Afonsinho, tu não és uma extensão de mim, não és da mamã, és do mundo. És um menino autêntico, com a sua personalidade e forma de pensar. Tens a tua vida, o teu caminho, para acertar e para errar. Tento proteger-te tanto e no entanto às vezes sinto-me impotente por ainda não conseguir que tudo corra melhor. Talvez um dia. Estás a crescer demasiado rápido, é difícil acompanhar a velocidade do teu crescimento e a aprendizagem, porque às vezes é difícil para uma mãe perceber que o seu filho já deixou de ser um bebé. Mas não tens a culpa. Estás a ganhar asas, as tuas. E eu, tenho o privilégio de te acompanhar e de te orientar. Não te vou tentar mudar, querer que penses como eu. Tu és tu. Orientar-te-ei na medida do possível, far-te-ei valer a minha experiência, mas a tua poderá certamente ser diferente. Oxalá. Quero que saibas que estarei sempre aqui, sempre ao teu lado e para ti, porque no dia em que fui mãe a minha alma ganhou asas, e levou metade do meu coração suspenso pelo ar a voar solto e livre para longe. Tu és do mundo. Que eu nunca me esqueça. Mas sabes, aos meus olhos ainda és também o meu bebé. E tu dizes «Está bem mamã, sou o teu bebé.». E eu sinto nisso a reciprocidade do nosso amor incondicional. Também eu serei sempre a tua mamã. O meu colo será sempre o teu colo. Os meus beijos serão sempre os teus beijos. Eu serei sempre tua, mas tu meu filho, tu és do Mundo.
Fotografia da mamã com a tua idade
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