4.9.17

As férias do Algarve



Antes de estarmos juntos não fazia férias no Algarve. Fui um ou outro Verão com amigos mas agora é uma paragem obrigatória. O Carlos nasceu em Paris mas é de Faro, é lá que estão irmã e pais e restante família e foi assim que já crescida passei a passar parte das minhas férias lá. A casa dos pais do Carlos tem muitas flores, frutas, uma horta, um cão e um tanque. Está sempre calor e apesar da ventoinha no quarto permanecer ligada passo sempre mal as primeiras noites até me habituar.

O peixeiro e o padeiro passam por lá todos os dias e sente-se a qualidade de vida. Associo às nossas férias as praias de conchas, extenso areal e água transparente. É um castigo arrancá-los de casa, que estão sempre bem por ali, mas depois adoram sempre ir até à praia. Associo as nossas férias também à ilha de Faro e às bolas de Berlim (até a Constança já é fã) e de Alfarroba, ao mar mais quente e à bandeira verde. Também me lembra as torradas no pão do Algarve que os miúdos adoram (e nós também) e o chá de Bela Luísa à noitinha que apanhamos da árvore directamente para a chaleira. E ainda os figos; as laranjas; as cebolas; os tomates e os pêssegos do pai do Carlos. O Algarve recorda-me ainda os almoços de sardinhas e os jantares animados na mesa lá de fora mas também as noites de cartas e de idas ao Forum.

Para mim o Algarve pressupõe também uma visita a Olhão. O Carlos veste a camisola e prefere Faro mas eu adoro Olhão e passear na marginal perto dos hotéis, do mercado e dos restaurantes de peixe e marisco. Os meus pais ficaram lá quando vieram conhecer os pais do Carlos quando eu já estava grávida dela e é uma memória feliz e especial. Foi lá que apanhámos o barco para visitar a Armona e que me apaixonei por uma loja de antiguidades. Mas é também em Olhão que fica a conserveira Maná que visito religiosamente desde a primeira vez que lá fui. Nas últimas férias consegui trazer pela primeira vez Muxama a que fiquei completamente rendida. Está sempre esgotada quando lá vou. É um atum seco com a mesma receita que fenícios e romanos faziam à dois mil anos atrás e cujo sabor e textura fazem lembrar presunto. Para mim Olhão ficou igualmente associado ao Festival do Marisco ao qual fomos com os miúdos no dia em que tocaram os Dama.

Este ano fomos para o Algarve pela primeira vez com a lotação esgotada e um anexo em cima do carro para caber tudo. Uma verdadeira aventura!

O Afonso queria muito ir a Espanha e fomos passar um dia a Lepe e Inslantilla. Foi muito engraçado, a praia era muito boa e água ainda mais quentinha. A comida foi diferente e ainda demos um pulinho a um Mercadona e trouxemos algumas compras baratíssimas (não foram caramelos mas foi dentro do mesmo género): champôs; cremes; presunto; chocos e salgados.

Num outro dia demos um saltinho a Lagos e fomos visitar a Joana, uma amiga que fiz há uns anos valentes virtualmente, cheia de talento para as artes, escrita e artes performativas e que se tornou nossa cliente. A sua loja é do mais querido que há com imensos brinquedos, livros e jogos para todas as idades e para todos os gostos. Tem depois uma zona de brincadeiras onde a Joana lê com imensa graça histórias enquanto o marido toca viola. No Até à Lua há ainda um espaço com mesas para os ateliers e uma árvore gigante onde os meninos mais pequeninos podem entrar e brincar. Lá há sempre actividades giras: música; fantoches; histórias e noites de jogos. Foi um dia especial e muito engraçado.

É fácil apaixonarmos-nos pelo Algarve. A vida lá parece correr um pouco mais devagar. Lá é quase sempre Verão, são quase sempre férias e até as laranjas são mais doces. O artesanato é encantador, como o candeeiro/chaminé que trouxemos este ano para o anexo. Os sítios típicos como o Café Aliança, que reabriu em 2016, são pitorescos e charmosos mas as praias mais e menos desertas são as verdadeiras jóias deste lugar.

O Algarve não fazia mas faz já parte da minha vida e das nossas férias em família e é bom saber que há uns avós e uma tia do Algarve sempre de braços abertos para nos receber.

