Ontem foi dia de Ikea e trouxemos algumas coisas que faziam falta, entre elas o tapete do quarto do Afonso que me enche as medidas de tão lindo que é. Outra coisa que me deu imensa satisfação, foi ter substituído o cesto da roupa suja - o nosso estava literalmente nas últimas. Sabe muito bem ver este novo na casa de banho. Substituir coisas estragadas tem aquele efeito terapêutico tão em voga do Feng Shui. Afinal se tudo tem energia, devemos afastar-nos o mais possível de objectos danificados porque eles acabam por nos influenciar negativamente. É engraçado como independentemente de acreditarmos ou não nestes ensinamentos, acabamos por os colocar em prática instintivamente quase toda a vida.
Quem não se sente bem ao experimentar uma roupa nova? Ao substituir um electrodoméstico que não funciona? O desgaste de energia que um electrodoméstico avariado nos provoca é impressionante. Da mesma forma, uma roupa com uma nódoa que não sai, distrai-nos imenso do nosso foco, acabando por nos consumir igualmente energia.
Eu sou muito Tio Patinhas, tão poupada que me custa gastar dinheiro em coisas que já tenho, ainda que a funcionarem muito mal. Por isso quando as coisas se estragam tendo a tentar concertá-las e depois vou aguentando, aguentando e quando finalmente as substituo é com um sentimento misto de alívio e prazer. É quase como uma luta em que acabo por ceder, e a satisfação é um prémio merecido.
Resumindo, a ideia que hoje queria partilhar é a de que a gratificação adiada tem um sabor duplamente doce, por ser conferida de um mérito que a gratificação imediata anula automaticamente, e que vai além da mera satisfação ou gozo de ter algo novo. Ou seja, tudo o que espero para ter, tudo o que luto por alcançar, dá-me mais prazer conquistar. Além disso, enquanto espero, namoro e idealizo, tal e qual uma criança, e antecipo esse prazer sonhando. Existe uma aura de magia infantil em tudo o que sonhamos, que faz com que a nossa força de vontade e empenho fiquem muito focalizados e os sonhos ainda que não materializados, ganhem forma, força e magia.
Bem sei que as minhas palavras podem parecer antiquadas, mas acredito que a actual sociedade de consumo, de prazer imediato, e de recurso facilitado ao crédito, nos roubou a fantasia da expectativa e da gratificação tardia. Afinal de contas, não sabe bem esperar até ao Natal para abrir os presentes?
Nota: O papel género padaria que trouxemos, encontra-se depois das linhas de caixa no Ikea. Cá em casa vamos personalizar o papel com desenhos do Afonso, colagens e carimbos. Este papel é ainda excelente para secar aromáticas, fica a dica!
Percebo perfeitamente o que dizes e de dia para dia começo a interiorizar isso cada vez mais. Talvez esta "crise" que estamos a viver nos faça também (re)pensar os nossos valores, definir o que realmente nos faz falta e valorizar o que temos.
ResponderExcluirBeijinhos Vanessa!
Esse papel é para depois emoldurar? Deve ficar muito giro :D
ResponderExcluirEu tb gosto de coisas novas...e aqui em casa funciona igual, andamos a sonhar com a "coisa" imenso tempo (por vezes vamos ver a tal coisa imensas vezes loool) e depois qd a compramos é uma mega alegria e preenche nos imenso ;)
e esses dvd's? Ganahste onde? nós aqui temos essa colecção tb :D (tu ja tinhas, pois já?)
O tapete é lindo sim sra :D
Exactamente Ana P., a meu ver o principal problema será sempre modificar certos hábitos. A vida será sempre muito mais.
ResponderExcluirEste papel é para (no nosso caso) embrulhar presentes Sof., trouxe vários rolos. É um papel género «padaria», e que se presta a muitas utilizações. Depois mostro o resultado. Uma das ideias que tenciono pôr em prática é esta http://primeirolimao.blogspot.com/2009/12/acabou-se-o-papel.html.
Ai como eu ADORO o ikea...( até suspiro!!)... :)
ResponderExcluirEssa do papel é uma excelente ideia, e mais uma boa desculpa para convencer o marido a irmos até à Catedral passar uma boa tarde:)
Bj