16.8.13

Trinta e cinco


Trinta e cinco anos, nem acredito. Do lugar comum «Eu não me sinto com esta idade» só posso jurar que é a mais pura verdade. Olho-me ao espelho e vejo uma miúda grande, com uns cabelos brancos que devem ter aparecido por acaso, e que eu teimo em disfarçar. Eu não tenho esta idade, ou então nós só podemos viver até aos 200. Eu sou tipo Alice no país das maravilhas, cresço e diminuo consoante as necessidades. Às vezes sou capaz de fazer uma série de coisas hercúleas, tipo mover umas quantas montanhas, outras vezes sou tipo Smurf pequeno e gosto que me façam festas no cabelo e olhem por mim. Sim, ainda sou ingénua (muitas) vezes, e conservo a criatividade própria de uma criança de 5 anos. É certo que faço coisas aborrecidas de gente crescida como preencher o IRS, pagar contas, mas também escrevo todos os anos ao Pai-Natal. 

Festejo sempre os anos de véspera, e anteontem foi em família ao almoço e mais tarde rodeada de amigos, que são a minha «outra» família. Esteve uma noite quente de Verão e soube bem estar lá fora. O José fez o chili e uma versão sem picante. Fizemos muitos brindes, cantámos os parabéns por mesas, e ficámos até tarde porque a noite convidava. Para o ano há mais. 

2 comentários: