17.5.20

Dia da mãe


Ser mãe é a maior bênção e o maior milagre da minha vida. É desafiante e cansativo mas não trocava a maternidade por nada.

Os filhos dão sentido à nossa vida, enchem os nossos dias de alegria e de amor e não há nada que eu não fizesse por estes dois!

Há cerca de 8 anos que este dia assumiu para mim um carácter especial, quando tive de ser uma super mulher para além de uma super mãe, num período muito difícil. Mas a vida tem-me ensinado a "guardar só o que é bom de guardar". 

Ao meu pré-adolescente e à minha mini me «muito obrigada» por este dia da mãe tão especial e por me encherem de mimo! Comecei com mimos e prendas na cama ao acordar, seguiu-se um pequeno-almoço tipo brunch no jardim que teve direito a: ovos mexidos, sumo de laranja natural; croissants, manteiga e compotas; fruta; fiambre, pão de milho e de beterraba; chocolate para eles e café para mim. Depois eles tomaram um banho de hidromassagem enquanto eu e o pai encomendávamos o almoço de sushi (as saudades que eu tinha!!! e o bem que me soube). À tarde estivemos no mimo à  sombra das ameixeiras e jogámos à bola. Depois fomos ver a avó Cila (minha mãe) do carro para a porta de casa, ligámos também à bisavó Suzette (minha avó). À noite vimos um filme com pipocas doces e salgadas. 

Foi um dia caseiro mas tão bom!

Eu e a Constança e o Afonso estreámos umas fitas para os óculos e colares a condizer da Hi-lo handemade. As T-shirts mãe e filha são da Lanidor. (Isto não é publicidade paga :).


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10.5.20

Cozinhar e comer na quarentena



Nesta quarentena podemos queixar-nos de muita coisa, da falta da família, da nossa liberdade, de viajar, de estar com os amigos, mas não podemos queixar-nos de ter comido mal. Temos feito as ementas mais criativas, mesmo quando não entregavam as compras em casa com tanta frequência. Nessa altura fizemos pão inúmeras vezes, simples, com sementes e até com chouriço.

Desperdiçámos muito pouco. Da beterraba em excesso fizemos pickles; das nêsperas demasiado maduras e feias fizemos um doce com uma cor âmbar simplesmente delicioso. Usámos sardinhas enlatadas em tomate picante que tínhamos em stock em tostas com pimentos tipo bruschetta. Fizemos pizzas caseiras e arroz de pato com laranjas do jardim. Gratinámos cogumelos recheados com carne picada de restos. Recriámos um prato que adoramos Belga e que comíamos no restaurante com o mesmo nome em Cascais - Moules and Gin. Com os restos dos ovos da Páscoa e alguns smarties fizémos biscoitos. 

Sempre que o tempo permitiu almoçámos fora (no jardim) e até nos churrascos já nos estreámos. Assámos frango, maçarocas, ananás. Temos sardinhas para fazer. Nos dias de chuva alternámos rolos de carne com douradas, red fish ou robalo no forno. Lá fora também começámos a nossa horta. Estão a crescer inúmeras alfaces, couves e os tomateiros que os pássaros não bicaram. 

Alternámos a comida saudável, peixe grelhado e saladas fartas com comida de conforto como lasanha e hambúrgueres em bolo do caco. Não falta fruta ao pequeno-almoço, à sobremesa, ao lanche ou entre refeições e de vez em quando, mas raramente, há gelatina, gelado, pipocas ou um bolo caseiro. Mas contámos sempre com a frescura dos cabazes de frutas e legumes da AM Frutas

Tenho conseguido equilibrar e ao contrário de aumentar até perdi peso nesta quarentena. Fazemos ginástica diariamente todos (na maior parte das vezes, que o Afonso às vezes balda-se). 

E por aí têm comido bem? Variado as ementas? Esvaziado a despensa e evitado o desperdício? Espero que este post vos inspire. 


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4.5.20

Actividades em casa


Ao fim de 53 dias em casa com ela já experimentei quase tudo. De histórias; a actividades lógicas; fantoches; cortar; picotar; pintar com lápis; lápis de cera; canetas e guaches; brincar com letras; tips; plasticinas; legos; contar; carimbos; vídeos; audio books e todos os brinquedos «mais» normais. No outro dia até ordenámos massas com uma pinça para praticar a motricidade fina, por feitios e por cores. Vale tudo para que esteja entretida e me deixe fazer o que é preciso.

Não é fácil trabalhar ou simplesmente estar com filhos em casa em confinamento mas também não é difícil. Tento focar-me naquilo que é bom naquilo que daqui a uns tempos recordaremos como um tempo de qualidade em família. Quantas vezes de manhã me custava tanto apanhar chuva para ir por o Afonsinho à escola, voltar e apanhar de novo chuva com ela?

Trouxe das nossas arrumações à arrecadação imenso material de outros anos escolares do Afonso. Livros de actividades e de colorir, alguns por estrear. Tinha 2 conjuntos de guaches quase novos. E agora já há cores gastas. É bom utilizar aquele material que estava guardado à espera daquele dia que ia dar jeito. É este o dia! Mas é claro que entretanto há faltas de algumas coisas. Compro online, gosto de ajudar o pequeno comércio nacional, hoje mais do que nunca. A Joana é uma amiga de longa data, que tem um cantinho especial chamado Até à Lua, em Faro, vejam a loja online aqui. Ali lêem-se histórias, vendem-se brinquedos, jogos e material, e o que de bom me trouxe também o confinamento foi este encurtar de distâncias. Agora conseguimos assistir à hora do conto, construir coelhos no atelier da Páscoa, fazer uma aula de música com Nuno, tudo gratuitamente e online. Ora espreitem a página do facebook aqui e o calendário para saber mais.

Aos pais que me lêem, que tantas vezes se queixavam de falta de tempo de qualidade, de tempo com eles, aproveitem agora. Se pensarmos em quem está neste momento doente, ou perdeu algum ente querido, nos países em guerra, ou noutras doenças contagiosas mais fatais, aí fica muito fácil valorizar o que temos.

É por isso que hoje que entramos numa nova fase desta batalha e num desconfinamento faseado, eu fico de pé atrás. Não só porque não nos sinto muito coerentes nesta questão de ter liberdade condicionada (se deixarem os portugueses continuam a encher o paredão), como porque das medidas tomadas há uma com a qual discordo grandemente que é a abertura das creches. Se em todas as actividades é necessário um retomar com regras de distanciamento e sanitárias reforçadas: usar máscara, álcool gel etc. e se até as crianças do ensino básico estão com telescola. Qual o sentido de abrir as creches? Como tencionam evitar que bebés e crianças que partilham sanitas, lavatório, dormem próximas na sesta, estão juntas nas mesas da sala, brincam juntas, abraçam-se, beijam-se, almoçam juntas, partilham objectos que levam à boca, e não usam máscara, não se contagiem? E depois mesmo que não adoeçam e sejam só portadoras, infectam a família toda.

À parte do desabafo, fica a sugestão, não tenham pressa de retomar rotinas, ainda não há vacina, o risco existe. Olhem para o copo meio cheio, reinventem a vida que se quer devagar. E recordem que a nossa liberdade termina onde começa a do outro e se com a minha atitude afectar a vida dos demais estou a desrespeitar e a perigar a liberdade do próximo.

Poderão também gostar de ler: Actividades para a Quarentena de A a Z.

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