Juntámo-nos
à mesa a fazer TPC, contas de pé para a Mafalda, picotar para o Afonso. E
desenhos, muitos desenhos para oferecer num postal conjunto, tipo dossier, à
minha sobrinha mais pequena que fazia anos. Nisto a Mafalda mostra os desenhos
que fez durante a semana na escola. Fez-nos a nós, a mim e ao pai. Ele a surfar
numa onda grande de mão dada à Vanessa que não sabendo surfar, sabe no mínimo voar
:). Em baixo um casal de golfinhos cheio de corações. Depois desenha-nos a
acampar, aos cinco, eu e o pai lá em cima de mãos dadas de novo e eles, miúdos,
cá em baixo ao pé da tenda. O Afonso tem outra perspectiva, inspirada quiçá no
Shrek. Desenha um carro puxado por um senhor, tipo carruagem e lá dentro o
Carlos, o Afonso cavaleiro mais pequeno, a mãe rainha das penas (sabe Deus o
que isto é), e a Mafalda rainha das penas mais pequena. Fora do carro uma
boneca ao contrário, a Marta. Pergunto-lhe porquê e ele rapidamente me responde
que a desenhou de pernas para o ar porque ela está a fazer o pino. Ela anda de
facto sempre nisto. Achei um piadão. O que fica é a ternura destas coisas. É
perceber como eles nos vêem. Sentir que estão felizes, que somos felizes juntos
«neste molde novo», único e especial. E que o segredo disto é tão simples.
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