVI e XVII, está agora em risco. O abandono da produção contrasta com o aumento da procura de casas de férias e veraneio.

É por isso que provar um vinho Verdelho de Origem Controlada dos Biscoitos é provar um líquido cada vez mais raro e precioso, com um aroma único e um corpo atlântico e salino.

Obrigada ao Presidente da Junta de Freguesia Luís Vieira e Tesoureiro Luís Lourenço que nos receberam com tanto carinho e nos mostraram as maravilhas da localidade.

Deixo-vos fotos do almoço maravilhoso de chicharros fritos (jaquinzinhos aqui) de cebolada com açaflor (açafrão) que nos retemperaram depois de um banho de mar e nos deram forças para a visita, que aliás recomendamos, ao museu do vinho.

Notas: A entrada para o museu é gratuita. Encerra ao Domingo e Segunda-feira e podem fazer provas.

Já conhecem algum vinho dos Açores? Ficaram curiosos?

* 𝙰𝚕𝚐𝚊𝚛 𝚍𝚘 𝙲𝚊𝚛𝚟𝚊̃𝚘 𝚎 𝙶𝚛𝚞𝚝𝚊 𝚍𝚘 𝙽𝚊𝚝𝚊𝚕 *

Quem visita a Terceira pára obrigatoriamente nestes dois locais.

O Algar do Carvão está inserido na Caldeira Guilherme Moniz, um antigo vulcão adormecido. Os visitantes podem descer até 100 metros de profundidade, observar estalactites, uma lagoa e adivinhar a imagem de uma santa nas paredes. Achámos este local idílico e único. É relativamente fácil de visitar, apesar da escadaria condicionar a mobilidade.

Na Gruta do Natal, somos convidados a usar um capacete para mergulhar no tubo de lava de 697 metros. Bati com a cabeça logo nos primeiros metros e fiquei tão abananada que não consegui ver mais nada. Não achei o percurso nada fácil, o chão é lamacento e cheio de bicos, e para quem caminha com crianças ou com a cabeça nas nuvens (que é o meu caso 🤪), torna-se tortuoso.

Toda a paisagem envolvente é de cortar a respiração e impõe bastante respeito.

  
Nos próximos posts partilharei mais maravilhas desta Terra, espero que gostem!


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18.10.21

Visoap - sabonetes artesanais de argila


* Visoap *


Valeriya cedo se interessou por produtos naturais porque tem uma pele mais sensível, com tendência
para alergias. Este facto fê-la procurar alternativas mais saudáveis de champô e gel de banho. Mais 
tarde, a formação em engenharia química serviu de mote para começar a produzir os seus próprios sabonetes. Daí a partilhar com o mundo as suas descobertas foi um passinho. 

 Na Visoap, os sabonetes de argila são feitos com ingredientes 100% naturais 🌱 , sem corantes nem conservantes, e sempre tendo em conta cada tipo de pele. As argilas possuem diferentes propriedades, conforme a combinação, podendo ajudar a combater a oleosidade, a cicatrização mas também na renovação celular, já que promovem a esfoliação. 

- A argila verde é indicada para a pele mista, oleosa e acneica; 

- A argila vermelha é indicada para pele madura, mista e sensível; 

- A argila rosa é indicada para pele sensível e com tendências alérgicas. 

    Não quis partilhar aqui a minha opinião antes de experimentar o sabonete por algum tempo. Estou a usar o sabonete de argila vermelha e a verdade é que estou a adorar. Esfolia suavemente, limpa e hidrata ao mesmo tempo. Não sinto a pele nada seca depois de lavar o rosto. A Valeriya trouxe-me ainda uma manga com raspas de sabonete que estou a adorar utilizar no banho. Acho super prática e conveniente para aproveitar aqueles restos de sabão que não queremos desperdiçar. Ao mesmo tempo, a própria manga tem um efeito esfoliante, proporcionando aquele efeito de pele lisa e macia. 

    Podem encontrar estes produtos à venda na página de Facebook da marca aqui ou no Insta aqui. Podem também, se preferirem, contatar a Valeriya para o email valeriyam16@gmail.com ou por telemóvel para o número 918434152.


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20.9.21

Fiuza e Salvaterra de Magos



Vocês sabem o quanto eu adoro visitar quintas e adegas e como sou fã incondicional da Fiuza. Temos por hábito visitar Almeirim uma vez por ano, trazer alguns vinhos da garrafeira, fazer uma prova. Há sempre oportunidades e aqueles vinhos que não encontram no super mercado. Almoçamos sopa da pedra, compramos morangos do tamanho de tangerinas e o pão típico que dá pelo nome de «caralhota». 

Este ano tivemos amigos por companhia e a volta envolveu não um almoço típico de sopa da pedra, mas antes um piquenique no parque de merendas de Escaroupim. Ali, com uma vista fabulosa para o Tejo e para a povoação ribeirinha piscatória de casas coloridas. 

Na zona de piqueniques podem encontram mesas e bancos corridos de madeira sobre a sombra das árvores, uma fonte de água corrente e uma estrutura para fazer churrascos. Nós levávamos o nosso farnel já pronto e crianças cheias de apetite, pelo que foi comer e explorar a zona. 

Deixo-vos uma curiosidade sobre as famílias a que Alves Redol chamou de «nómadas de rio». No Verão pescavam no mar na sua terra Natal. No Inverno migravam de Vieira de Leiria para as campanhas de pesca no Tejo. Foram formando pequenas aldeias piscatórias nas suas margens, construindo as famosas casas coloridas de madeira sobre estacas para proteção contra as cheias do rio. Foi assim que nos anos 30 nasceu Escaroupim.

Já conhecem esta zona? Não a acharam tão bonita?


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