3.3.11

Sinais


Não sei se acredito em sinais, às vezes acho que sim, às vezes acho que é disparate. Porém, quando penso bem nas coisas, elas acabam por fazer algum sentido. Alguém me disse há algum tempo atrás que quando queremos muito encontrar afinidades, encontramos sempre. Mas a história de hoje não é essa. 

Sempre fui conservadora e sempre tive imenso medo de arriscar. Um dia um pacote de açucar fez-me pensar duas vezes. Na mesma altura, há um ano atrás, nas feiras de bebés estava a decorrer uma promoção em que na compra de dois brinquedos, com um preço simpático, ofereciam um terceiro e aos primeiros 100 que enviassem o comprovativo de compra ofereciam ainda um tractor. Já tínhamos encontrado esta casa  na altura em que enviamos a prova de compra, e por mais contas que fizessemos, a realidade de ser nossa era distante. Achei que um tractor num apartamento não fazia sentido mas aqui o Afonso poderia vir a apanhar laranjas e a levá-las na parte de trás até à cozinha para ajudar a mamã. Escrevi uma carta e fiz um desenho a acompanhar a prova de compra, a sonhar assim alto mas por escrito e com um poema catita. Pouco tempo depois, conseguimos o spread que queríamos, a venda da nossa casa numa semana e o preço ideal por esta, tudo aconteceu muito rápido e dentro de todos os limites possíveis. Foi uma luta ao cêntimo quase. Alguns dias depois chegou o tractor a nossa casa. Este fim-de-semana tirámo-lo da arrecadação e a carta e o desenho ganharam vida e cor. O Afonso encheu-o de laranjas, ajudou a mamã e o papá e levou-as até à cozinha. 

Acreditando ou não em sinais, a verdade é que às vezes os sonhos se tornam reais.

3 comentários:

  1. Ainda bem que concorreste! Ele está mesmo giro no seu tractor :)

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  2. E eu lembro me tão bem deste passatempo e de teres ganho o tractor!!!
    E que belo fim de semana esteve para o Afonsinho ajudar os papás na "apanha"!

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  3. Pois fica Sónia.

    Que giro Sofia, é mesmo sinal que me lês há muito tempo.

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