23.12.16

Ultimos Tempos

 
 
Já regressei ao trabalho e a Constança já entrou para a escola. Neste último mês e meio tive imensa vontade de escrever, muitas ideias por partilhar, tentarei fazê-lo aos poucos. Decidi aproveitar o meu último mês com ela, o de férias, a 100%, sem distracções que não as essenciais. O tempo voa quando temos filhos, sobretudo quando são vários ou quando um ainda é bebé. Quando amamentamos em livre demanda, quando há muitas fraldas e noites mal dormidas, e o outro tem tosse, e a do meio tem piolhos, e há trabalhos e estudo e tanta, tanta logística. É bom, e nos momentos mais difíceis relativizo e penso «Vais ter saudades Vanessa. Estes são os melhores anos da tua vida.». A casa não anda um brinquinho, há brinquedos por todo o lado, as noites mal dormidas deixam moças, o cansaço tomou conta de nós, às vezes não tenho, não temos a mesma paciência. Ser mãe é dificil, é absorvente, é super cansativo e eu exijo demasiado de mim. Não quero falhar com o Afonso, não quero exacerbar os ciúmes que sente, afinal era ele o meu bebé, mas nem sempre consigo chegar a todo o lado.

E assim neste último mês aproveitei para namorar, dar mimo, dormir sestas boas. Fui buscar o Afonso sempre às 4h, vi com ele filmes, fiz lanches bons. Introduzimos os sólidos à Constança e foi uma luta. Ela só queria maminha e torcia o nariz à comida. Cuspia, chorava, escondia nas bochechas (ainda esconde). E no meio disto só comia uma concha. Experimentámos papa, sopa, fruta cozida, bolacha Maria moída. Um dia experimentou um Iogolino e vomitou tanto que tivemos de ir ao Hospital. Foi o nosso primeiro susto. Entretanto o regresso às rotinas instalou-se, os TPC, o estudo para os testes. Pelo meio convidámos o melhor amigo do Afonso para dormir um dia. Convidámos um colega da escola para brincar noutro.

E a bebé continuou a crescer devagarinho, sem ganhar muito peso. Já sorri para todos, está mais sociável e já não chora tanto quando sai do colo da mãe. Derrete-se toda com os irmãos, ri-se às gargalhadas com o Afonso, fica atenta a tudo o que diz a Mafalda, e esbanja charme ao colo da Marta que já toma conta dela com tanto jeito. Para o pai tanto ri como chora, puxa-lhe a barba e morde-lhe os dedos mas sempre com muito carinho. Diz mamã sem parar, agarra-me com força quando mama, puxa pelo meu casaco se lhe volto as costas e chama por mim. Temos uma relação única e eu talvez por a ter desejado tanto, ou por pensar que já teria a sorte deste milagre, ainda a protejo mais. 

Pelo meio a Mafalda fez anos, e foram todos ao Sporting. Os bebés não podem entrar nos estádios, nem para a zona VIP, pelo que ficámos as duas em casa. O Halloween foi festejado em casa com pizzas que por tardarem tanto nos ofereceram. E vimos os filmes do Harry Potter que são um género de «Terror Infantil» segundo dizem os miúdos. Também vimos a saga da Guerra das Estrelas com pipocas. E eu estreei a minha máquina de costura finalmente a fazer uns sacos de alfazema para as gavetas. Cortámos lenha de uma árvore que morreu no nosso jardim. Os miúdos completaram a colecção do Lidl e estão fartos de brincar aos super mercados. Eu fiz massagens à coluna no Hotel Pestana Cidadela com uns vouchers que o Carlos me ofereceu, para aliviar as contracturas das posições sinistras que adopto a amamentar. Descobrimos um Prego da Justa Nobre mesmo ao pé de casa, que desgraça!

