14.11.14

Amigdalectomia e Adenoidectomia


Deste dias guardo o melhor, que é ter-te ao meu lado meu filho amado, ter corrido tudo bem apesar dos atrasos e das complicações e o facto de estar rodeada de pessoas que tanto amo na minha vida. Não sei o que seria da minha sanidade sem vocês.
 
Tudo o resto lamento profundamente partilhar. É de facto muito difícil manter a serenidade com um progenitor que ultrapassa tantas vezes o limite do razoável. Ao nervoso normal que todos os pais sentem com o aproximar de uma cirurgia de um filho, acresce este, de ter um pai extremamente complicado e difícil e que gera toda uma série de problemas e questões verdadeiramente lamentáveis e evitáveis.

Quanto a mim, nunca me senti tão valente, tão forte e ao mesmo tempo tão pequena e impotente. Nada me interessava a não seres tu, o teu bem-estar e a minha presença para te dar força e cuidar de ti como só uma mãe cuida.
 
Eles sentem menos que nós este lapso de tempo no qual ocorre a cirurgia, já que a mãe está presente até a anestesia e quando a criança acorda está já junto a si no recobro. Confesso que me aguentei qual heroína até ele fechar os olhos, mas assim que deixei o Afonsinho na sala de cirurgia os pés falharam-me e o meu coração parou. Cheguei ao pé da minha mãe e do Carlos e chorei de ansiedade. Não senti dores, fome, sede, vontade de ir à casa de banho, enfim nada de nada todo o dia. O meu coração só retomou o seu compasso normal quando a mão dele voltou a estar sobre a minha, e reabriu os olhinhos no recobro. Eu já estava de novo ao seu lado, de mão dada e sorriso rasgado, por estar bem, por estar comigo. Às 18h30m já estávamos em casa, o Afonso cheio de apetite a devorar gelados e eu feliz por estar tudo bem.

Nos restantes dias a dieta foi mole e inventaram-se receitas. Sopa de peixe, sopa de legumes, puré de batata, puré de cenoura, peixe passado, carne picada, molho de natas e cogumelos para variar. Fruta de boião como quando era bebé ou de beber da Compal e gelados, muitos gelados que é a parte que ele mais gosta. 

Nestes dias a mãe brincou com o Afonso (mais ainda do que o costume), aos Legos, aos Puzzles, ao jogo da memória, aos Angry Birds. Vimos desenhos animados abraçadinhos, tomámos banhinhos de banheira com muito tempo, fizemos desenhos e tivemos (ao que parece) todo o tempo do mundo para estar juntos e ter muito mimo. 

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