26.11.17

Em Novembro põe tudo a secar que pode o sol não voltar*

* provérbio popular

Foi o primeiro Halloween dela e enquanto fazíamos as compras da semana no hipermercado viu uma  bandolete com um chapéu de bruxa e quis colocar. Nunca mais a largou. Normalmente na caixa de pagamento deixo metade dos itens em que ela pegou mas também já me aconteceu, por distracção, pagar coisas que não era para trazer. Mas na hora de maior stress vale tudo para os acalmar! Ele foi de esqueleto e até o pintei para ficar mais realista, mas sinto que já não vibra com estas coisas como quando era mais pequeno. 

Parece que a chuva chegou, aos poucos, ainda assim o calor teima em ficar. No entanto já só apetece bolos, chá e mantas. No mês de Novembro mudámos para a NOS, começámos a ver o This is Us, e tenho tentado dar vazão às laranjas. Fiz um bolo este fim-de-semana e faço sumos ao pequeno-almoço sempre que posso. A vitamina C é fundamental no combate às constipações, e este ano as laranjas até me parecem mais doces.

Comecei assim a temporada das séries à noitinha e dos discos vinil ao entardecer. A semana que passou ganhei um disco num passatempo da Universal Music e Antena 3 que é um clássico, o «Master of Puppets» dos Metallica numa nova versão remasterizada. Só tínhamos de contar um momento marcante dos Metallica na nossa vida e eu contei que os levei numa Pen para o parto, a banda sonora aqui, agradou ao anestesista e à médica que a iam sugerir a mais parturientes. 

O tempo de crescida tem-se revelado importante, e estar com os amigos também. Ir jantar com a Andreia ao Sushi, ir ao cinema com a Patrícia, ou caminhar na praia com o Nuno Luís, revelaram-se as melhores terapias para a minha sanidade mental. Amo os meus filhos, mas é fundamental um tempo para nós, só assim consigo estar com eles em pleno. 

O horário do inglês do Afonso mudou, o que me permite estar mais presente. Sei que sente falta de mim sempre, mas a amamentação prende e limita-nos um pouco os passos. Neste novo horário consigo ser eu a levá-lo sem comprometer o resto e aproveito para ler enquanto espero. Tenho muitas saudades de ler, do tempo que dispunha ao final do dia e é assim que o retomo. Continuo a ler com o Afonso, mas é sobretudo livros para a sua idade e não os que comprei e estão a ganhar pó na prateleira.

Quanto a programas com eles fora de casa, aproveitámos o aniversário do MAAT, para fazer uma visita. A exposição não era a ideal para o Afonso, já que versava sobre conflitos e violência, de qualquer forma conseguimos ver algumas instalações interessantes e desafiei-o para as comentar. É muito giro ver as reacções das crianças à arte, porque elas são muito transparentes e genuínas. O dia estava de sol e a vista é fantástica.

O Afonso anda em êxtase com o futebol. Este ano já não há karaté mas há um guarda-redes promissor. O mister elogia-o muito, tanto no jogo como individualmente como menino, diz-nos que é «um menino muito educado e amigo dos colegas» e ele sente-se muito feliz. Eu apesar de me sentir preocupada com a questão dos óculos à baliza, ando babada com os elogios e orgulhosa com o desempenho.

No outro dia tiveram o primeiro jogo (que na prática foram dois) e ganharam o principal por quinze a zero. É verdade que o Afonso não participou muito que o jogo resolveu-se na outra metade do campo, de qualquer forma o que fez, fez bem.

O novo horário desanima um bocadinho. Confesso que sinto cada vez menos vontade de sair depois de vir do trabalho, mesmo que seja para tratar de algum recado. Em compensação as manhãs de luz são revigorantes e adoro ver o nascer do sol do quarto deles quando os vou acordar. vou acordar o Afonso. 

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