9.3.09

Quando a nossa barriga cresce como um limão

Tenho andado ausente porque tenho andado a cuidar mais de mim e deste que cresce em mim. Tem sido uma aventura maravilhosa cheia de receios e sorrisos, porque a alegria anda sempre de mão dada ao medo. É um Afonso e tem sido tudo menos o que esperei. Na verdade nunca sonhei ser mãe, da maneira que as mulheres sonham, até há pouco menos de um ano. Sempre pensei que, a engravidar, seria mãe de uma menina, uma Maria Francisca, dois nomes pelos quais a minha mãe me trata muito embora nada tenham a ver com os meus. Quando está feliz eu sou "Xica" ou "Xiquinha" e quando está bera eu sou Vanessa Maria. Mas, eu senti ou pressenti - e com isto nunca me senti tão mulher, porque nunca pressenti nada na vida antes disto, e dizem que as mulheres pressentem coisas - pois eu desta vez pressenti que iria ser mesmo ao lado do que eu esperava. E fui-me convencendo desde o início que assim era, um menino, em vez de uma Maria Francisca. O choque não foi por isso grande quando vimos a saliente protuberância na ecografia. O meu primogénito é varão. Isto seria muitíssimo importante para a família real espanhola, e é apenas relativamente importante para uma mãe. Porque não importa o sexo só importa mesmo que venha bem.
Nesta barriga que cresce mais redonda que um limão, já mexe com genica um Afonso que mede qualquer coisa como um palmo de mão e que já faz as delicias dos papás mesmo antes de ter nascido.

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