27.9.16

Zoku Amsterdam


Pelo manifesto consegue-se adivinhar em parte o conceito, o Zoku não pertende ser um hotel, nem tão pouco um conjunto de apartamentos, o Zoku é uma comunidade, uma célula viva a pulsar no interior da cidade. Assim que decidimos fazer esta viagem, pensei que gostaria de ficar num aparthotel no centro por causa da bebé. Num apartamento podemos fazer refeições, dispomos de um espaço extra quarto para cuidarmos dela, e ao mesmo tempo as comodidades de um hotel. Descobri o Zoku no Trivago enquanto procurava o que pretendia pois nas agências que consultei não tive sorte. O Zoku tinha sido inaugurado este ano, ficava no centro, dispunha de todas as comodidades que pretendíamos e mais algumas. Desde logo parece um daqueles apartamentos de exposição das lojas Ikea, com todos os recantos aproveitados. Até um mini escritório em frente a uma mini cozinha. A ideia é ter um apartamento mobilado para iniciar a vida laboral nesta cidade, ou para quem vem em trabalho ou uma segunda casa para quem vem de visita. O espaço comum dispõe de salas de reuniões convidativas com todas as modernidades para apresentações, exposições e brainstorming. Ao chegarmos disseram-nos também que era a sala comum a todos os inquilinos, com esplanadas de ervas aromáticas, com solário e vista privilegiada sobre a cidade, salas de refeições, gabinetes de construção, mesa de ping-pong e saco de boxe, sofás, televisões, computadores, uma mini loja que vende tudo, de cápsulas de café nespresso a cabos USB, café e restaurante. No espaço comum também encontramos Legos para brincar, revistas para ler, boiões com canetas, lápis e elásticos. Respira-se criatividade e há reuniões nocturnas, debates, provas de vinhos, tertúlias, brunchs e pequenos-almoços de hotel. 

No Zoku também se respira independência, à falta de palavra melhor, um género de espírito de «faça você mesmo e se precisar de ajuda então diga» que experimentámos desde o primeiro momento em Amesterdão. Na verdade esse espírito tivemo-lo desde o início na reserva que fizemos online. Ao aderirmos à comunidade recebemos um desconto. Toda a viagem foi feita de estreias. A esta somou-se a primeira vez que utilizamos o Uber. Correu tudo muito bem, conseguimos economizar bastante com estas opções. Outra estreia foi voar com uma bebé pequenina, e a logística que isso implica mas que ficará para outro post. Ao chegarmos ao Zoku entrámos por uma porta atravessámos o edifício e saímos noutra porta. Mas onde estará a recepção? Só depois de vir uma pessoa e nos informar que era no sexto andar saímos deste marasmo. Cabe na cabeça de alguém uma recepção no sexto andar? Queríamos fazer o check in. Sim, com certeza, está ali aquela máquina pode fazer se necessitar de ajuda diga. E pronto, estamos noutra realidade. A isto se junta uma despensa no fundo do corredor onde podemos recorrer para o caso de faltas, e que dispõe de electrodomésticos, toalhas, almofadas, detergente enfim um pouco de tudo, igualmente em self-service. Ao pé do elevador prateleiras cheias de quadros convidam-nos a trocar a arte no interior do apartamento. Trocar os quadros, a sério? No check out, também ele DIY entregam-nos uma chave de cacifo para guardamos os pertences até seguirmos viagem para o aeroporto e que fica ao pé da lavandaria na cave.

O apartamento totalmente equipado com máquina de lavar-loiça, placa, forno microondas, frigorífico, secador de cabelo, torradeira, máquina de café Nespresso e LCD era muito confortável: Não sendo grande (há uma versão maior) não era demasiado pequeno. Para o quarto, em mezzanine, acedíamos por uma escada que se corria de entre a estante de livros. 

Sim, adorei Amesterdão, e adorei encontrar uma realidade tão diferente que não se resume ao país liberal, cheio de bicicletas e canais que estávamos à espera. E acho que ainda gostei mais por ter morado aqui, nesta «segunda casa». Obrigada Zoku!

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