Há amigos que são mais do que isso, são cúmplices, entendem-nos melhor do que nós próprios. Ao lado desses amigos, que são tipo família, podemos ser transparentes, sem barreiras, sem segredos, podemos ser absolutamente nós, porque eles aceitam-nos e gostam de nós assim. Depois há uns quantos amigos que apesar de serem o nosso oposto, ou talvez por isso mesmo, nos completam. Temos com eles uma química semelhante à das relações amorosas. Uma espécie de relação amor-ódio, tão forte, que não se desfaz por nada, tendo a vantagem de, e ao contrário de algumas relações amorosas, durar uma vida. A minha amizade com a Andreia é assim. Dura há muitos anos, e é pura e intensa como as amizades de adolescência cheias de hormonas, novas experiências, desafios e promessas. A única diferença é que já não somos adolescentes. Poucas são as pessoas capazes de me animar quando estou realmente em baixo, e raras aquelas a quem perdoo tudo. E tu minha tonta, aos meus olhos, és assim, única.
Já escrevi isto há alguns meses atrás mas acho que hoje isto faz ainda mais sentido. Gosto muito de ti.
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