Tiro sempre
esta semana de férias, para organizar a festa de anos do Afonso, para estarmos
todos, os cinco juntos, para descansar. Este ano a vida trocou-nos as voltas.
Dois assuntos para tratar nestes dias, duas coisas importantes que ficaram
arrumadas.
A minha
liberdade teve um custo, mas o segundo maior erro da minha vida ficou resolvido
e isso não tem preço. A falta de palavra das pessoas, a honra, a dignidade, a
educação, os escrúpulos, mas sobretudo o carácter e o respeito por si mesmos e
pelos outros é que infelizmente não se compram. Esse sim é o meu único lamento,
que uma parte da educação dele, do meu amor maior, não dependa exclusivamente
do meu exemplo. Espero que o meu esforço vingue não obstante o resto, o que não
interessa. Espero que entenda sempre que para o que é nosso é preciso lutar,
batalhar, poupar, tudo o resto não é meritório, não nos devolve dignidade nem
nos traz felicidade.
Depois deste
dia, fomos festejar os cinco à Feira de Artesanato do Estoril, e a este seguiram-se
muitos dias de sol. Às nossas andorinhas juntaram-se mais duas pequeninas,
agora sim somos cinco. Pequenos gestos simbólicos, pequenas grandes alegrias. A
saúde dos homens crescidos da minha vida melhora de dia para dia.
E assim nos
primeiros dias, comemos sempre no jardim, muito peixe grelhado, muitas saladas,
muita fruta, e gelado do Santini. Fomos ver a exposição da reciclagem da turma
do Afonso ao centro comunitário da Igreja da Parede. Levámos o Chico ao veterinário,
à Dra. Uxia, que é uma querida e o salvou. Imprimi imensas coisas giras para a
festa do Afonsinho. Fomos à praia dia sim, dia sim. Vimos filmes giros em casa. Relaxei um dia
na rede. Li muito. Estreei o meu péu ganho no Natal. Comemos bolas de Berlim na
praia.
Passeámos
muito, e fomos ao Borboletário da Quinta de Rana, que é um sítio lindo,
pertinho de casa e de entrada livre. Conheci uma borboleta chamada Vanessa e
fotografei-a sem saber lá dentro.
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