12.11.09

Fazer bom uso da medicina

Nas décadas de 50 e 60 morria-se ainda diariamente em consequência dessas doenças atrozes que são o tétano, a difteria, a poliomielite, a febre tifóide, a tuberculose e também a gripe. Graças às vacinas – e apenas graças a elas-, estas epidemias calamitosas desapareceram praticamente nos países desenvolvidos.
Agora que dispomos finalmente de maravilhosas e eficazes armas medicinais, as vacinas inventadas há cem anos por Pasteur e os seus alunos, e os antibióticos descobertos há cinquenta anos por Fleming e os seus sucessores, alguns pretendem que essas terapias são perigosas!
Infelizmente, ainda se morre de tétano, tuberculose, gripe e hepatite B nos serviços de doenças infecciosas e de reanimação. Ainda há crianças que morrem de sarampo e de tosse convulsa. Estas doenças são infelizmente excepcionais, mas apenas graças às vacinas. Os seus agentes existem ainda e, se não protegermos os nossos filhos ou a nós próprios, correremos riscos.
Aqueles que fazem campanha contra a vacinação lembram que a vacina anti-varíola era potencialmente perigosa uma vez que podia matar um vacinado em cada cem mil. Esquecem-se de dizer que a doença matava um em cada dois doentes!
Não é por estas vacinas e estes antibióticos serem comercializados por laboratórios farmacêuticos (como os grânulos homeopáticos ou as plantas), aos quais fazem com efeito ganhar dinheiro, por vezes bastante, que não devemos consumi-los.
Não fui eu que escrevi este texto. Foi escrito pelo pediatra Philippe Grandsenne em 1996. Copiei-o do livro «Bébé Diz-me Quem És» que terminei ontem à noite, porque o texto se me encaixou como uma luva. É actual. É demasiado actual e parecia escrito para mim. Logo depois de ter decidido que sim. Logo ontem que fiquei inscrita para a vacina.

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