22.12.16

Alimentação saudável


Desde que fiquei grávida renovei o meu interesse por uma alimentação mais saudável. Depois de ser mãe, e também por continuar a amamentar, este interesse manteve-se. Lá em casa tenho procurado sensibilizar os miúdos para estas escolhas mais saudáveis mas sem impor muita coisa. Como a minha paixão por peixe é crescente tenho procurado alternativas ao salmão e a peixes de aquacultura e tenho optado sobretudo pro peixes de mar e por pesca de anzol. Eles notam e apreciam a diferença. Antigamente comiam pescada e torciam o nariz, agora comem pescada de anzol fresca e adoram- Também o meu almoço preferido passa por peixe grelhado com couscous biológico, abacate e vinagre de mel, que adoro. Eu e o Carlos também descobrimos recentemente as papas de aveia (versão Bimby) que adoramos. De resto tenho descoberto na blogosfera alguns produtos dos quais fiquei fã e que recomendo. Entre eles as manteigas de amendoim, amendoim e cacau, coco e amendoim e coco da Mit, que são uma perdição para mim. Os burgers vegetarianos da Veggie Nessie aromatizados com especiarias são qualquer coisa! As nossas hortaliças e fruta continuam a vir na sua grande maioria da Fruta Feia,que complemento com legumes biológicos de um supermercado que abriu mesmo ao pé de casa que é o Biofrade. Deixei mesmo de comprar alfaces sem serem biológicas e todos os legumes da sopa da Constança são biológicos também. Não é só a nossa saúde que ganha a longo prazo é também toda uma diferença de sabor e textura nestes produtos sem químicos. É claro que isto implica que volta e meia a alface venha cheia de pulgão, ou que a fruta não tenha o tamanho standard, mas em vez de uma cozo logo várias para a Constança. No outro dia descobri um mix de cenouras de várias cores no Continente, mas embora coloridas faltava-lhes sabor. Em casa substituímos a batata normal por doce, só a Mafalda continua a preferir a normal. Gosto de sentir esta consciência crescente e incentivar o crescimento de empresas que apostam em alimentos de qualidade e que são amigas do ambiente. Do celeiro trouxemos por exemplo uma papa da marca Holle para a Constança e um óleo de Colza para a sopa. Somos igualmente fãs dos croquetes biológicos de espinafres e queijo NatureFoods também do Celeiro. Gostava de ter tempo para fazer sempre as melhores escolhas, mas às vezes acabo por ceder e comprar um esparregado pré-feito congelado ou uns douradinhos que é só colocar no forno. Somos muitos e a logística dos dias nem sempre é fácil. O segredo com os miúdos é ter tudo pronto para não lhes dar trabalho, cenouras descascadas, várias frutas expostas num prato. Em frente ao escritório também abriu um café com produtos biológicos e vegetarianos, o B12. Adoro o sabor do descafeínado e o ambiente descontraído. Lá podemos deixar um café «suspenso» ou seja pago para quem não o puder pagar, ou então, podemos deixar um livro que já lemos e trazer outro da enorme estante como o «Anjos e Demónios» do Dan Brown. Eu e o Carlos queremos tirar um curso de cozinha vegetariana, ou um workshop, para ficarmos com umas luzes. O Carlos cortou o pão praticamente todo da alimentação e já emagreceu cerca de 7 kgs, está a seguir a dieta Paleo, diz ele. 

Neste novo ano que agora se aproxima espero que estas opções sejam sinónimo de muita saúde. E embora eu me esforce por cortar nos doces que entram lá em casa, volta e meia a avó Cila abre excepções (mais que as que eu gostaria) e traz bolachas de manteiga da Padaria Portuguesa para o neto. No dia em que eu deixei a Constança pela primeira vez na escola também tinha uma caixa de Ferrero Rocher lá em casa para me animar. Adoro receber e dar presentes presentes comestíveis nesta altura do ano. Chocolates, produtos Gourmet, compotas ou biscoitos caseiros, são prendas úteis e que todos gostam de receber. Sou grande fã do Lidl, volta e meia têm produtos bio para criança, como as bolachinhas Smallicious que descobrimos, mas também nos perdemos na gama Deluxe, e com os risottos por exemplo. Mas para que isto não represente necessariamente um descalabro na balança, é preciso bom senso e compensar os excessos com refeições mais comedidas. Uma das que mais me satisfaz é omelete de cogumelos ou camarões em óleo de coco. A minha mãe descobriu um pão de beterraba que eu adoro mas que infelizmente é difícil de encontrar. Uma colega trouxe-me também uns cogumelos Shiitake com molho de framboesa da Lardosa que são a combinação improvável mais feliz do Universo.