14.7.10

Patisserie

Não dissemos a ninguém, decidimos de repente e lá fomos nós. Fiquei apaixonada por Paris. A minha expectativa não era muito elevada, confesso, que eu prefiro quase sempre destinos com muito sol e praia. Talvez por isso, não sei, a minha empatia tenha sido muito maior. Porque quando não estamos à espera as coisas tendem a ser muito melhores. Mas eu não podia morar em Paris porque iria desgraçar-me com a comida e com as compras. Nunca comi tão bem em viagem. Norma geral, venho com saudades da nossa cozinha, mas em Paris não. Não passei fominha. A comida é bem confeccionada, os ingredientes são especiais - não faço ideia porquê - e o toque final é mesmo a decoração do prato. Cada prato é uma obra de arte, até mesmo as saladas são excelentes em apresentação e com aquele travo de queijo francês. Estou viciada em Cheddar, que apesar de ser tipicamente britanico, é muito apreciado em França. Trouxe imenso queijo no avião, e cheirava tão mal, mas valeu a pena, mesmo que tenha de lavar as roupas várias vezes. Adorei os Escargots, os croissants, os crepes. Adoro o nome encantado das “Patisseries” e “Braseries” com as suas vitrinas coloridas e tentadoras. Adorei a simpatia dos “garçons” e dos “Maîtres” tão diferente da que eu estava à espera. Sempre ouvi dizer que os franceses eram um pouco xenófobos e até um bocado antipáticos. Mas não. Adorei as lojas, a moda solta e viva das ruas, dos mercados, às galerias “La Fayette”. Adorei ter ido, ainda que sem querer, em época de saldos. Adorei Paris, e pela primeira vez na vida, fiquei com vontade de repetir um destino. Hei-de voltar certamente - Au revoir Paris.

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