Não podemos responsabilizar ninguém
pelas nossas decisões ou felicidade a não ser nós próprios. Esta consciência dá-nos uma leveza mas também um compromisso. Não dependermos de ninguém para sermos
felizes é uma vantagem e uma liberdade a que só damos valor quando nos sentimos
condicionados. Mesmo que em algum momento não possamos ser livres de tomar as
nossas decisões devemos caminhar nesse sentido. E viver sempre nessa verdade, a nossa verdade, não obstante as contrariedades, dificuldades ou forças contrárias. Enfrentei tantas. E se neste processo ou caminho encontrarmos alguém que caminhe ao
nosso lado em perfeita sintonia, devemos ficar gratos, porque há um tempo
perfeito de existir das coisas, um eu e um tu, e um espaço que se cruza na
imensidão de outros espaços que compõem a nossa vida. Num filme de Wong Kar Wai
alguém ontem dizia que «Tudo sobre o amor é uma questão de tempo. Não é bom
encontrar a pessoa certa nem muito cedo nem muito tarde.». Essa existência
cruzada que se não explica, ocasionalmente acontece. Sem certezas, sem regras,
sem matemáticas, sem fórmulas de sucesso e sem segredos. É um arbitrário fruto
da sorte e do acaso. Sempre existiram pessoas distraídas a tropeçarem juntas.
Saber, sabemos apenas o que somos e o que queremos e aceitamos para nós. O resto
é um salto de fé e de coração aberto. E é assim que encontro a certeza da leveza da tua
mão fechada, um teu sorriso sem palavras, um teu olhar cheio de ternura onde tudo
acontece. O tempo pára e materializa-se no que nós quisermos. Como pode o amor
ter tantas formas, se a equação final é tão simples? O que procuramos nós? O
sentido da vida só pode ser este, somente no amor reside a eternidade, tudo o
resto é uma passagem.
Do que aprendi até aqui, e que podia ser tão diferente (que a vida não nos ensina a todos da mesma forma, nem ao mesmo tempo) partilho isto: Pensar que por princípio as pessoas
não mudam, e não devemos ter a pretensão de as mudar. No entanto o amor tem a
capacidade de fazer de nós melhores pessoas. Pensar que é necessário gostarmos
de nós, muito, antes que alguém goste. E esse gostar muito, implica um respeito
por nós que não devemos deixar que ninguém quebre. No entanto o amor não é
egoísta pressupõe dádiva. E quanto mais damos mais felizes somos. Pensar que não
devemos culparmo-nos por ter tentado, mas que devemos crescer com as nossas
decisões menos certas. Pensar em orientar a nossa vida para o que nos realiza e
alimenta, ela é nossa para viver. E quando for necessário recomeçar, pensar que este pode ser o tempo, e este o
dia em que tudo começou.
Obrigada Vanessa! não nos conhecemos mas podia estar a escrever para mim....a dizer.me aquilo que eu preciso de ouvir...obrigada pela partilha....
ResponderExcluirObrigada eu por estas palavras. Fico muito feliz que sirvam a alguém :)
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