Apesar do desconforto que já se faz sentir, sinto-me em estado de graça, tranquila a viver este sonho. Tenho adorado esta gravidez. Sinto-me feliz, saudável, e mesmo os pequenos contratempos, como uma paragem de digestão, são rapidamente substituídos pela magia de sentir a Constança a mexer constantemente. Faltam cerca de dois meses e meio e passou tudo tão depressa.
Os preparativos continuam. Uni os pontos da minha primeira manta de rosetas Já montámos também o troca fraldas no lugar de uma mesa de cabeceira. O Carlos pintou-o de branco e ficou muito bem. O suporte é do Ikea e pode ser reaproveitado como prateleiras futuramente na arrecadação. O colchão da muda e turcos amovíveis são da Vertbaudet e ficaram muito em conta nos saldos. Temos conseguido gastar pouco neste enxoval porque temos aproveitado quase tudo do Afonso, mas perco-me de vez em quando em acessórios giros, como uma caixa para toalhetes da Pingi ao Cubo e um cesto de arrumação do atelier da Tufi naquela cor que nunca consigo resistir.
E por falar em preparativos, a grande novidade desta última semana foi que já temos carro. Finalmente! Um novo carro velho :) para famílias numerosas, muito em conta e em excelente estado. Faço este ano 38 anos e andei desde os 18 com o meu Opel, 20 anos depois e muitas aventuras, confesso que me faz pena despedir-me dele (acho que ainda nem me debrucei bem sobre o assunto). Mas o novo (velho) Opel é bastante mais recente, leva-nos a todos e tem uma série de mariquices a que toda a gente no planeta deve estar habituada menos eu. Tem direcção assistida, rádio com CD e DVD, tem airbags por todo o lado, ABS (diz que não patina), tem até para-brisas traseiros e esguicho para limpar faróis, quando o meu antigo Opel mal tinha vidro traseiro; tem ar condicionado; dá para ajeitar os espelhos laterais através de um botão, tem um botão para trancar os vidros de trás para que os miúdos não passem a vida a brincar com eles, tem uma chave com um comando, e até uma embalagem de prontos socorros na bagageira. O meu novo Opel (velho) Opel é verde, faltam-lhe uns pequenos pormenores que iremos substituir e eu já não quero conduzir outro carro. Já não me custa entrar para o carro, o Afonso não lhe custa colocar o cinto, que é um cinto completo e não só de cintura como no meu velho carro, e já não tenho de me dobrar ou baixar, fazer ginástica ou malabarismos com este barrigão. O novo (velho) Opel tem muito espaço e é alto, parece que estou a conduzir uma carrinha e eu gosto tanto dele que já o apetrechei de imensos extras e até comprei um spray com cheiro a baunilha para limpar o tablier. O Carlos goza comigo, diz que nem me imagina com um carro novo, mas acha-me graça. Acho que só quem deixa para traz um carro tão velho como o meu e ao fim de tantos anos compreenderá o sentimento.
Nestas semanas preparámos coisas especiais para um fim-de-semana muito especial. Comprei dois vestidos lindos nos saldos e um porta-chaves novo.
Nestes dias também desfrutei as férias de Carnaval com o Afonso como nunca tinha desfrutado até porque normalmente estou a trabalhar. Esforço-me por aproveitar com ele estes últimos tempos de filho único. Almoçámos com os avós, fomos à exposição do Lego com uns bilhetes familiares oferecidos pelo Clube Mel e Salvador e fomos ao cinema ver o novo filme do Alvim e os Esquilos e desgraçar a dieta cuidada com um balde de pipocas. Bem tento compensar os estragos com muito peixe mas nesta fase acho que até respirar engorda. Voltei a fazer bolo rainha integral para os lanchinhos nocturnos. Matei saudades de comida chinesa no Dim Sum com a Andreia, no dia dos amigos.
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