5.7.11

Lá vai uma, lá vão duas

Não tenho um, nem dois mas sim três ninhos de rolas no jardim. Tudo começou quando uma bela rola escolheu a ameixeira para pôr os ovos. As rolas cresceram, e nós pensámos que iriam morar para outro lugar. Mas não. As filhas rolas decidiram ficar a morar perto da mãe e fizeram ninhos nas laranjeiras. Suficientemente longe para não enjoar, suficientemente perto para visitar. Eu não tenho nada contra as rolas. Aliás adoro ouvir o piar e vê-las por ali a passear, mas ultimamente as coisas não têm corrido bem. Desde sujarem tudo e obrigarem-nos a limpar mais vezes que antigamente, incluindo o baloiço e a piscina do Afonso que adoram, a comer todas as sementes de relva que plantamos (já me bastavam as formigas). Recentemente, uma das rolas foi ainda mais longe. Eu tenho por hábito guardar os arames dos brinquedos para amparar as plantas nas estacas, porque são plastificados e fofos por fora e não magoam o caule. Ora este ano emprestei uma mão cheia ao André para os tomateiros e estranhei que não me devolvesse nenhum. É que enquanto ele prendia os tomates a rola surripiava os arames para fortalecer o ninho (é o último das fotografias). Ou me ponho a pau ou ainda vamos morar para o jardim e elas se mudam para dentro de casa.

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