27.8.17

Dias de Verão


Aproveitar o tempo. Eles estão de férias, nós não. Entre dias que já passaram e dias que virão faço o meu melhor. Nas horas de almoço trago o Afonso quando não tenho fisioterapia. Aos fins-de-semana tento fazer render o tempo. Temos andado entretidos com o jardim e estou com vontade de terminar de arranjar o meu cantinho para a máquina de costura no anexo. Ela dorme no quartinho sossegada. Comprei um candeeiro amarelo no Ikea para isso, e ando à procura duma base de corte para forrar uma mesa grande velha. Às vezes faço ovos mexidos de manhã. O Afonso adora. Quando ele está no pai ela estranha, fica felicíssima quando falamos ao telefone e quando ele regressa. Nesses fins-de-semana vou ao cinema com a Patrícia. Faz-me muito bem. Fui ver o novo «Planeta dos Macacos». Não gosto muito deste novo rumo que a história vai tendo, bélico e voltado para a guerra. Para mim nada bate o filme de 1968 com a fantástica interpretação de Charlton Heston.

Os The Inventors estiveram na escola do Afonso e ele construiu um sabre de luz e uma catapulta. Porém quando chegou a casa a luz do sabre estragou-se e ele nem chegou a brincar com ele. Soube que iam estar no Oeiras Parque e dei lá um salto com ele arranjámos a luz e ainda brincámos um bocado. Estão lá até ao inicio de Setembro com ateliers gratuitos!

Comecei a fazer uma colecção de enlatados que sai no Público à Quinta de chefs Portugueses, mas que me dá pena abrir de tão engraçadas que estão as embalagens com desenhos Vintage. Tenho comido gelados mas de tamanho mini, o ideal para mim. Adoro um Magnum com Pistachio. Tenho procurado fazer comidas mais leves e estou rendida ao esparguete de courgette. Ao início comprava no Pingo Doce já feito, agora arranjamos um espiralizador no Ebay e tenho feito eu. 

Adoro o calor, os dias e as noites longas e tenho vontade de os aproveitar ao máximo. No outro dia fomos ver O Principezinho a Sintra à noite (obrigada Chupeta Vip!). Levámos a Constança e foi complicado adormecê-la ao ar livre mas lá se rendeu. Levei um xaile de lã para mim e para o Afonso mas devia ter levado uma mantinha polar. As noites são frias em Sintra. A peça da Byforcação foi giríssima, esta história comove-me sempre, e ao Afonso, que já a conhece tão bem. 

Mesmo antes de regressar de férias e fazer anos, chegou pelo correio ao trabalho uma das minhas prendas, uma mala de viagem que a minha estava velhinha e partida. É uma prenda dos meus filhotes lindos para usar brevemente. Foi um achado na Showroomprive de que sou grande fã e recomendo. Encontram-se excelentes marcas a preços muito simpáticos, e mesmo quando não corre bem são impecáveis nas trocas e devoluções. Se quiserem espreitar sigam este link!

12.8.17

8 anos - Afonso


O Afonso fez 8 anos, está um crescido! Este ano a festa foi diferente, viemos do Algarve na véspera e o «mano» foi lá dormir. Jantaram, jogaram à bola, PS4, Cluedo, Legos e conversa noite dentro, na galhofa como manda a lei. No dia seguinte fomos almoçar com a avó Cila, o avô Maia e a bisavó Suzete à Cervejaria Império e à noite a festa continuou no pai. 

Como vai para o futebol na escola para o ano pediu chuteiras que personalizei. Os equipamentos também personalizados mandei vir daqui. Depois ganhou livros, jogos, roupa, Legos, um relógio da Toys'R'Us e poupanças. Fizemos um certificado de aforro :)

Este foi um ano de muita superação, de sair de baixo das saias da mãe. De aprender tanta coisa nova na escola, de fazer exames nacionais, de vestir sozinho, tomar banho sozinho, atar sapatos sozinho. Ainda me chama um milhão de vezes mas sinto-o muito mais independente. E isto é um misto de emoções, as saudades de o ter pequenino do tamanho dela e o orgulho de o ver crescer. 

Anos anteriores sete, seis, cinco, quatro, três, dois e um.