Ontem fomos
votar, fomos com os miúdos e cheios de orgulho. A mamã que está afixada desde
a semana passada num panfleto na porta do frigorífico, era para estar a trabalhar,
mas as mudanças de mesa trocaram-nos as voltas. Fui votar pela primeira vez nesta
mesa e nesta escola, e levei pela primeira vez um Afonso curioso e consciente. Pelo
caminho lá fomos explicando que é muito importante votar, e votar em consciência,
mesmo que não nos identifiquemos com nenhuma das opções propostas. É importante
votar, mesmo que em
branco. Gosto de promover a consciência de que o voto é não somente
direito, pelo qual muitas gerações lutaram, mas também uma obrigação cívica. O
voto é a nossa forma de representatividade e sinónimo que vivemos num país
democrático. Não consigo compreender um «Não fui votar porque estava a chover
muito.», do mesmo modo que não compreendo a vitória consecutiva e retumbante da
abstenção, num país marcado pelas manifestações e greves ao longo do ano. Se
esta é a nossa voz, porque não a usamos?
O Afonso já viu como é, agora só falta crescer.
O Afonso já viu como é, agora só falta crescer.
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