27.12.11

Síndrome do Amigo Perdido

No outro dia escrevi e senti tudo isto.

Eu tenho um trauma profundo com distâncias. Não daquelas ultrapassáveis mas das que são geometricamente difíceis de transpor, do tipo Continentes e países diferentes. A minha melhor amiga do secundário partiu de volta para o Brasil depois de viver durante vários anos em Portugal. A amiga seguinte para a Austrália e por fim a do liceu para as Caldas (mais perto mas longe o suficiente para raramente nos vermos). O meu melhor amigo do liceu emigrou para Inglaterra.

A modos que tenho uma certa dificuldade em aceitar partidas e fico traumatizada só de recordar a falta. O que de bom as amizades têm, é que ao contrário das paixões, mantêm as chamas acesas, e mesmo após 15 anos de ausência eu e a Juliana juntamo-nos como ontem, eu e o Bruno Capela ao fim de 9 anos como no dia anterior.

Sim, não é de todo fácil darem-me a notícia, mesmo que meramente hipotética, mas hoje, hoje portei-me bem. Hoje aceitei a notícia com um sorriso amarelo, against all the odds, por dever mas acima de tudo por amizade. Afinal de contas um amigo também é um parceiro, e sabe ver que certos convites podem revelar-se  excelentes oportunidades. Sim Paulo, desta vez levei a sério. Pode ser um sinal, não sei. Vai custar-me muito estar longe de ti, antevejo tempos difíceis, mas podes ter a certeza que irei lá ter para te visitar.

Escrevi e senti tudo isto mas não tive coragem de publicar. E agora metade de mim está contente por tu não partires, a metade maior ;).

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