10.9.10

Leque

Hoje fui ao dentista. Ia terminar de arranjar um dente que parti quando Portugal perdeu com a Espanha (que um azar nunca vem só) a comer, literalmente, casquinha de sapateira. Ia arranjar esse mas ele foi-me arranjar o de cima, que ao que parece, precisava mais. Vim com o lábio repuxado, tipo cachorro, da anestesia que devia ser para elefante, porque ao fim de três horas ainda não sentia o lábio. Vim assim à hora de almoço, com ordens de não trincar nada rijo. Decidimos ir a um chinês que há aqui na Rebelva para eu comer sopa «ninhos de Andorinha». Aquele Chinês é Self-service à descrição e eu quando lá vou como várias taças. Acho que só lá vou para comer a sopa. O que eu adoro aquela sopa. A dona fica tão contente que vem sempre falar comigo. Eu abano que sim, com a cabeça, mas não percebo nada do que ela me diz. Hoje foi mais um desses dias. Ela mandou fazer sopa só para mim, que já tinha acabado e falou imenso, deduzo que sobre isso. No final eu disse ao André para pedir um leque. O Afonso estragou-me o meu e eu ando com afrontamentos. Ele abanou-se a imitar o vento com a mão. Ela disse que não tinha. O André disse – Acho que acabei de fazer figura de totó… mais uma vez. Eu ri-me. O André foi pagar. E a Sra. veio ao pé de mim a rir-se apontou-me para a minha mala. Estava lá o leque. Ela piscou-me o olho e disse-me para eu não lhe dizer nada. Ela achou que o leque era para ele ;) O André ficou com a fama, eu fiquei com o leque.

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