25.10.10

(Des)Educar

Não somos uns pais perfeitos, isso não existe. Damos o nosso melhor, e enquanto continuarmos a fazê-lo, só erraremos por ignorância, nunca por falta de amor ou paciência. Sim, ignorância. Muitos de nós falham por desconhecerem a melhor maneira de fazer, o que começaram a fazer por instinto e que foi ganhando a força de hábito. A maneira académica e científica de ser pai, não se coaduna muitas vezes com a rotina corriqueira do dia-a-dia, mas não devemos descurá-la. Os bebés não trazem livros de instruções, ninguém nos ensina a ser pai ou mãe, mas podemos sempre, aliás devemos sempre, procurar mais informação. Admitirmos que podemos melhorar é meio caminho andado para o fazermos. Neste fim-de-semana estava a ler uma reportagem na Pais e Filhos sobre a higiene do sono e sobre o polémico método de Eduard Estivill, e a meio da entrevista, a meu ver tendenciosa e mal conduzida, consegui retirar uma ideia engraçada e importante. O médico espanhol e a escritora Yolanda Sáenz de Tejada, são os responsáveis pelo livro «Vamos Jogar!» que se compromete a ensinar bons hábitos às crianças através de divertidos jogos. Yolanda refere que é mais fácil educar muitas crianças que uma, porque se deixa de super-proteger e de colocar a criança no centro do Universo. Um erro clássico é perguntar à criança o que quer jantar. A escritora e mãe, diz que quando os seus filhos lhe fazem essa pergunta, responde sempre o mesmo: “Cozi uma rã, tirei-lhe as tripas e pu-la a grelhar ou um ratinho que encontrei na rua.”. Mais do que não responder, ou responder torto, há que saber responder, e, esta frase meio tonta, tem uma mensagem subliminar, que é a de fazer um bocado de impressão. Se eu disser comes o que o houver, amanhã provavelmente o meu filho perguntará o mesmo. Se eu responder algo que ele não goste de ouvir, não necessariamente ratos ou rãs, simplesmente algo que não goste de ouvir, não fará por certo a mesma pergunta amanhã e com uma simples frase talvez se evitem muitos dramas à hora da refeição.

2 comentários:

  1. Acho que se respondesse isso à minha filha ela nuca mais ia comer.
    Mas concordo temos de aprender sempre mais afinal ser pai/mãe não é nada fácil mas é muito bom.

    Beijos

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  2. Pois eu também achei um bocadinho demais. Nunca me iria lembrar disto. De qualquer forma foi a ideia por detrás da frase que me agradou, a psicologia infantil em jeito de brincadeira.

    Jokas idem Mami Sónia!

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