25.7.17

Quarto dos dois

 

Adiei o quarto o mais que pude. Como é que em tempos esta casa me pareceu grande e hoje me parece tão pequena? Sempre imaginei (desejei) uma família grande mas nunca sonhei que a família crescesse tanto em tão pouco tempo. Ainda pensei em trocar o quarto do Afonso com o das manas, e metê-las às três no maior e a ele sozinho no outro para poder adaptar às idades e aos gostos de cada um e até por elas não estão todos os dias connosco. Mas ele não quis. Não quer. Mesmo que acorde com o choro dela durante a noite. Sempre quis estar onde os outros estão, é um rapaz de família e adora a mana de paixão e ela a ele. Adora acordá-lo com beijos e abraços, e alguns amassos também e às manas quando lá estão. 

Voltando ao assunto, o roupeiro dela tratei antes de nascer por necessidade, o troca fraldas ficou no nosso quarto e ela, também por ainda mamar, mas também por opção nossa foi ficando também por lá. Não tinha grandes ideias para o quarto, continuo a não ter (por minha vontade ia lá o Querido tratar do assunto!) para conjugar os brinquedos dos dois e os interesses de ambos no mesmo quarto. Um rapaz e uma rapariga e logo com idades tão diferentes - ai que dor de cabeça! Comecei por tirar imensa coisa do quarto para caber outra cama e logo uma de crescido para o Afonso (ainda tinha o berço evolutivo, quase aos 8 anos!). Comprámos no Ikea (foto do pai todo chateado e ela toda empolgada - vê-se mesmo que é gaja!). Encomendei-lhe um colchão xpto na Internet ao preço de um do Ikea. Mas o dele é viscoelástico, tem comando, faz massagens, aquece, tem tratamento hipoalergénico e um aroma incrível a alfazema. A Internet permite-nos fazer descobertas fantásticas, ainda por cima comprei no Lifecooler que tem parceria com a EDP, pelo que ainda deu direito a desconto na factura da electricidade. Só falta tirar cafés hehe O colchão ficou mesmo à medida. Ao montarmos a cama, apercebemos-nos que era dupla, e isso foi uma grande mais valia, pois permite convidar amigos para dormir. O «mano emprestado» veio passar a noite nos anos dele e ele ficou todo contente. Porém o que me levou a escolher a cama dele foi a existência de dois enormes gavetões por baixo que permitem guardar todos os Legos. A grande preocupação que eu tinha com ela e o medo que engolisse algum! Ele já sabe que tem de os arrumar sempre para ela não os colocar na boca. Numa gaveta estão todas as peças soltas e na outra as peças maiores montadas. Muitas coisas acabaram por ir para o anexo para um cantinho das brincadeiras que arranjei. No quarto ficou um conjunto de prateleiras com várias cestas e livros. Os brinquedos mais pequenos estão longe do acesso dela. Já os livros e a cesta dos instrumentos estão mesmo à mão de semear. Todos os dias a minha boneca espalha os livros e desarruma as cestas. Não precisamos de muitos brinquedos, na verdade tenho até vendido alguns, bem como alguma roupa na Kid to Kid. Arranjo algum espaço e poupamos algumas moedas. Tenho feito poupanças para eles, cada vez valorizo mais esse tipo de prendas em vez da tralha que rapidamente perdem o interesse. Gosto de jogos que os ajudem a puxar pela cabeça, instrumentos e depois alguns (não muitos) bonecos de diferentes materiais. 

Como não gosto muito de cor-de-rosa e o quarto já estava muito direccionado para o branco e azul (que para mim também é cor de menina!) e o tema do mar, optei por comprar uma grinalda nesses tons para servir de luz de presença, com umas bolas amarelas pelo meio, para dar um toque mais feminino (sem deixar de ser masculino). Está sobre o berço dela e faz a delícia dos dois. Os lençóis do berço dela também não comprei em cor-de-rosa, aliás comprei numa feira de velharias, apesar de estarem como novos. São lindos!!! Naquele algodão e linho antigo muito macio mas muito resistente que já não se encontra. Uns com bordados e outros com renda. Adoro vê-la a dormir nestes lençóis. 

Gostava muito de substituir alguns quadros (quase todos com coisas dele) - a televisão antiga e o candeeiro de tecto que é muito giro mas já está velho, e ir alterando mais algumas coisas aos poucos, bem devagar, afinal de contas temos a vida toda (não vamos aparecer em nenhuma revista!).


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